
Para Raphael Castro Mota, presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO), as duas situa��es n�o t�m liga��o e foram uma "infelicidade". “Durante todo o ano e no ano passado, n�o houve casos de �bitos em consult�rios odontol�gicos no estado. Ent�o, a gente acredita que � uma grande infelicidade que aconteceu em dezembro”, completou.
“� uma fatalidade que pode acontecer com qualquer profissional da sa�de. N�s, dentistas, corremos esse risco diariamente. �s vezes, a pessoa acha que � um procedimento ‘simples’, porque � um tratamento dent�rio. Mas todo procedimento com um dentista � um procedimento cir�rgico. � sempre um risco”, explica.
Raphael Mota acrescenta que os dentistas est�o preparados para emerg�ncias. “Nesses dois casos, os dentistas procuraram socorro imediato � v�tima, com massagem card�aca e tentativa de ressuscita��o. O que aconteceu � que em ambos os casos a ambul�ncia de pronto-atendimento n�o chegou a tempo e n�o teve como reverter a situa��o."
Para o dentista, muitas vezes o paciente n�o entende os perigos que cercam o tratamento dent�rio e acabam se 'arriscando'. "�s vezes, a pessoa est� debilitada, com algum problema de sa�de que at� ela mesma desconhece, corre o risco de vir a �bito ou entrar em um quadro de risco", explicou.
Fiscaliza��o
Para uma cl�nica odontol�gica atender os pacientes, � necess�rio ter um registro no CRO, que prova se o estabelecimento est� apto para funcionamento. O conselho promove uma rota de fiscaliza��o permanente nos consult�rios e cl�nicas de atendimento.
Al�m disso, o local deve ter o alvar� da prefeitura do munic�pio onde est� localizado e tamb�m tem que ser autorizado pela Vigil�ncia Sanit�ria, que leva em considera��o a biosseguran�a e a higieniza��o ambiental, utiliza��o correta dos materiais odontol�gicos e outras normas sanit�rias para que o estabelecimento funcione corretamente.
Conforme nota da Prefeitura de Belo Horizonte, divulgada nesta ter�a-feira (28/12), a cl�nica em que a idosa se consultou n�o tem alvar� para funcionar na capital.
O presidente do CRO afirma que o conselho vai notificar o dentista das irregularidades e pode interditar a cl�nica, caso seja confirmado o descumprimento das regras. "A interdi��o pode ser imediata", refor�a.
Apesar de o dentista, cujo nome est� na placa da clin�ca, ter cadastro no CRO, o conselho afirma que o profissional n�o tem registro de consult�rio.
Para denunciar uma cl�nica ou consult�rio que n�o esteja em boas condi��es ou um profissional que n�o esteja apto para atendimento, o paciente pode cadastrar uma queixa, an�nima ou identificada, acesse o site oficial do CRO.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.