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Estado de Minas PANDEMIA

Procura por testes de COVID-19 explode em farm�cias e laborat�rios de Minas

Chegada da variante �micron e o surto de gripe no estado fizeram com que mais pessoas procurassem os testes r�pidos em farm�cias e laborat�rios


04/01/2022 12:54 - atualizado 04/01/2022 13:40

Teste rápido de COVID-19
Aumento da procura de testes da COVID-19 em farm�cia dobra no final de dezembro (foto: Ag�ncia Brasil)
Nos �ltimos dias, laborat�rios e farm�cias registraram uma explos�o de procura por testes de COVID-19 e, consequentemente, de resultados positivos para a doen�a. De novembro para dezembro, a demanda dobrou e pode ter um crescimento ainda maior agora, ap�s as festas de fim de ano. A explica��o para isso est� associada � chegada da variante �micron e, tamb�m, ao aumento de casos de gripe, j� que os sintomas s�o parecidos.

No laborat�rio Lustosa, em Belo Horizonte, por exemplo, depois de uma queda de 22% na semana de 6 a 11 de dezembro, houve um aumento de 65% na procura por teste entre os dias 13 a 18, quando 3,1% deles foram positivos para o novo coronav�rus. Depois do Natal (27/12 a 31/12), o n�mero de testagem teve um salto de 22%, assim como o de confirmados com a doen�a, que foi para 10,8%.

J� na Drogaria Ara�jo, os dados mais recentes mostram que entre novembro e dezembro, houve um aumento de 25% na procura. Na semana de 13 a 19 de dezembro, foram realizados 6.597 testes e 2,21% foram reagentes. Na semana seguinte, ente os dias 20 e 26, foram 11.335 testes realizados, com 6,64% casos positivos.

Segundo o presidente da Associa��o Brasileira das Redes de Farm�cias e Drogarias (Abrafarma), S�rgio Mena Barreto, o setor n�o estava preparado para todo esse aumento na demanda.

“O pico de testes foi entre mar�o e maio de 2021. Chegamos a fazer cerca de 450 mil testes por semana. Esse n�mero foi caindo, se estabilizando, e no final de novembro est�vamos fazendo em torno de 80 mil testes semanalmente. O que aconteceu em dezembro, com a chegada da s�ndrome gripal e essa nova variante �micron, a gente viu uma explos�o pela procura por testes”, explicou.

Nesta ter�a-feira (4/1), ele informou que um sistema utilizado pelas farm�cias do pa�s registrou mais de 45 mil laudos. “Estamos hoje na faixa de 180 mil testes nas �ltimas semanas, mas acredito que nessa �ltima semana de 2021 e come�o de 2022, deve ter dobrado a quantidade”, afirmou. Por isso, ele contou ainda que toda rede do pa�s foi pega de surpresa, j� que no final de novembro estavam sendo feitos cerca de 80 mil testes por semana e agora eles v�o ter que reabastecer. 

“Nas nossas grandes redes, em Belo Horizonte, por exemplo, temos a Ara�jo, eles t�m centro de distribui��o pr�prio. Compram na ind�stria e funcionam como um auto regulador, � medida que v�o fazendo, eles v�o liberando no estoque. Mas outras farm�cias, a maioria, n�o tem esse sistema”, disse.

Para solicitar mais testes, existe uma log�stica que demanda tempo. “Tem um determinado delay. Voc� faz o pedido para o fabricante, ele leva um tempo para liberar o pedido, tem ainda a opera��o log�stica, vai para o centro de distribui��o da rede e de l� que vai para a loja”, acrescentou.
 

Falta de insumos 

Por isso, as farm�cias est�o com um sistema de agendamento para cerca de dois a tr�s dias depois do solicitado e, em algumas, at� mesmo a falta de kits para testagem. “Coincidiu ainda com o per�odo de recesso dos fabricantes. A ind�stria farmac�utica normalmente entra em f�rias coletivas de 20 de dezembro at� 17 de janeiro. Voc� faz o pedido at� 15 de dezembro e v�o chegando no sistema de log�stica, mas depois dessa data n�o se faz mais pedido”, ressaltou S�rgio. 

No entanto, ele garantiu que nas pr�ximas semanas � poss�vel voltar a normalizar. “Fizemos novos pedidos e o que tinha de log�stica, agora que passou esse per�odo de festas, algumas empresas j� voltaram ao normal. A tend�ncia � se estabilizar em um outro patamar, mais alto”, afirmou. Ele ainda destacou que n�o s�o somente kits de testes que est�o em falta nas drogarias.
 
“Estamos vivendo uma s�ndrome gripal, n�o � s� teste que est� em falta, os antibi�ticos tamb�m est�o. Essa gripe � mais forte que a H1N1 e tem muito m�dico prescrevendo antibi�tico e essa n�o � uma �poca que tem muita demanda deste tipo de medicamento, a previs�o era em mar�o, abril e maio, �poca da s�ndrome gripal do inverno”, informou dizendo que muitas farm�cias est�o precisando reabastecer a Amoxicilina, por exemplo.

Seguran�a dos testes

No in�cio da pandemia, os primeiros testes para detectar o novo coronav�rus foram desenvolvidos pela China, local onde foram confirmados os primeiros casos da doen�a. Com poucas informa��es sobre o comportamento do v�rus e da doen�a na �poca, muitas d�vidas surgiram, j� que a maioria dos testes no in�cio foram submetidos a uma aprova��o emergencial pelos �rg�os reguladores.

Hoje, S�rgio garante que s�o todos seguros e confi�veis. “Hoje o teste que se faz em farm�cia � o mesmo de um laborat�rio de an�lises cl�nicas. S�o de grandes fabricantes. No come�o da pandemia os testes eram ruins, de qualidade muito baixa”, disse.

“Ao longo do tempo, os grandes fabricantes entraram nessa produ��o. O Brasil mesmo, tem a CBDL – C�mara Brasileira de Diagn�stico Laboratorial - criou um programa de acredita��o. Todos os testes que foram colocados no mercado desde maio e junho de 2020, j� passaram por um programa de acredita��o e s�o 98% de credibilidade e muito fi�is”, acrescentou.

“O que importa n�o � a qualidade do teste porque ela � alt�ssima. Importante � o protocolo correto. O teste de ant�geno, por exemplo, precisa ter de 3 a 5 dias de sintomas.”


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