
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) foi acionado nessa ter�a-feira (8/2) para apurar irregularidades na armazenagem e falta de distribui��o da dieta nutricional enteral, no ambulat�rio S�o Lucas, em Passos, no Sudoeste de Minas. O pedido foi protocolado pelos vereadores Francisco Sena (Podemos) e Aline Gomes Macedo (PL).
O promotor Eder Capute informou, no final da tarde de hoje (9/2), que mandou oficiar a Secretaria Municipal de Sa�de (SMS), requisitando esclarecimentos.
De acordo com o documento apresentado pelos vereadores, os pedidos de novas remessas de dietas foram feitos em novembro e est�o sendo entregues em fevereiro, o que demonstra, segundo eles, falta de organiza��o e planejamento da SMS.
Ainda segundo a den�ncia, no final de outubro de 2021, a funcion�ria respons�vel pelo posto pediu demiss�o da prefeitura, sem que fosse designado um funcion�rio fixo para o lugar, funcionando em regime de revezamento, ficando no atendimento apenas uma estagi�ria cujo contrato termina em mar�o de 2022.
O documento destaca a falta de computador em condi��es de uso no servi�o e que desde novembro n�o h� controle de entrada e sa�da de insumos. Segundo os vereadores, em janeiro, era frequente a falta da dieta enteral no S�o Lucas.
“A Secretaria Municipal de Sa�de precisa ter responsabilidade com o controle das dietas enterais. � um absurdo eles n�o conferirem a quantidade de caixas que est� sendo entregue e simplesmente assinar a nota fiscal sem confer�ncia. Constantemente essas dietas est�o em falta no munic�pio. Cada lata desse produto � muito cara. � preciso ter seriedade com o dinheiro p�blico. Devido � gravidade da situa��o, fizemos essa den�ncia no Minist�rio P�blico”, disse o vereador Sena.
Para a vereadora Aline Macedo, � um descaso muito grande da SMS deixar um servi�o t�o importante como o de distribui��o das dietas enterais com tantos problemas. "Para muitas pessoas esse alimento � o que mant�m suas vidas e a falta pode acarretar graves preju�zos." Ela espera que o prefeito Diego Oliveira (PSL) resolva essas quest�es com prioridade.

Ela conta com a ajuda de doa��es para comprar a dieta, que custa R$ 30 a caixa, e dura um dia s�. “Sobrevivemos com o BPC do Carlos porque eu tenho que cuidar dele. A dieta dele fica em R$ 900 por m�s, fora o resto das despesas. Eu n�o sei o que fazer”, conta Fabiana.
A secret�ria municipal de Sa�de, Vanessa Cristina Silva Freira, foi procurada por meio da Asssessoria de Comunica��o da prefeitura e tamb�m pelo WhatsApp pessoal, mas n�o respondeu aos questionamentos da reportagem. Este texto ser� atualizado assim que uma posi��o seja enviada.