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Estado de Minas PANDEMIA

Mesmo ap�s pico da COVID, n�mero de mortes deve ser alto nos pr�ximos dias

'Ainda estamos com percentual de testes positivos muito alto, de quase 50%', alerta infectologista


11/02/2022 19:21 - atualizado 11/02/2022 19:21

Equipe do SAMU transporta paciente em estado de grave para o hospital
Segundo a infectologista, as mortes acontecem de 3 a 4 semanas ap�s o pico do cont�gio (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Minas Gerais registrou o maior n�mero de mortes por COVID-19 em seis meses, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) nesta sexta-feira (11/2). Apesar do secret�rio de Estado de Sa�de, F�bio Baccheretti, ter confirmado que o pico da infec��o pela COVID-19 no estado j� passou, a infectologista da rede de laborat�rios do Grupo Pardini, Melissa Valentini, afirma que o n�mero de mortes deve continuar alto pelos pr�ximos dias. 

 

“A �micron infecta muitas pessoas ao mesmo tempo, mas, aparentemente, o pico � atingido em quatro semanas e come�a a cair. Em Minas, essa queda j� come�ou. Pelos dados do Grupo Pardini, o percentual de testes positivos no estado j� vem caindo desde a semana passada. Mas ainda estamos com um percentual de testes positivos muito alto, de quase 50% dos testes. O que � muito maior do que em qualquer outro momento da pandemia”, explica Melissa. 


Segundo ela, isso � resultado da �micron ser uma variante mais transmiss�vel. “Ela � mais transmiss�vel, menos grave, mas temos muitas pessoas ao mesmo tempo infectadas. Possivelmente, vamos ter mais interna��es e mais mortes. Em nenhum momento anterior tivemos tantas pessoas infectadas ao mesmo tempo.”

“Embora o pico j� tenha passado, ainda temos muita gente infectada. Isso porque n�o testamos todo mundo. Sabemos que pacientes do SUS n�o fazem teste e aqueles que fazem teste em farm�cia, nem todos s�o reportados”, completa. 

A infectologista explica que, no caso da COVID-19, h� o pico da doen�a, com aumento das interna��es cerca de 15 a 20 dias ap�s esse pico. J� a mortalidade acontece posteriormente, com 30 dias. 

“A pessoa pegou COVID, ficou mal - o que acontece depois do s�timo dia - foi internada, foi para a terapia intensiva e o �bito � mais tardio. As mortes acontecem de 3 a 4 semanas ap�s o pico do cont�gio.” 

Assim, segundo Melissa, nos pr�ximos dias e semanas, � poss�vel que o n�mero de mortes por COVID possa aumentar no estado.  

Subvariente BA.2

Outro motivo de preocupa��o dos especialistas � a subvariante da �micron, a BA.2. No Brasil, j� foram registrados casos em S�o Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A infectologista acredita que, em pouco tempo, ela deve se tornar predominante entre os casos de COVID-19. 

“Muito provavelmente a maioria dos testes ainda � da variante BA.1 (�micron original). Possivelmente, a BA.2 vai chegar porque j� chegou em outros lugares e se tornou a variante mais importante em pouqu�ssimo tempo.” 

Um estudo feito na Dinamarca mostrou que a BA.2 � 33% mais transmiss�vel que a �micron original. 

“Os dados da Dinamarca mostram essa suplementa��o e os da �frica do Sul tamb�m. Temos que aguardar. Mas, ela j� foi detectada no Brasil e possivelmente o n�mero de casos dela cres�a tamb�m.” 

Apesar de mais transmiss�vel, a subvariante, assim como a �micron, � menos letal. “O que os pesquisadores viram neste artigo publicado na Dinamarca - que � um artigo pequeno - � que a transmissibilidade das pessoas vacinadas � menor do que dos n�o vacinados.”

Melissa refor�a, por�m, que esse � um estudo pequeno. “Ainda precisamos de an�lise proporcional para avaliar isso.”

Carnaval e dose de refor�o

A infectologista acredita que o n�mero de casos de COVID possa subir ap�s o carnaval. “Mas, acho que vai ser menor que o Rev�illon, por exemplo, quando tivemos uma contamina��o maior da �micron. Ainda estamos em um per�odo epid�mico. Muito possivelmente n�o vamos ter um pico t�o mais alto porque muitas pessoas pegaram (a doen�a).”

De acordo com Melissa, normalmente, n�o � comum a pessoa pegar COVID em um m�s e novamente no m�s seguinte. “Embora, como a BA.2 � mais infecciosa, ela possa suplantar os anticorpos produzidos pela BA.1. N�o sabemos ainda, mas normalmente h� um per�odo de tr�gua depois de uma infec��o. Com as variantes originais, eram tr�s meses sem risco de pegar COVID ap�s a infec��o.”

“Como estamos diante de uma subvariante que � mais infecciosa e tem cerca de 40 muta��es a mais que a BA.1, pode ser que os anticorpos produzidos pela infec��o da BA.1 n�o sejam suficientes para impedir a infec��o pela BA.2 em um curto per�odo de tempo. Mas, isso ainda � tratado como hip�tese e precisa de confirma��o. Na Dinamarca, quando surgiu a BA.2, houve como se fosse um plat�, com um pequeno pico, mas depois os casos ca�ram de novo”, completa.

A infectologista lembra que as pessoas precisam se vacinar com a dose de refor�o. “Vimos que a popula��o ficou muito insegura com a vacina��o, por ter se vacinado e mesmo assim ter se contaminado com a �micron. A prote��o � muito maior pr�xima a terceira dose, mas a prote��o contra a doen�a grave persistiu, tanto que vemos que a preven��o de doen�a grave nos vacinados, principalmente aqueles com terceira dose � de mais de 90%.” 
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subedditor Eduardo Oliveira 


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