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Estado de Minas TRAG�DIA

Bombeiros e volunt�rios mineiros atuam no resgate das v�timas em Petr�polis

Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas segue para a cidade hoje (18/2), enquanto alguns volunt�rios j� prestam aux�lio no local


18/02/2022 12:49 - atualizado 18/02/2022 13:56

Complexo Pampulha (Bemad)
Bombeiros de Minas sa�ram de BH nesta sexta-feira (18/2) para ajudar em Petr�polis, no Rio de Janeiro (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
A trag�dia provocada pelas fortes chuvas em Petr�polis, no Rio de Janeiro, mobiliza o pa�s inteiro nas buscas pelas v�timas - que j� somam 122 mortes e 116 desaparecidos - e no amparo aos desabrigados. O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) far� parte desta a��o emergencial e, com isso, uma equipe seguir� para a cidade fluminense nesta sexta-feira (18/2). Al�m disso, uma associa��o de ajuda humanit�ria de Minas, a Humus, tamb�m vai prestar aux�lio. 
 

A equipe dos bombeiros � formada por 14 militares, especialistas em salvamento e soterramento, enchentes e inunda��es, busca e resgate em estruturas colapsadas e buscas com c�es. Al�m disso, contam com a experi�ncia de atua��o em v�rias cat�strofes semelhantes como Mariana, Brumadinho, a ajuda humanit�ria oferecida a Mo�ambique e Haiti e, por �ltimo, no trabalho integrado nas chuvas que atingiram a Bahia. 

Os bombeiros de Minas tamb�m v�o levar dois c�es especializados em busca em estruturas colapsadas, e quatro viaturas. Tamb�m levar�o equipamentos pr�prios como: 1 detector de vida, 1 detector de vida s�smico, 1 bote, 1 barco, 2 geradores, luzes de cena, materiais de escoramento/rompimento, salvamento em enchentes/veicular/terrestre/altura, entre outros.
 

Os militares v�o atuar de forma integrada ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CMBERJ) em a��es de busca, salvamento, preven��o e gest�o do Sistema de Comando de Opera��es. 
 
 

Volunt�rios

A Humus ter� sete volunt�rios, entre bombeiros licenciados ou reformados, para prestar aux�lio a Petr�polis, sendo a maioria de Minas Gerais e um de Santa Catarina. Entre eles, est� L�o Farah, capit�o do Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais, que chegou � cidade na madrugada de quarta-feira (16/2).
 
“Normalmente a Humus � acionada por pessoas que foram impactadas ou que recebem a not�cia de um desastre e conhecem o trabalho. Nessa ocorr�ncia em Petr�polis, fomos acionados primeiramente por um amigo, que � jornalista e tem fam�lia na regi�o. Logo em seguida muitos bombeiros que fizeram o curso de opera��es em desastres comigo mandaram mensagens. Ent�o, come�amos a receber muitas imagens de diversos locais da cidade atrav�s das redes sociais e de nossos contatos pessoais”, explica o capit�o.
 

Ele conta que, a partir destas imagens, reuniu um grupo para auxiliar nos resgates. “Avaliamos a situa��o, at� mesmo da dificuldade de acesso de equipes via Rio de Janeiro, e decidimos reunir um primeiro grupo para nos deslocarmos de Belo Horizonte at� a regi�o para auxiliar as equipes de busca que j� estariam por l� - ou at� mesmo em �reas que n�o tivessem sido acessadas ainda”, afirma.

Farah relata os primeiros trabalhos realizados: “Fomos acionados para uma �rea onde havia uma senhora presa debaixo de escombros. Havia um resgatista no local. Inicialmente, auxiliamos com orienta��es e apoio, mas a �rea de resgate estava apresentando muito risco e a senhora estava apresentando muita dor e cansa�o. Ent�o, interviemos no local e auxiliamos na retirada. Ela foi levada para o hospital com vida.”
 
Na foto, capitão do Corpo de Bombeiros, Leonard Farah
Capit�o do Corpo de Bombeiros, Leonard Farah (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
 

A Humus participou ainda do resgate de uma crian�a, um menino de 11 anos. Infelizmente alguns familiares n�o sobreviveram. L�o Farah esclarece que as chances de ainda encontrarem pessoas com vida s�o baixas.

“Os protocolos dizem que em at� 7 dias as buscas seguem nesse sentido. Existem casos no mundo que chegam at� 63 dias (como em Paquist�o, 2015). Mas, infelizmente, pelo que vimos no local e pelas caracter�sticas desse tipo de desastre, envolvendo lama, as chances s�o muito baixas. Vamos retomar a opera��o em Petr�polis, a fim de ajudar a localizar centenas de pessoas ainda desaparecidas e levar um pouco de conforto para as fam�lias”, refor�a.
 

“Em qualquer desastre o tempo de resposta � um fator fundamental. Muitas vezes � isso que vai decidir sobre o salvamento de uma pessoa com ou sem vida. Basicamente as chances de um resgate com vida reduzem de 90% para 7% entre a 1ª e a 120ª hora (quinto dia)”, diz Leonard Farah.
 
Ele continua: “Mas s�o as caracter�sticas de cada desastre que deixam mais ou menos tempo para uma a��o de resposta. Um acidente de tr�nsito, um inc�ndio, um afogamento, um rompimento de barragem, um deslizamento de terra t�m elementos que podem dar mais ou menos tempo para o resgate. Mesmo assim, as vari�veis tamb�m s�o diferentes a cada desastre.”

“Vale refor�ar que os esfor�os de resgate devem seguir protocolos e prioridades, sem colocar em risco mais pessoas, mas tendo a certeza que mesmo se as expectativas de encontrar pessoas com vida forem nulas, o resgate deve ser realizado para que familiares e amigos possam encerrar aquela hist�ria com dignidade e respeito”, finaliza. 
 

Petr�polis

O n�mero de mortes pela chuva em Petr�polis subiu para 122 na manh� desta sexta-feira (18/2). Na �ltima ter�a-feira (15/2), forte temporal atingiu a cidade da regi�o serrana do Rio de Janeiro, provocando deslizamentos e enchentes em v�rios pontos. Hoje � o quarto dia de buscas por 116 pessoas que continuam desaparecidas.
 
Imagem aérea de Petrópolis, no Rio de Janeiro
Trag�dia em Petr�polis (RJ) j� deixou 122 mortos e 116 desaparecidos (foto: CARL DE SOUZA / AFP)
 
 
O receio de novos deslizamentos aumentou durante o dia diante da previs�o meteorol�gica. A Defesa Civil emitiu um aviso chamando a aten��o para a possibilidade de pancadas de chuvas moderadas a fortes entre a tarde ontem, v�lido tamb�m para a madrugada de hoje. No decorrer do dia, 14 das 18 sirenes instaladas pr�ximas a �reas de risco da cidade foram acionadas.
 

Segundo o governo do Rio de Janeiro, foi a pior chuva na cidade desde 1932. A regi�o serrana do estado, onde se localiza Petr�polis, viveu outras trag�dias nas �ltimas d�cadas. Em 1988 e em 2011, temporais tamb�m causaram um grande n�mero de mortes.

Desta vez, um dos pontos mais impactados na cidade foi o Morro da Oficina, no Alto da Serra. Houve um grande deslizamento de terra no local, que fica pr�ximo � Rua Tereza, conhecida �rea comercial do munic�pio perto do centro hist�rico. A prefeitura estima que cerca de 80 casas tenham sido afetadas.


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