
"A manifesta��o foi caracterizada pela total falta de respeito da mineradora. Os moradores do Conjunto e Taquaril fizeram um ato pac�fico, e queriam dialogar com representantes da mineradora que pudessem escutar as reivindica��es da comunidade, diretamente atingida pelas atividades miner�rias", afirma a vereadora Duda Salabert (PDT), que esteve presente no ato.
A legisladora recebeu queixas do moradores, que v�o desde explos�o de dinamites na madrugada, demoli��o de casas devido ao tremor de terras causado pelas explos�es da minera��o at� alagamentos resultantes de uma pavimenta��o realizada pela mineradora no local.
Os moradores reivindicam tamb�m a abertura de um acesso � comunidade. De acordo com eles, a mineradora fechou a estrada velha de Sabar�, que d� acesso � parte alta da cupa�ao Terra Nossa, com a instala��o de cercas. Dessa forma, os moradores n�o conseguem transportar at� as resid�ncias nenhum tipo de produto, como, por exemplo, material de constru��o.
Al�m disso, o acesso ficou dif�cil para os moradores, em especial os mais vulner�veis, como mulheres gr�vidas e doentes. Segundo os organizadores do protesto, o acesso fechado pela mineradora prejudica cerca de 100 fam�lias. Os moradores t�m que passar por um desvio, que aumenta em aproximadamente dez quil�metros a caminhada.
Busca por di�logo
Duda ressalta que o protesto foi pac�fico e que os moradores queriam apenas dialogar com a empresa. "Eles tamb�m queriam uma resposta da mineradora de uma pavimenta��o que a empresa fez dentro da comunidade sem nenhuma obra de drenagem. Com as chuvas, tem trazido muitos problemas � comunidade", completa.
A manifesta�ao contou com 20 lideran�as comunit�rias que foram � porta da mineradora cobrar um di�logo com o representante da empresa. Depois de tr�s horas de manifesta��o, a Pol�cia Militar chegou ao local. Os manifestantes se queixaram da atua��o dos policiais.
A vereadora Duda Salabert, que participou do protesto, acionou o Minist�rio P�blico e a Procuradoria de Direitos Humanos para denunciar a conduta dos policiais e as viola��es de direitos humanos realizadas pela mineradora.
A reportagem entrou em contato com a Gute Sicht e com a Pol�cia Militar, mas at� o momento n�o obteve retorno. T�o logo se posicionem, este texto ser� atualizado.