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Estado de Minas CARNAVAL NA PANDEMIA

Havayanas Usadas no palco para esperar novos fevereiros

Bloco mant�m a energia em shows fechados. No repert�rio, 'Cora��o de batuqueiro' homenageia ritmos, tambores e a cultura carnavalesca


28/02/2022 04:00 - atualizado 28/02/2022 07:18

Com o estandarte e figurino, Heleno Augusto foi ontem à vazia Avenida dos Andradas
Com o estandarte e figurino, Heleno Augusto foi ontem � vazia Avenida dos Andradas... (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
“Cora��o de batuqueiro n�o se engana: chega fevereiro, fa�a chuva ou fa�a sol, pulsa em ritmo alucinante, liberta o corpo para a alegria do ver�o e contagia a cidade em todos seus quadrantes. � a vida na voz, na veia, na rua.” Acostumado a cantar para multid�es � frente do Havayanas Usadas, o vocalista Heleno Augusto, um dos organizadores do bloco, traz na ponta da l�ngua a m�sica que comp�s com o regente Peu Cardoso para manter o clima nas alturas e preencher os espa�os vazios que trazem saudade.

Na manh� desta segunda-feira, n�o fosse a pandemia cortando as asas do foli�o pela segunda vez consecutiva, o Havayanas faria seu desfile na Avenida dos Andradas, na Regi�o Leste de Belo Horizonte.

“Cora��o de batuqueiro, quando chega fevereiro, sabe bem como � que �. Segue o bloco e vai pra frente, numa onda diferente, na pegada do ax�”, canta Heleno Augusto Fernandes Campos, que tem feito shows pela capital com a banda do bloco, e, na manh� de ontem, se encontrou com a reportagem do Estado de Minas, na Avenida dos Andradas.
 
“Sinto falta n�o s� do desfile, mas dos ensaios da bateria, a nossa Chinelada”, conta o vocalista, vestido com o �ltimo figurino – em fevereiro de 2020, o tema do bloco foi “Maria Bonita mandou me chamar” – e carregando o estandarte. Olhando a via p�blica sem “p�blico” em pleno carnaval, a n�o ser alguns moradores em suas atividades rotineiras, o vocalista disparou: “� esquisito”.

O bloco levou em seus dois �ltimos desfiles cerca de 300 mil pessoas �s ruas da capital, gerando mais de 400 empregos diretos e uma grande quantidade de indiretos, revela o belo-horizontino.

INSPIRA��O 

A energia altamente inflam�vel da bateria, com seus 200 componentes, toca o cora��o de batuqueiro de Heleno Augusto, que destaca a realiza��o das oficinas, das trocas de experi�ncia, da paix�o pelo ax� da Bahia, inspirador da turma, e outros ritmos. “Tudo depende do tema. J� tivemos outros ritmos nordestinos, como tamb�m rumba, salsa.”

No per�odo de pandemia, a turma do bloco fez v�rias lives, mas nada se compara � apresenta��o cara a cara, na muvuca do carnaval, no meio da empolga��o do reinado de Momo. A frase “dias melhores vir�o” traduz a confian�a.

A exemplo dos demais organizadores de blocos de BH, Heleno Augusto espera o fim da pandemia para as cortinas se abrirem e o grande espet�culo da trajet�ria humana voltar ao normal no planeta.  “Vivemos um momento cercado de incertezas quanto ao presente e futuro, de forma especial para as atividades de um bloco de carnaval e profissionais da �rea cultural. Essas pessoas est�o h� dois anos sem poder trabalhar e n�o t�m nenhum aux�lio de pol�ticas p�blicas ou recursos diretos. A prefeitura vai mudando os protocolos e exig�ncias de acordo com o avan�o da contamina��o do v�rus, e a gente vai acompanhando e se adaptando.”
 
 
Heleno Augusto cantando para a multidão
...onde o Havayanas fez sua �ltima apresenta��o aberta para uma multid�o: "� esquisito", estranhou (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
 
O vocalista conta que o bloco criado em 2016 por ele, Peu Cardoso, D�bora Mendes, Heleno Augusto, Rodrigo Boi, Daniel Mel�o, Cris Gil e Maur�lio Bad�, e com quatro desfiles (nos anos subsequentes), tem as atividades suspensas desde mar�o de 2020. “A gente tentou retom�-las recentemente, mas devido ao avan�o da contamina��o da gripe e da COVID, e ainda mais com as chuvas, resolvemos cancelar.”

BATUQUES 

A banda do bloco, com 10 integrantes, voltou a ensaiar em dezembro para montar um novo show que tem como tema a can��o "Cora��o de batuqueiro", de autoria de Peu Cardoso e Heleno Augusto, para homenagear ritmos, tambores, batuques e a cultura carnavalesca. A banda faz apresenta��es em eventos fechados, com controle de acesso.

Assim, entram em cena os sons dos surdos, repiques, caixas, congas, xequer�, agog�, teclado, guitarra e baixo. Tudo isso a cargo de Dani Ponce, Peu Cardoso, Laiza Lamara, Isabela Leite e Rafael Almeida (percuss�o), Rodrigo Boi (baixo e vocal), T�skia Ferraz (guitarra e voz), Gabruga (teclado) e Vi Coelho e Heleno Augusto (voz). Ent�o, � aquela hist�ria: quem esperar, e gostar do carnaval, ver�! Afinal, nada como um dia (de folia) ap�s o outro.


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