Carnaval em BH: multid�es ocupam Bairro Lagoinha e Rua Sapuca�
Apesar de festa n�o ter sido oficializada pela prefeitura, foli�es se reuniram em volta da bateria para dan�ar ax� e em frente bares para beber tequila
Grupo se aglomerou no Bairro Lagoinha, em BH (foto: Tulio Santos/EM/D.A. Press)
Embora o carnaval de rua n�o tenha sido oficializado em Belo Horizonte, algumas pessoas resolveram sair fantasiadas e curtir a alegria da festa mesmo sem maiores estruturas. Na noite desta segunda-feira (28/2), um grupo de pessoas tocando m�sicas carnavalescas reuniu foli�es animados no Bairro Lagoinha.
A movimenta��o foi registrada na Rua Maria de Melo, entre as ruas Diamantina e Itabira. Enquanto a reportagem do Estado de Minas passou pelo local, n�o havia policiamento.
Neste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte decidiu desestimular a festa, ao anunciar que n�o ofereceria ajuda financeira nem log�stica aos blocos de rua. Os participantes ent�o, decidiram ir �s ruas na cara e na coragem: sem trio el�trico, carro ou caixa de som.
Outro ponto da cidade com registro de aglomera��o devido ao carnaval � a Rua Sapuca�, na Regi�o Leste da capital. Jovens se reuniram em frente aos bares e nos arredores. Por l� a reportagem encontrou o policiamento presente, fazendo abordagens no viaduto Santa Tereza com viaturas e cavalaria.
Ver galeria . 19 FotosFoli�es se re�nem na rua Sapuca� e no bairro Lagoinha para celebrar o pen�ltimo dia de carnaval
(foto: T�lio Santos/ EM/ D.A Press )
“O carnaval aqui est� bom, tranquilo, a pol�cia est� coordenando tudo”, afirma Stefany Ramos, de 21 anos. A atendente de lanchonete conta que tem ido curtir a noite no mesmo lugar desde sexta-feira (25/2). “Estou aqui pra curtir. Est� todo mundo curtindo sem barraco, sem briga”, acrescenta.
Apesar de n�o concordar com a falta de blocos de rua pela cidade, ela se diz satisfeita com o carnaval de 2022. “Por mais que a gente esteja ainda na pandemia, achei um pouco desnecess�rio proibir, principalmente porque j� voltou tudo. Mas se fossem todos os blocos, ia ter muita confus�o. Aqui est� todo mundo aglomerado, mas est� na paz”, observa a jovem, garantindo que est� vacinada contra a COVID. “Eu s� ando com gente vacinada”, faz quest�o de afirmar.
Mesmo com pouca op��o de festa, quem encontra uma aglomera��o, v� tamb�m uma chance de lucrar. Marlon Martins, de 36 anos, tem usado o espa�o para vender tequila. “At� agora est� bem gra�as a Deus. Venho todo dia trabalhando desde �s 19h”, conta, revelando que faturou R$ 600 desde sexta-feira (25/2).
O vendedor ambulante diz que se n�o fossem as restri��es impostas pelo coronav�rus a chance de voltar pra casa com a carteira recheada seria maior. “Por causa da pandemia avacalhou, era pra ter mais gente na rua. N�o est� dando pra fazer dinheiro igual 2020, mas est� salvando”, lembra.
Infelizmente, ver algu�m com m�scara facial – prote��o essencial para conter a propaga��o do coronav�rus e tentar p�r fim � pandemia – foi uma cena rara em meio � aglomera��o.
O que diz a PBH
Em nota, a prefeitura informou que "para a fiscaliza��o no per�odo de carnaval, a Prefeitura de Belo Horizonte instituiu 96 equipes de fiscaliza��o Integrada, que contam com fiscais de posturas, guardas civis e agentes de fiscaliza��o sanit�ria". E completou: "essas equipes atuam em apoio �s demandas do Centro Integrado de Opera��es, no atendimento de den�ncias e na verifica��o de �reas de com�rcio e o uso de espa�os p�blicos". Em 26 de janeiro, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou que n�o haveria carnaval oficial em Belo Horizonte.
A PBH n�o proibiu expressamente o carnaval de rua na cidade, mas tamb�m n�o ofereceu apoio financeiro ou liberou alvar� para as festas ocorrerem. Por outro lado, autorizou a realiza��o de festas privadas, contando que sejam cumpridas medidas de seguran�a – como a exig�ncia de documentos que comprovem o teste negativo de COVID-19 ou a vacina��o contra a doen�a.
Na sexta-feira, o Minist�rio P�blico chegou a obter uma liminar, concedida pelo juiz Wauner Machado, proibindo as festas, mas a PBH recorreu e a decis�o foi derrubada. O pedido do MP foi feito depois de o �rg�o questionar o munic�pio sobre as medidas a serem adotadas nas festas. A prefeitura informou, segundo o MP, que n�o iria apoiar financeiramente qualquer evento nem impediria que eles ocorressem.
"A prefeitura � obrigada a recorrer, n�o podemos ter interfer�ncia assim. Vamos ao Tribunal de Justi�a. � uma decis�o, temos que respeitar, mas vamos tentar derrubar", afirmou o prefeito Alexandre Kalil (PSD), ao comentar a liminar em entrevista coletiva durante visita �s obras de conten��o de enchentes na Avenida Vilarinho. Logo depois, a Justi�a acatou o recurso da PBH e suspendeu a decis�o, voltando a valer os protocolos definidos pela prefeitura.
receba nossa newsletter
Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor