
LEIA TAMB�M: Negro ou preto? Lideran�as negras refletem sobre o uso dos termos ao longo da hist�ria
"Eu nunca tinha passado por um ataque e nem o nosso grupo", afirma o l�der do movimento e militante da causa negra, Beto Zulu. Ele conta que o ataque ocorreu por volta das 11h40 do primeiro domingo deste m�s, no dia 6.
Zulu estava com a noiva em casa quando o casal recebeu a liga��o de um integrante do grupo chorando. Inicialmente, a pessoa achou que havia sido adicionada em um grupo no WhatsApp neonazista.
"Fui ver este grupo e, na verdade, n�o colocaram a gente no grupo nazista e, sim, tr�s pessoas invadiram nosso grupo e mudaram a foto por uma su�stica", explica o l�der.
Zulu afirma que essas tr�s pessoas - sendo dois homens e uma mulher - espalharam mensagens de �dio e v�deos de pessoas pretas degoladas e mutiladas. Uma das mensagens dizia: "Vamos a pauta, quando ser� aquela queima de negros?".
Medo
O l�der do movimento afirma que os invasores conseguiram usar o grupo durante 20 minutos. Segundo Zulu, os membros da comunidade e do movimento negro da cidade, depois do ataque, ficaram com medo do que poderia vir.

"N�o sabemos de onde vieram. De primeiro sabemos que um dos n�meros � da Espanha. Desconfiamos que outro seja de Minas e S�o Paulo", comenta.
Logo ap�s a invas�o, Zulu e a noiva foram at� a Pol�cia Civil, mas foram informados de que a corpora��o n�o estava registrando boletim de ocorr�ncia. O casal, ent�o, seguiu � PM. "Eu registrei l� e eles me disseram que automaticamente vai para a civil investigar", fala o l�der.
Investiga��es
A Pol�cia Civil revela ter identificado os n�meros dos envolvidos, mas n�o divulga o nome e nem a localiza��o deles. Mais de 10 dias ap�s o ataque ter ocorrido, a corpora��o ainda n�o sabe dizer quando o inqu�rito ser� conclu�do e tampouco concede entrevista para falar sobre o caso.
"No momento n�o haver� entrevistas sobre o caso. Mais informa��es em momento oportuno", afirma, por nota (leia a �ntegra abaixo).
Nota completa da Pol�cia Civil
"A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou Procedimento Criminal para apurar as den�ncias de delitos de racismo e apologia ao nazismo, ocorridos no dia 6 de mar�o de 2022, na cidade de Cambu�, no Sul de Minas.
De acordo com as v�timas, algumas pessoas invadiram o grupo no aplicativo de mensagens do movimento negro com mensagens ofensivas e de apologia ao nazismo. Os n�meros dos telefones foram identificados.
No momento n�o haver� entrevistas sobre o caso. Mais informa��es em momento oportuno."
