Um frango-d'�gua coberto de piche foi resgatado e levado para centro de triagem de animais silvestres (foto: FOTOS: TULIO SANTOS/EM/D.A.PRESS)
Representantes das prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem re�nem-se hoje para avaliar danos causados pelo derramamento de piche que amea�a a lagoa da Pampulha. Ser�o levantadas informa��es para instaurar processo de investiga��o e aplicar as medidas legais cab�veis. At� ontem � tarde, as 29,9 toneladas de piche asf�ltico que vazaram no C�rrego Sarandi ap�s acidente com um caminh�o na Via Expressa n�o tinham atingido as �guas de um dos principais cart�es-postais de BH.Em uma a��o emergencial conjunta entre os dois munic�pios, foram instaladas no s�bado barreiras de conten��o para evitar que o material t�xico contamine a lagoa. Por meio de nota, a PBH informou que animais foram atingidos, mas n�o houve registro de mortes. “Alguns animais ficaram presos no material asf�ltico e foram resgatados, limpos e soltos no Parque Ecol�gico Francisco Lins do R�go”, relatou a prefeitura da capital. Ainda segundo o comunicado, cl�nicas veterin�rias parceiras est�o mobilizadas para acolhimento de animais, em caso de necessidade.
De acordo com o coordenador do Grupo de Resgate Animal do Uni-BH, Aldair Junio Woyames Pinto, foi poss�vel o resgate de um frango-d'�gua ontem. O animal foi encaminhado para o hospital da universidade e depois deve seguir ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Belo Horizonte. “Apesar de existirem v�rias empresas no local trabalhando para conter a situa��o, existe, sim, a possibilidade de morte de animais”, disse ele ao Estado de Minas. Quem quiser ajudar o grupo de resgate pode fazer um Pix para o aux�lio na compra de instrumentos, transporte e rem�dios. O n�mero � 16.665.283/001-20.
Enquanto isso, os trabalhos continuam para retirada e conten��o do piche. A empresa respons�vel pelo desastre, a Ind�stria Nacional de Asfaltos S/A, contratou a Ambipar para conduzir os servi�os de limpeza para redu��o dos riscos e recolhimento do material. Os �rg�os p�blicos destacam que � grande o aparato para minimizar riscos. Equipes da Defesa Civil, Sudecap, Meio Ambiente e Funda��o de Parques da Prefeitura de Belo Horizonte, Copasa, Funda��o Estadual do Meio Ambiente, Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil de Contagem participam dos trabalhos.
Trabalho de conten��o das quase 30 toneladas de piche asf�ltico continua para evitar contamina��o da lagoa
Barreiras em pontos estrat�gicos
O plano de emerg�ncia para deter o avan�o do piche pelo leito do C�rrego Sarandi conta com a instala��o de tr�s barreiras de conten��o. As estruturas foram montadas em locais estrat�gicos. A primeira est� no “Ponto Zero”, onde ocorreu o acidente na Via Expressa, em Contagem. A segunda, no “Ponto Um”, que fica debaixo do entroncamento das avenidas Otac�lio Negr�o de Lima e Atl�ntida, em Belo Horizonte. E a �ltima, a “Ponto Dois”, a cerca de 150 metros � frente do “Ponto Um”, pr�ximo ao Parque Ecol�gico, na Pampulha.
Tamb�m em nota, a Prefeitura de Contagem informou que, na manh� de ontem, as barreiras estavam cumprindo bem a fun��o de bloqueio. E embora nenhum material tenha passado para a lagoa da Pampulha, a Ambipar iria instalar mais “uma ou duas barreiras de preven��o, devido ao cen�rio de poss�veis chuvas”.
Na tarde de quarta-feira, uma batida entre uma carreta e um caminh�o mobilizou o Corpo de Bombeiros e fechou o tr�nsito, ap�s grande vazamento de piche. O motorista do caminh�o ficou preso �s ferragens. Mesmo ap�s 16 horas do desastre, o material que se espalhou na pista da Via Expressa ainda n�o havia sido totalmente retirado e parte da pista foi interditada devido ao piche pegajoso. Foi necess�rio utilizar um maquin�rio para retir�-lo do local.
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