
Uma nova assembleia marcada para esta tarde vai avaliar o movimento e os rumos da greve.
Com a greve, a categoria descumpre a determina��o da Justi�a, que prev� a escala m�nima de 5h30 �s 10h e das 16h30 �s 20h, ou seja, o hor�rio de pico.
O Sindicato dos Metrovi�rios (Sindimetro) afirma que, embora em hor�rio diferente, os trens est�o funcionando por mais tempo do que o determinado legalmente.
Um n�mero maior de viagens, com intervalos menores entre os trens, tamb�m est� sendo oferecido: o intervalo que, antes da greve, era de 20 minutos, passou para 15 minutos.
Transtorno para os passageiros
No terminal Vilarinho, Regi�o de Venda Nova da capital, a empregada dom�stica Cristiana Gon�alves, de 38 anos, aguardava na fila a libera��o do metr� para embarcar �s 10h.
Como tantos outros usu�rios, a rotina dela foi prejudicada com a paralisa��o. Cristiana conta que est� tendo que trabalhar em hor�rio reduzido para conseguir usar o trem. "T� me atrapalhando demais. T� chegando no servi�o 3 horas depois do meu hor�rio e tenho que sair 1h30 antes para conseguir pegar o metr� antes das 17h".

Cristiana, que mora em Santa Luzia, usa o transporte p�blico para se deslocar at� o bairro Santa Efig�nia. "Eu utilizo somente o metr�, da esta��o Vilarinho at� a Esta��o Santa Tereza. T� sendo complicado porque a gente s� pega o metr� lotado, n�o consegue pegar metr� vazio. Estamos quase sendo pisoteados", conta.
Outras alternativas de transportes
A usu�ria tamb�m relata que, ao tentar pegar um �nibus, tamb�m enfrentou lota��o e desconforto. "Ontem tentei pegar o �nibus para descer no Centro mas n�o consegui. Voc� fica em uma fila imensa e n�o consegue pegar de t�o cheio", desabafa.
Com a lota��o nos transportes p�blicos, Cristiana conta � reportagem que a alternativa de usar motoristas de aplicativos tamb�m est� dif�cil. "Segunda-feira eu tive que utilizar o meio de transporte Uber, mas foi um caos tamb�m para conseguir chegar. Eu fiquei mais de 40 minutos tentando chamar um uber, mas n�o conseguia tamb�m. Eles cancelavam a corrida", conta.
A empregada conta que agora gasta mais de 3h no trajeto do trabalho para casa. "Eu gastava 1h30 no trajeto. Cansa�o aumenta, estresse, desconforto, tudo aumenta. Tomara que isso acabe logo, porque como sempre, quem sofre � a popula��o", declara Cristiana.
Motivo da greve
A greve questiona a estabilidade dos empregos ap�s a transfer�ncia para empresas privadas no futuro, prevista no item 3 da Resolu��o CPPI nº 206, com normas para a privatiza��o do metr�.
A resolu��o permite que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) fa�a a transfer�ncia dos funcion�rios para as empresas privadas que futuramente ser�o respons�veis pela administra��o do servi�o.
"N�s somos contra essa l�gica do lucro a qualquer pre�o, por isso decidimos entrar em greve, como �ltimo recurso para defender o nosso ganha-p�o e o direito das pessoas de ir e vir. A nossa luta � a luta de todo o povo trabalhador, oprimido explorado por este sistema injusto", declara o Sindimetro em comunicado.
*Estagi�rio sob supervis�o do editor Benny Cohen