
“Acreditamos que n�o vai ter nenhum tipo de entrega amanh�”, afirma Warley Leite, presidente da Associa��o dos Prestadores de Servi�o que Utilizam Plataformas Web e Aplicativos de Economia Compartilhada (APPEC).
Ele explica que devem acontecer duas manifesta��es. A primeira � destinada aos prestadores de servi�o vinculados �s plataformas de economia compartilhada. A segunda � geral e, al�m dos entregadores por aplicativo, deve receber profissionais celetistas e aut�nomos.
A concentra��o da primeira vai come�ar �s 9h, na Pra�a da Savassi, Regi�o Centro-Sul da capital. Segundo Leite, o local foi escolhido por ter uma grande concentra��o de motoentregadores.
“O objetivo � recrutar os entregadores, inclusive nas portas de shoppings. A maior demanda de entregas da regi�o est� concentrada ali. Posteriormente, �s 15h, haver� uma manifesta��o na Pra�a da Esta��o, contra todos os abusos e as pr�ticas que t�m prejudicado a categoria.”
Ele ressalta que, al�m dos entregadores que prestam servi�os para os aplicativos, existe uma outra classe que tamb�m est� sofrendo com a crise econ�mica.
“Estamos falando muito dos aplicativos, mas temos uma classe que s�o (entregadores) celetistas que tamb�m est�o sofrendo, al�m dos lojistas, com os abusos e n�o podem parar �s 9h. Esse pessoal trabalha em restaurante, fazendo entrega e t�m o sal�rio deles. Se eles pararem, o que j� n�o est� bom vai piorar. Por isso, estamos fazendo a manifesta��o das 15h para que eles possam estar junto com a gente.” De l�, os manifestantes devem seguir para a Pra�a Sete, segundo Leite.
O presidente da associa��o lembra que os aplicativos prejudicam ainda os donos de estabelecimentos. “O aplicativo n�o est� atrapalhando apenas quem presta servi�os para ele. Est� atrapalhando quem est� fora tamb�m. Se uma pessoa faz um pedido de R$ 100, o aplicativo leva R$ 30 do estabelecimento. Tem alta da carne, o combust�vel tamb�m est� impactando nas lojas e o lojista ainda paga o entregador. Est� insustent�vel para todo mundo.”
Reivindica��es
Leite lista as demandas da categoria. “A primeira coisa que estamos pedindo � respeito das plataformas. A segunda � um reajuste que seja baseado e calculado acompanhando o pre�o da gasolina. Nas contas da associa��o, esse reajuste deveria ser, no m�nimo, de 40%.”
Os motoentregadores tamb�m querem o fim das entregas duplas. “T�m duas entregas distintas para fazer no mesmo pr�dio ou na mesma rua, ele (aplicativo) paga s� uma. Existe uma metragem, mas o cara faz dois servi�os e recebe por um.”
Outra reivindica��o � o fim da entrega agendada. “A pessoa est� com a inten��o de jantar �s 20h e agenda para que o pedido chegue neste hor�rio na casa dela. Para garantir isso, o entregador tem que ficar dispon�vel, muitas vezes, uma hora. Ele fica uma hora parado, esperando para entregar esse pedido.”
“Queremos tamb�m que o pedido caia, no aplicativo, para o entregador, quando ele j� estiver pronto. Em qualquer entrega, o entregador fica entre 30 e 40 minutos esperando o preparo da comida. Olha o tempo que ele fica ocioso, al�m de n�o poder usar o banheiro dos estabelecimentos. Em muitos locais, ele n�o pode ficar nem na porta do estabelecimento. N�o existe uma estrutura adequada que permita a ele fazer essa espera”, conclui.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira
