
Entregadores por aplicativo protestam por melhores condi��es de trabalho desde a manh� desta sexta-feira (1º) em Belo Horizonte. Al�m de se concentrarem em pontos espec�ficos da capital como a Savassi e a Pra�a da Esta��o, os trabalhadores se organizaram para barrar a retirada de pedidos em diferentes locais da cidade.
A estrat�gia � chamada de "breque". O objetivo � chamar a aten��o dos aplicativos. Neste v�deo, o entregador Junior, um dos l�deres do movimento, explica como a categoria organizou o protesto.
Em v�deos enviados por participantes da manifesta��o, s�o registrados momentos em que os entregadores se re�nem para evitar a entrada em lojas e at� rasgam a embalagem de entregas que estavam prontas para sair ao destino.
A pauta de reivindica��o da categoria inclui o reajuste anual de taxas e a distribui��o igualit�ria de pedidos entre as modalidades de entregadores.
Os trabalhadores ainda cobram o fim do agendamento pr�vio do hor�rio de trabalho, da obriga��o de fazer mais de uma entrega numa mesma corrida e que o atendimento das plataformas seja feito por pessoas e n�o rob�s.
A iFood, principal aplicativo de entregas, anunciou que, a partir deste s�bado (2), haver� um reajuste na taxa m�nima da corrida, que sai de R$ 5,31 para R$ 6. O valor pago por quil�metro rodado tamb�m aumentar�, saindo de R$ 1 para R$ 1,50.
Pelo lado das lojas, a representa��o em Minas da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirma que os protestos impactam no funcionamento dos estabelecimentos, mas que entende a manifesta��o como um direito leg�timo dos trabalhadores.
O presidente da Abrasel em Minas, Matheus Daniel, ressaltou que bares e restaurantes tamb�m t�m reclama��es sobre o funcionamento dos aplicativos de entrega e que est�o junto dos entregadores. No entanto, ele critica a pr�tica de impedir a sa�da dos pedidos.
"Temos pautas em comum para melhorar o delivery para todos, para que seja um ambiente saud�vel. O que a gente n�o pode jamais concordar � que alguns grupos de motoboys estejam fechando bares e restaurantes e impedindo pessoas de trabalhar. Eles t�m que saber que o bar e o restaurante s�o t�o explorados quanto os entregadores. A gente chega a pagar taxas para os aplicativos em torno de 27%", aponta.