
O aumento recorde no pre�o dos medicamentos no Brasil, em vigor a partir desta sexta-feira (1º), j� preocupa os consumidores em Belo Horizonte. No entanto, ainda � poss�vel correr contra o tempo e encontrar rem�dios com pre�os sem o reajuste m�dio de 10,89%.
Embora as farm�cias e drogarias j� possam praticar o pre�o mais alto, o aumento n�o � compuls�rio. Isso significa que os estabelecimentos ainda podem vender os medicamentos com o valor anterior ao reajuste.
Quem explica � o vice-presidente do Sindicato do Com�rcio Varejista de Produtos Farmac�uticos do Estado de Minas Gerais (Sincofarma), Rony Anderson Rezende.
“Para o consumidor, � importante pesquisar bem durante esses primeiros dias ap�s o aumento. O que acontece � o seguinte: a alta est� autorizada, os estabelecimentos podem vender os rem�dios com o pre�o novo, mas nem todas as farm�cias conseguiram reajustar todos os produtos”, diz.
Preocupa��o do consumidor
Rony ainda ressalta que o reajuste no pre�o dos medicamentos acontece em todos anos no m�s de abril, mas, em 2022, o aumento � o maior dos �ltimos 10 anos alavancado pelas altas taxas de infla��o.
E � justamente o aumento generalizado nos pre�os provocado pela infla��o que preocupa alguns consumidores. O assessor pol�tico T�lio Gomides, 26, associou a alta dos medicamentos aos pre�os tamb�m em ascens�o nos supermercados.
"Fica bem dif�cil na situa��o que o pa�s est� vivendo. A gente j� v� o aumento nas prateleiras e n�o s� nas farm�cias como nos supermercados. Vai afetar o bolso de todos os brasileiros, porque o rem�dio � uma necessidade, assim como o que � para o dia-a-dia na alimenta��o”, avalia.
Maria do Ros�rio, 66, � aposentada e precisa de medicamentos de uso cont�nuo. Ela ainda n�o imagina que os novos pre�os v�o pesar em seu or�amento, mas n�o recebeu bem a not�cia de que os d�gitos no caixa das farm�cias ficaram sensivelmente mais altos.
“Os dois rem�dios que uso n�o s�o de pre�o elevado, ainda cabe no meu or�amento. Mas � l�gico que a gente n�o gostaria, porque o meu ganho aumentou muito menos em percentual do que esse aumento do rem�dio”, explica
Mesmo quem n�o faz uso recorrente de medicamentos j� est� fazendo contas. � o caso do terapeuta Rafael Caldeira, 30. Ele conta como percebeu na pele, ou no bolso, o aumento no custo de vida.
Eu prefiro rem�dios homeop�ticos, mas a gente sempre acaba precisando comprar um medicamento aqui ou ali e acaba gastando mais. Eu estava pensando nisso hoje. Sou profissional liberal e desde 2019 meu sal�rio aumenta gradualmente porque eu atendo mais, mas a quantidade de dinheiro que eu consigo guardar n�o tem aumentado. Gasto quase tudo e n�o sou um cara perdul�rio”, conta.