“Faz um ano e meio que eu estou sofrendo e n�o sei at� quando vou sofrer.” Essas foram as palavras de Ant�nio Carlos Martins Franco, pai da enfermeira Fl�via Franco, de 28 anos, morta com mais de 30 facadas em Concei��o dos Ouros, no Sul de Minas. O crime aconteceu em outubro de 2020.
O acusado do crime, Djalmo Henrique, est� sendo julgado em j�ri popular nesta sexta-feira (29/04). Ao chegar ao local do julgamento, o acusado foi recebido com gritos de justi�a pela fam�lia e amigos da v�tima, que levaram faixas e cartazes e ainda produziram camisetas para pedir por sua condena��o. A fam�lia da jovem quer pena m�xima.
“A pena m�xima que existir na lei, ele merece muito mais ainda que isso. N�o tem quantidade, tudo o que der pra ele � pouco, 30 anos pra ele n�o � nada, vai ter que passar por mais, vai sofrer mais que os 30 anos ainda. Enquanto eu for vivo, ele n�o sai daqui n�o”, disse o pai, emocionado, em entrevista ao Terra do Mandu.
Fl�via Franco foi morta na garagem de casa, quando sa�a para o trabalho. Djalmo Henrique, hoje com 37 anos, esperou a ex abrir o port�o e invadiu o local. Ele se entregou 18 dias ap�s o crime e est� preso desde ent�o.
“Recebia Djalmo na minha casa com cerveja e churrasco, � o ‘pago’ que ele me deu. Ele � um covarde, um canalha, marginal, tudo que pensar de ruim dobra. Ele � mais ruim do que esse povo pensa. � um homem em quem eu tive confian�a, que ele estava olhando minha filha”, completou o pai da jovem, sua �nica filha.
A m�e, Vanda Martins Franco, que saiu de Campestre, onde mora, para acompanhar o j�ri, tamb�m clama por justi�a e conta que a motiva��o do crime foi a separa��o do casal. Ela comentou que tratava o acusado como um filho.
“Busco justi�a, porque era minha �nica filha e eu tratava ele muito bem, como meu filho, eu nunca esperava que ele fizesse uma coisa dessas. Ela discutia muito com ele, porque ele era muito ciumento. Ele n�o queria separar e ela n�o queria mais, ent�o foi por isso que aconteceu, por causa da separa��o. Eles j� estavam separados, ele era ex dela, n�o era mais namorado”, enfatizou a m�e.
(Iago Almeida / Especial para o EM)
