
O julgamento durou cerca de 16 horas e a mulher foi condenada por homic�dio qualificado e parto for�ado. A pena ainda foi agravada com quatro qualificadoras, entre elas o motivo torpe, o emprego de meio cruel, que impossibilitou a defesa da v�tima, para assegurar a execu��o de outro crime.
Apesar da defesa tentar apontar que a r� n�o tinha total controle de suas faculdades mentais, o j�ri entendeu que ela poderia sim responder pelo crime. A pena total foi de 30 anos, 2 meses e 10 dias de deten��o em regime fechado.
“Abrir o ventre da v�tima e dele retirar um nascituro, utilizando-se de instrumento n�o cir�rgico, estando a v�tima ainda viva, sofrendo com a insuport�vel dor f�sica de tal les�o, somada � insuport�vel dor psicol�gica de sentir que de suas entranhas estava sendo retirada sua filha, sem nada poder fazer, revela a intensidade exacerbada da crueldade do meio empregado que o intelecto humano carece, muitas vezes, de capacidade para compreender ou mesmo assimilar. Assim, em observ�ncia � sobredita agravante, entendo ser necess�ria e justa a eleva��o da pena base aplicada em mais 2/3 (dois ter�os)", diz a senten�a.
O crime aconteceu em outubro de 2018, quando Mara Cristina Ribeiro da Silva, que tinha 21 anos, teve seu beb� arrancado da barrica aos oito meses de gravidez. Angelina Rodrigues usou uma faca para abrir o ventre da v�tima depois de amarr�-la pelo pesco�o a uma �rvore na cidade de Jo�o Pinheiro.
O �tero foi dilacerado pela mulher que fingia estar gr�vida e tentava conseguir uma rec�m-nascido para fingir ser seu.
Detalhes macabros
Em depoimento, � epoca, Angelina deu detalhes do crime macabro. Ela confessou ter planejado toda a trama para retirar a crian�a de Mara. De acordo com relato da mulher, primeiro ela informou que atraiu a v�tima para um matagal �s margens da BR-040. L�, ela atirou �lcool contra o rosto da v�tima e a estrangulou com um fio de metal.
Ainda segundo a autora confessa, logo depois de enforcar Mara, ela pendurou o corpo em uma �rvore e fez o parto clandestino utilizando uma faca de cozinha. Conforme o depoimento de Angelina � pol�cia, a v�tima ainda estava viva quando a crian�a foi retirada.
Ainda segundo a autora confessa, logo depois de enforcar Mara, ela pendurou o corpo em uma �rvore e fez o parto clandestino utilizando uma faca de cozinha. Conforme o depoimento de Angelina � pol�cia, a v�tima ainda estava viva quando a crian�a foi retirada.
A mulher disse ainda que, depois de assassinar Mara, chamou o marido para levar o rec�m-nascido at� o Hospital Municipal de Jo�o Pinheiro. A PM foi acionada por funcion�rios que relatavam a entrada de uma paciente bastante agitada, com uma rec�m-nascida no colo, afirmando que acabara de dar � luz.
Entretanto, de acordo com os funcion�rios da unidade de sa�de, ela caminhava normalmente e se recusou a ser atendida por um m�dico obstetra, situa��o incomum em casos de parto.
Entretanto, de acordo com os funcion�rios da unidade de sa�de, ela caminhava normalmente e se recusou a ser atendida por um m�dico obstetra, situa��o incomum em casos de parto.
Ao chegar ao hospital, policiais militares encontraram familiares em busca da v�tima, que afirmaram que Mara estava gr�vida de oito meses e que a mulher que havia ido � institui��o morava com ela desde s�bado. Al�m disso, uma testemunha, que seria vizinha das duas mulheres, disse que por volta das 13h30 daquele dia viu Angelina saindo com Mara e sua outra filha de 1 ano. Com os ind�cios, Angelina acabou confessando o crime.
Ela e o marido tiveram a pris�o decretada. Um m�s antes do crime, Angelina postou foto dela segurando sapatinhos de beb� junto � barriga de gr�vida e desejando boas-vindas � suposta filha. "Seija (sic) bem-vinda Emanuelley Vit�ria", escreveu no Facebook.
(Com informa��es de Cristiane Silva)
(Com informa��es de Cristiane Silva)