
A m�e da mo�a disse ao Terra do Mandu que a suspeita dos m�dicos � que a trombose tenha sido provocada pelo uso de um tipo de anticoncepcional. Layla tomava o medicamento h� cerca de quatro anos. Dayse Priscila Antunes Ven�ncio contou tamb�m que a filha n�o fazia uso de outro tipo de medicamento. Segundo a m�e, Layla se consultava no posto de sa�de da cidade.
A jovem, formada em agrimensura e pretendia fazer engenharia civil, ficou quatro meses internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Cl�nicas de Pouso Alegre. H� tr�s meses ela tinha voltado para casa e era cuidada pela fam�lia. Layla apresentava melhoras e, h� menos de um m�s, passou por prcedimento de retirada da traqueostomia e a sonda para se alimentar.
No entanto, na sexta-feira da semana passada (6/5), a mo�a foi diagnosticada com a pneumonia e sofreu as paradas card�acas na quarta-feira dessa semana, n�o resistindo. A morte precoce deixou familiares e amigos muito abalados. O corpo de Layla foi sepultado ontem (12/5), no cemit�rio de Inconfidentes.
O que dizem os especialistas
A reportagem do Terra do Mandu conversou com especialistas sobre a possibilidade do medicamento desencadear uma trombose. A imunologista Alessandra Jacob afirma que sim, “pode ocorrer a trombose por uso de anticoncepcional, podendo levar a um AVC. E as sequelas, o fato da paciente ficar acamada, tem risco maior de pneumonias e morte infelizmente”, completa.
O ginecologista Benilson Eust�quio de Souza afirma que "existe, sim, esse risco em algumas pessoas que possam apresentar uma muta��o gen�tica, chamada de trombofilia".
O ginecologista ainda lembra que todos os anticoncepcionais trazem em suas bulas essa informa��o. “Tanto que o medicamento n�o deve ser prescrito para quem tem esse hist�rico familiar de trombose. H� casos da pessoa ter a trombofilia, mas desconhecem essa predisposi��o de desenvolver a trombose”.
Benilson Eust�quio explica ainda que os principais fatores de risco s�o obesidade, sedentarismo, tabagismo, varizes e o hist�rico familiar.
A m�e de Layla diz que a filha n�o possu�a nenhum desses fatores de risco, que fosse do conhecimento deles. Dayse conta que, depois que come�ar a tomar o anticoncepcional, a filha passou a reclamar muito de dor de cabe�a. ‘Acreditamos que seja o uso do anticoncepcional’, diz a m�e.