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Estado de Minas RECLAMA��ES

Vizinhos da Feira Hippie denunciam sujeira e barulho ap�s mudan�a de local

Comerciantes das barracas de alimenta��o tamb�m n�o est�o satisfeitos com mudan�a e preparam abaixo-assinado para entregar � prefeitura de Belo Horizonte


15/05/2022 13:16 - atualizado 16/05/2022 08:01

Pessoas comendo encostadas em um prédio
Dezenas de pessoas utilizam a fachada dos pr�dios da avenida �lvares Cabral para comer (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Moradores e comerciantes n�o est�o satisfeitos com as altera��es feitas pela prefeitura de Belo Horizonte na Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades, mais conhecida como Feira Hippie. 

“O barulho � insuport�vel e isso � inadmiss�vel. Eu fiquei seis meses dormindo em um colch�o dentro do closet para tentar diminuir os ru�dos. Agora, eu e meu marido tivemos que investir R$ 13 mil para colocar janelas ac�sticas no quarto”, declarou Gladis Colodetti, psic�loga e moradora do 7º andar do Condom�nio do Edif�cio Autom�vel Club.

Ela reside no pr�dio h� 16 anos e ressaltou que o problema n�o � a feira em si, que est� na Avenida Afonso Pena h� 30 anos, mas sim a ocupa��o da Avenida �lvares Cabral com as barracas de alimenta��o.

Por causa da pandemia, a tradicional feira da capital mineira chegou a ficar seis meses sem funcionar. Desde o retorno, em setembro de 2020, a prefeitura adotou uma nova distribui��o do espa�o para evitar aglomera��es.

“Recebo muitas reclama��es sobre a feira. Tem o barulho dos clientes, da montagem, dos shows. As pessoas ficam sentadas na porta, comendo, acumulando lixo e alimento. Ratos est�o entrando no pr�dio e tive que gastar um dinheiro para desentupir o esgoto”, revelou Magali Fonseca, pedagoga e s�ndica do condom�nio.

Al�m de ter a extens�o aumentada, a feira tamb�m sofreu altera��es no setor de alimenta��o, com as 132 barracas e 41 mesas deixando a Avenida Afonso Pena.

Jauner Torquato olha de seu apartamento a feira hippie
Jauner Torquato olha, com tristeza, para o inc�modo semanal que � a feira em frente ao pr�dio onde mora (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
“Eles trouxeram a feira para c�, mas n�o trouxeram a limpeza. Transformaram isso aqui em uma pra�a de alimenta��o e at� o asfalto est� manchado de gordura”, declarou Jauner Torquato, jornalista e morador do 11º andar.

Com a mudan�a, parte dos expositores passou a ficar no primeiro quarteir�o da Rua Esp�rito Santo, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Carij�s. J� as demais barracas foram para a Avenida �lvares Cabral, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Goi�s.

“� p�ssimo. Tenho 91 anos e todo s�bado na hora de dormir come�am a fazer barulho e vai at� o amanhecer”, reclamou Nilza Guimar�es, moradora do pr�dio h� mais de 40 anos.

Comerciantes preparam abaixo-assinado

Os comerciantes na Avenida �lvares Cabral tamb�m n�o est�o satisfeitos com a mudan�a e preparam um abaixo-assinado para retornar ao antigo local, junto com as demais barracas.

“L� embaixo, na Afonso Pena, era bem melhor. Aqui estamos no morro, a barraca fica torta, e o pessoal demora a subir aqui para comer. Est� sendo preparado um abaixo assinado para a gente descer”, declarou Maria Rocha, comerciante que vende tropeiro na feira h� mais de 23 anos.

Imagem do alto mostra local onde funciona a 'praça de alimentação' da feira
A 'pra�a de alimenta��o' da Feira agora ocupa o quarteir�o da Av. Alvares Cabral (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Quem tamb�m n�o est� contente com a altera��o � Lucilene Faria, comerciante da barraca �rabe. “N�o est� atendendo totalmente porque o local � impr�prio, por ser subida, as barracas ficam inclinadas e toda hora cai um objeto. Tamb�m venta demais e a gente que trabalha com fritura queima muito”, explicou. 

J� a consultora Priscila Alves, que estava sentada com amigos em uma mesa do novo local, elogiou a mudan�a.  “Eu achei bem melhor porque evita muita gente. L� embaixo fica o povo comprando e aqui quem est� comendo, tomando uma cerveja”, declarou.

Para os amigos Jacson Fernandes e Adriano Silva, na Avenida �lvares Cabral ficou melhor por mais arejada. “N�o mudou muita coisa, l� s� era um pouquinho mais apertado e mais quente”, explicou Jacson.
 

SLU, EM NOTA 


Em resposta � reportagem do Estado de Minas a prefeitura de Belo Horizonte declarou que a pandemia acabou para efeitos administrativos e que n�o se fiscaliza aglomera��o em rua aberta, pois n�o h� dispositivo legal para coibir.
 
"A Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) informa que disponibiliza 50 lixeiras no entorno e no meio da feira. A varri��o � feita antes do in�cio e depois do t�rmino do evento. Em m�dia, s�o recolhidas sete toneladas de lixo. Ap�s a realiza��o da Feira, a SLU lava o local, utilizando 30 mil litros de �gua, 30 quilos de sab�o e 30 litros de cloro. O quarteir�o da Alvares Cabral, entre Afonso Pena e Goi�s, tamb�m � lavado todos os domingos ap�s a feira", afirmou o �rg�o, em nota.

Confira a lista de reclama��es feitas pelos vizinhos da Feira Hippie e que foram enviadas � Ouvidoria da Prefeitura de Belo Horizonte em tr�s oportunidades:
  • A �rea de alimenta��o passou a ficar pr�xima a �rea residencial o que n�o acontecia antes;
  • Barulho durante a montagem da feira entre as 00h00 e 6h00
  • Reuni�o de pessoas gritando a com m�sica a partir de bem cedo da madrugada, �s vezes 5 horas da manh�;
  • Obstru��o da portaria do pr�dio com aglomera��o e lixo;
  • Obstru��o da vaga de garagem do pr�dio, que inclusive � usada para consulta m�dica e assist�ncia emergencial a idosos que residem no pr�dio;
  • Aglomera��o absurda na porta do pr�dio durante toda a manh� de domingo e in�cio da tarde;
  • Moradores que precisam trabalhar e retirar equipamentos de casa (como � o meu caso) no domingo tem muita dificuldade;
  • Res�duos de comida espalhados na porta do pr�dio e toda a cal�ada;
  • Limpeza mal executada;
  • Res�duos gordurosas lan�ados na cal�ada que n�o s�o limpos;
  • Lixo fica espalhado em todo o quarteir�o e por vezes s� � limpo na segunda pela equipe de limpeza da cidade;
  • Falta estrutura de lixeiras;
  • Cadeiras e mesas que n�o existiam e passaram a ficar obstru�do a sa�da dos moradores;
  • Ratos come�aram a aparecer crescentemente e agora ficam sobre as �rvores e em todo o passeio durante toda a semana em raz�o dos restos de comida;
  • Ratos come�aram a entrar no edif�cio.


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