
A fam�lia do mineiro Miguel Reimberg, de 15 anos, est� pedindo ajuda para doa��o de medula ao adolescente, que recentemente foi diagnosticado com aplasia da medula �ssea, uma doen�a grave, mas que tem cura por meio de transplante. O jovem � de Pouso Alegre, no Sul de Minas, e descobriu a doen�a ap�s algumas queixas de dores.
De acordo com a m�e do adolescente, neste caso, o doador tem que ser 100% compat�vel, caso contr�rio n�o � poss�vel realizar o transplante. E ningu�m da fam�lia tem a compatibilidade, por isso foi necess�rio que ele entrasse na fila para o transplante, o que aconteceu nesta semana.
“No caso do Miguel, ele n�o produz as c�lulas sangu�neas na medula �ssea dele, como deveria, e por isso ele precisa de um transplante. N�s n�o temos compatibilidade suficiente para doar nossa medula para ele, por isso n�s estamos buscando poss�veis doadores compat�veis”, explicou a m�e. (confira o v�deo completo abaixo)
“Ele vai iniciar os tratamentos que sera%u0303o todos paliativos. Apenas para que ele “aguente” ate%u0301 o transplante. E o mais importante, as idades para doadores de medula foram alteradas. Antes, podia ser ate%u0301 55 anos, atualmente e%u0301 dos 18 aos 35 anos, o que se torna mais difi%u0301cil, pois infelizmente esse pu%u0301blico na%u0303o costuma se cadastrar para doac%u0327a%u0303o”, completou a m�e.
Miguel � o mais velho de tr�s irm�os. Para contato com a fam�lia, o telefone de Gabriela � (35) 99919-6219.
Possibilidade � de 1 para 100.000
Constitu�da por tecido l�quido-gelatinoso e encontrada no interior dos ossos, a medula �ssea produz os componentes do sangue, incluindo as hem�cias ou c�lulas vermelhas, respons�veis pelo transporte do oxig�nio na circula��o, os leuc�citos ou c�lulas brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, que atuam na coagula��o do sangue.
O transplante de medula �ssea beneficia pacientes com produ��o anormal de c�lulas sangu�neas, geralmente causada por algum tipo de c�ncer no sangue como leucemias e linfomas, al�m de portadores de aplasia medular, entre outras doen�as.
De acordo com o Hemominas, a chance de encontrar um doador compat�vel entre irm�os, filhos de mesmo pai e mesma m�e, � estimada em 25% a 30%, aproximadamente. Entre pessoas n�o aparentadas, essa possibilidade pode chegar a 1 para 100.000 candidatos cadastrados.
“A compatibilidade � verificada pela semelhan�a entre os ant�genos dos leuc�citos do doador com os do receptor, por meio do exame de HLA (Ant�genos Leucocit�rios Humanos). Portanto, quanto mais candidatos cadastrados, maiores as chances de se encontrar o doador ideal para os pacientes que precisam de transplante”, explica.
“Se o candidato for considerado compat�vel com um paciente, ele ser� consultado, mais uma vez, para decidir sobre a doa��o. Com a confirma��o do doador, outros testes sangu�neos ser�o feitos para confirmar a compatibilidade. Em seguida, o candidato passa por rigorosos exames para avalia��o da sua sa�de e, se tudo der certo, ele se tornar� um doador”, completa.
Como se cadastrar para doa��o?
O cadastramento de candidatos a doadores de medula �ssea � feito pela Funda��o Hemominas. Para integrar o cadastro de doadores, � necess�rio:
- Ter entre 18 e 35 anos, boa sa�de e n�o apresentar doen�as como as infecciosas ou as hematol�gicas;
apresentar documento oficial de identidade, com foto.
- Colher uma amostra de sangue com 5ml para testes, para fazer o exame HLA (Ant�genos Leucocit�rios Humanos) que ir� determinar as caracter�sticas gen�ticas necess�rias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA ser� cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula �ssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do C�ncer (Inca).
Saiba como se cadastrar em Minas Gerais:
Cadastramento de candidatos a doa��o de medula �ssea.
“N�o h� agendamento – os candidatos � doa��o devem se informar diretamente no setor de capta��o das unidades e ser�o atendidos nos hor�rios definidos por cada uma delas. Da mesma forma, n�o est� disponibilizado o agendamento online para esse tipo de atendimento”, explica o Hemominas.
Como � feita a coleta?
H� duas formas b�sicas para coleta da medula de um doador. A escolha sobre o tipo de coleta n�o � uma decis�o do doador ou do paciente, mas sim uma indica��o m�dica, de acordo com o tipo de patologia ou diagn�stico do paciente. Portanto, veja as duas chances:
- Pun��es no osso da bacia, por meio de agulhas especiais, sob efeito de anestesia. Os doadores passam por um pequeno procedimento cir�rgico, de aproximadamente 90 minutos.
- Af�rese, procedimento de coleta por via perif�rica, que se assemelha a uma doa��o de sangue. N�o requer interna��o nem anestesia.
Transplante
Ainda de acordo com o Hemominas, o paciente � tratado com quimioterapia, que destr�i sua pr�pria medula, e recebe a medula �ssea doada por meio de transfus�o. Em duas semanas, a medula �ssea transplantada j� estar� produzindo c�lulas novas.
Para os doadores, os riscos s�o praticamente inexistentes. Apenas 10% da medula �ssea s�o retirados e, dentro de poucas semanas, a medula doada ser� recomposta pelo organismo. O transplante de medula �ssea � a �nica esperan�a de cura para muitos portadores de leucemias e outras doen�as do sangue. Iago Almeida / Especial ao EM