
Outra obra j� est� sendo executada na regi�o, mas o projeto, que deveria ter sido finalizado em maio do ano passado, ainda n�o foi conclu�do. H� pouco mais de cinco meses para o in�cio das temporadas chuvosas em Minas Gerais, o problema segue sem uma solu��o definitiva.
A interven��o � semelhante a que est� sendo realizada na Avenida Vilarinho, na Regi�o de Venda Nova, por�m, em menores propor��es, j� que l� o reservat�rio ter� capacidade para armazenar cerca de 230 milh�es de litros de �gua. Por l�, quem sofre ano a com as inunda��es j� v� melhoras desde a conclus�o da primeira etapa das obras.
A conclus�o dos trabalhos para mitigar os impactos das chuvas no entorno da esta��o S�o Gabriel, no entanto, ainda deve demorar cerca de dois anos. O prazo de execu��o, segundo o edital da PBH, ser� de 720 dias, a partir da assinatura da ordem de servi�o. A obra tem custo estimado em R$ 72,9 milh�es, recursos provenientes dos contratos de financiamento junto � Caixa Econ�mica Federal.
A interven��o, supervisionada pela Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), vai exigir a adequa��o da geometria vi�ria do entorno e o remanejamento dos interceptores de esgotos na �rea do empreendimento.
A interven��o, supervisionada pela Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), vai exigir a adequa��o da geometria vi�ria do entorno e o remanejamento dos interceptores de esgotos na �rea do empreendimento.

Na mem�ria dos vizinhos da obra atrasada, uma enchente em fevereiro de 2021 segue t�o n�tida quanto o barulho dos tratores e escavadeiras que se movimentam atr�s de tapumes de madeira a poucos metros de diversas casas e lojas.
Gerentes de um a�ougue e uma farm�cia na rua Volts, no Bairro 1º de Maio, contabilizaram preju�zos de dezenas de milhares de reais com mercadorias que foram por �gua abaixo na �ltima enchente. Para o gerente de um sacol�o na mesma vizinhan�a, a lembran�a dos estragos segue viva.
“Trabalho no sacol�o h� 20 anos e no ano passado a gente teve uma enchente que prejudicou muito, tivermos um preju�zo muito grande na loja, que teve �gua com 1,2m, foi mais ou menos 100 caixas de mercadorias que tivemos que jogar fora, tivemos que repor balan�as, perdemos computadores, troco em dinheiro, n�o d� nem para calcular o valor das perdas”, conta Sandro Amaro, de 54 anos.
Ele espera que as obras, mesmo que levando muito tempo, resolvam a situa��o na regi�o. Al�m do medo da �gua subindo com grande velocidade, os funcion�rios do com�rcio local temem pelos pr�prios empregos, j� que os propriet�rios t�m dificuldades para arcar com o preju�zo causado pelas enchentes.

"O bom � que o patr�o aqui � uma pessoa boa e conseguiu passar por isso sem ter que mandar ningu�m embora. Tomara que melhore (com as obras), porque a gente quer o melhor para podermos trabalhar tranquilos e s� trabalhar, sem precisar se preocupar com outras coisas”, disse Sandro
Nas casas, que ficam em uma �rea mais baixa do bairro, moradores tamb�m seguem contando o preju�zo da cheia hist�rica. A dona de casa J�lia Guimar�es, de 82, mora no bairro h� mais de 50 anos e conta que convive com o medo das chuvas.
“Eu tenho medo dessa �gua voltar de novo. Quando se forma uma ‘nuvinha’ a gente j� fica assombrado. Aqui tudo virou s� �gua, teve gente que teve de ser salva com corda, a �gua foi forte demais. Imagina dois metros de �gua no terreno da gente. Perdi tudo, tinha tr�s guarda-roupas de sucupira, quase todos novos e perdi tudo. Foi embora estante, foi embora roupa, acabou tudo. A prefeitura veio aqui e anotou o que a gente perdeu, mas n�o deu um centavo”, disse.

Desde 2009, a prefeitura est� construindo um canal paralelo de 285 metros, ao lado da esta��o S�o Gabriel, para aliviar o impacto das inunda��es no bairro de nome hom�nimo e tamb�m no Primeiro de Maio. A obra, que tem custo estimado em R$ 36 milh�es, estava prevista para ser finalizada em maio do ano passado, mas segue atrasada. A interven��o deve permitir uma melhor fluidez dos c�rregos Cachoeirinha, que v�m da Avenida Bernardo Vasconcelos, e Pampulha, oriundo do Bairro Primeiro de Maio. De acordo com a Sudecap, a previs�o � de que essa obra seja conclu�da ainda neste ano.
As interven��es na regi�o do Ribeir�o On�a tamb�m incluem o reassentamento de fam�lias que moram nas �reas de risco. Por meio de nota, o Grupo Gerencial de Empreendimentos e Apoio Operacional (Urbel) informou que j� foram removidas cerca de 700 fam�lias do local. O trabalho ainda est� em andamento e a previs�o � que sejam removidas, no total, aproximadamente 1600 fam�lias, cadastradas pela equipe social do �rg�o.