Morre Eduardo T�vora, m�dico que fez o 1� transplante de �rg�os em Minas

O m�dico e professor Eduardo Rubens T�vora, considerado o pioneiro da medicina  renal  em Minas Gerais, morreu nesse s�bado (21/05), aos  82 anos, em Belo Horizonte. Ele foi o respons�vel pelo primeiro transplante de rim realizado no estado e tornou-se refer�ncia no procedimento no Brasil e  na Am�rica Latina.  

 

Eduardo T�vora foi presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia e foi um dos fundadores da Associa��o Brasileira (ABTO), que divulgou nota, lamentando a morte do especialista, assim como a Sociedade Mineira de Nefrologia (SMN).

 

Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1959, ele fez p�s-gradua��o em doen�as renais na Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo (USP) e na University of Calif�rnia, em Los Angeles (EUA).

 

Em dezembro de 1969, Eduardo T�vora chefiou a equipe clinica que realizou o primeiro transplante de �rg�os (de rim) em Minas Gerais, cujo benefici�rio viveu mais 37 anos. Antes, realizou a primeira di�lise peritoneal, em 1962, e a primeira hemodi�lise, em 1965.

Ele foi professor adjunto de Cl�nica M�dica da Faculdade de Medicina da UFMG. Tamb�m  foi chefe dos servi�os de Nefrologia e Transplantes Renais do Hospital  das Cl�nicas  da UFMG e do Hospital Fel�cio Rocho, em  Belo Horizonte.

 

Publicou dois livros, entre eles, o “Inicia��o em Medicina Renal e Hidroeletrol�tica”. Publicou tamb�m, uma monografia sobre doen�as renais e dezenas de trabalhos cient�ficos, como autor e coautor,  divulgados  no Brasil e em revistas americanas.

 

Um dos pacientes transplantados pelo doutor Eduardo T�vora � o consultor de projetos Alexandre Amador de Souza Soares, de 48 anos, atual secret�rio de municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Machacalis, no Vale do  Mucuri, ouvido pelo Estado de Minas neste domingo.

Ele foi submetido ao transplante de rim em 17 de mar�o de 1997, pela equipe chefiada por T�vora, no Hospital Fel�cio Rocho. Na �poca, tinha 22 anos. 

“O doutor Eduardo T�vora � daqueles homens que viveram sua vida em prol do pr�ximo e exerceu a medicina como um verdadeiro sacerd�cio. Quando me vi fazendo um tratamento renal em Belo Horizonte, nos idos de 1997, ele foi um dos anjos bons que Deus colocou na minha vida, e, al�m do tratamento m�dico, sempre tinha uma palavra de amizade e coragem para me proporcionar”, relata, emocionado, Alexandre Amador.

 

“Expresso aqui o meu eterno agradecimento a esse grande homem e m�dico que construiu uma linda hist�ria de vida que ficar� gravada na mem�ria de todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhec�-lo”, complementa o paciente transplantado.