
O ex-delegado de Pol�cia Civil Wagner Pinto de Souza confirmou uma das principais provas que ligam o fazendeiro Ant�rio M�nica � Chacina de Una�. Durante o julgamento, nesta ter�a-feira (23), ele sustentou que um ve�culo igual ao da mulher do r�u foi visto no local onde estavam os executores dos assassinatos e os intermedi�rios do crime.
As procuradoras de acusa��o praticamente dissecaram as provas do processo para demonstrar a participa��o do ex-prefeito de Una� no crime. Em seu depoimento, que durou cerca de duas horas, o ex-delegado apontou o irm�o de Ant�rio, Norberto M�nica, como autor intelectual do crime.

Segundo ele, apesar de o relat�rio policial n�o indicar a participa��o de Ant�rio, testemunhas apontaram elementos da atua��o do r�u, entre eles a presen�a de um Fiat Marea de cor azul, que pertencia � esposa do fazendeiro, em uma reuni�o dos executores e intermedi�rios da chacina.
Em contrapartida, a defesa do r�u, conduzida pelo advogado Marcelo Leonardo, contesta a evid�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). O advogado argumenta que o MPF n�o conseguiu provar a participa��o do pol�tico no crime, j� que, na �poca, uma concession�ria da cidade j� havia vendido mais de 30 ve�culos semelhantes.
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Acusado de ser mandante do crime, Ant�rio M�nica chegou a ser condenado a 100 anos de pris�o, em outubro de 2015, em julgamento depois anulado por suposta falta de prova.
A Chacina de Una�
Em 28 de janeiro de 2004, Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condi��es an�logas � escravid�o na zona rural de Una�, incluindo as propriedades da fam�lia M�nica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, tamb�m foi morto.
Al�m de Ant�rio M�nica, o irm�o dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, por�m, est� em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na pris�o.