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Estado de Minas CRIME EM MINAS

Julgamento da chacina de Una� mant�m 'ferida aberta' de vi�vas das v�timas

A dor das fam�lias, que se arrasta h� quase duas d�cadas, segue um longo processo de impunidade com os acusados respondendo em liberdade


24/05/2022 10:10 - atualizado 24/05/2022 17:59

Protestantes que pedem justiça
Manh� foi marcada por protesto em frente ao Tribunal do J�ri da Justi�a Federal, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta ter�a-feira (23/5) (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
"� uma ferida que continua aberta. Para n�s, foi ontem". Essa declara��o contundente, feita por Helba Soares da Silva, de 58 anos, vi�va de Nelson Jos� da Silva, um dos fiscais assassinados na chacina de Una�, simboliza o clima de indigna��o na porta do Tribunal do J�ri da Justi�a Federal, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta ter�a-feira (23/5).

A vi�va ir� depor esta manh� no julgamento do fazendeiro e ex-prefeito de Una�, Anterio M�nica, condenado a 100 anos de pris�o, em outubro de 2015, como um dos mandantes do crime, em julgamento depois anulado por suposta falta de prova. "Essa anula��o foi decepcionante. N�o conseguimos nem sepult�-los. Isso � muito ruim, deixa a gente sangrando", declara Helba.

A dor das fam�lias, que se arrasta h� quase duas d�cadas, segue um longo processo de impunidade com os acusados respondendo em liberdade. "A gente passa a n�o acreditar na Justi�a. Cadeia nesse pa�s � feito para preto e pobre. Estamos vendo que rico pode fazer qualquer coisa. Est�o todos livres. Se fosse qualquer outro, estaria cumprindo pena", comenta Helba.

Ela enfatiza que o �nico al�vio poss�vel para as fam�lias � a pris�o daqueles que desafiaram todas as regras do Estado brasileiro. "Essa � uma luta de anos. O que fica � essa sensa��o de impunidade. Estamos buscando paz. Queremos que ele saia daqui com a mesma condi��o de 2015 e que passe a cumprir a pena", afirma.

Maria In�s Lina de Laia, de 56 anos, tamb�m cobra uma solu��o para o b�rbaro crime, que levou seu marido Erast�tenes de Almeida Gon�alves. "O sentimento � de cansa� e indigna��o. Quero que n�o se permita esquecer essa crueldade friamente planejada. Ele estava exercendo seu trabalho honestamente", declarou.

Al�m das duas vi�vas, o julgamento ir� ouvir outras 12 testemunhas de acusa��o, entre elas dois r�us colaboradores, e seis de defesa. 
 

A Chacina de Una�


Em 28 de janeiro de 2004, Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condi��es an�logas � escravid�o na zona rural de Una�, incluindo as propriedades da fam�lia M�nica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, tamb�m foi morto.

Al�m de Ant�rio M�nica, o irm�o dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, por�m, est� em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na pris�o.


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