
A vi�va ir� depor esta manh� no julgamento do fazendeiro e ex-prefeito de Una�, Anterio M�nica, condenado a 100 anos de pris�o, em outubro de 2015, como um dos mandantes do crime, em julgamento depois anulado por suposta falta de prova. "Essa anula��o foi decepcionante. N�o conseguimos nem sepult�-los. Isso � muito ruim, deixa a gente sangrando", declara Helba.
A dor das fam�lias, que se arrasta h� quase duas d�cadas, segue um longo processo de impunidade com os acusados respondendo em liberdade. "A gente passa a n�o acreditar na Justi�a. Cadeia nesse pa�s � feito para preto e pobre. Estamos vendo que rico pode fazer qualquer coisa. Est�o todos livres. Se fosse qualquer outro, estaria cumprindo pena", comenta Helba.
Ela enfatiza que o �nico al�vio poss�vel para as fam�lias � a pris�o daqueles que desafiaram todas as regras do Estado brasileiro. "Essa � uma luta de anos. O que fica � essa sensa��o de impunidade. Estamos buscando paz. Queremos que ele saia daqui com a mesma condi��o de 2015 e que passe a cumprir a pena", afirma.
Maria In�s Lina de Laia, de 56 anos, tamb�m cobra uma solu��o para o b�rbaro crime, que levou seu marido Erast�tenes de Almeida Gon�alves. "O sentimento � de cansa� e indigna��o. Quero que n�o se permita esquecer essa crueldade friamente planejada. Ele estava exercendo seu trabalho honestamente", declarou.
Al�m das duas vi�vas, o julgamento ir� ouvir outras 12 testemunhas de acusa��o, entre elas dois r�us colaboradores, e seis de defesa.
Ela enfatiza que o �nico al�vio poss�vel para as fam�lias � a pris�o daqueles que desafiaram todas as regras do Estado brasileiro. "Essa � uma luta de anos. O que fica � essa sensa��o de impunidade. Estamos buscando paz. Queremos que ele saia daqui com a mesma condi��o de 2015 e que passe a cumprir a pena", afirma.
Maria In�s Lina de Laia, de 56 anos, tamb�m cobra uma solu��o para o b�rbaro crime, que levou seu marido Erast�tenes de Almeida Gon�alves. "O sentimento � de cansa� e indigna��o. Quero que n�o se permita esquecer essa crueldade friamente planejada. Ele estava exercendo seu trabalho honestamente", declarou.
Al�m das duas vi�vas, o julgamento ir� ouvir outras 12 testemunhas de acusa��o, entre elas dois r�us colaboradores, e seis de defesa.
A Chacina de Una�
Em 28 de janeiro de 2004, Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condi��es an�logas � escravid�o na zona rural de Una�, incluindo as propriedades da fam�lia M�nica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, tamb�m foi morto.
Al�m de Ant�rio M�nica, o irm�o dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, por�m, est� em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na pris�o.