(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CRIME EM MINAS

Chacina de Una�: protestos marcam 1� dia de julgamento de Ant�rio M�nica

Auditores federais est�o na porta do tribunal nesta ter�a-feira (24/5) e pedem justi�a; acusado � apontado como um dos mandantes das mortes de quatro servidores


24/05/2022 08:25 - atualizado 24/05/2022 19:11

Cidadãos que pedem justiça
Auditores federais est�o na porta do tribunal nesta ter�a-feira (23/5) e pedem justi�a (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O primeiro dia de j�ri de Ant�rio M�nica, acusado de ser um dos mandantes da Chacina de Una�, em 2004, � marcado por protestos na porta do Tribunal do J�ri da Justi�a Federal, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta ter�a-feira (24/5). O julgamento est� previsto para come�ar �s 8h30. A seguran�a no local foi refor�ada.

Com flores e uma apresenta��o musical em mem�ria aos quatro colegas mortos em uma emboscada, cerca de 50 auditores se manifestam no local pedindo justi�a. Em 2015, o r�u foi condenado a 100 anos de pris�o, mas a senten�a foi anulada em 2018. De acordo com a defesa de Ant�rio, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) n�o conseguiu provar a participa��o dele, que � ex-prefeito de Una�. Al�m disso, os advogados sustentaram ter havido erros na condu��o do julgamento.

Por�m, entre os auditores fiscais a expectativa � de que o j�ri chegue � mesma conclus�o de sete anos atr�s. "O caso vem se arrastando ao longo desses anos em raz�o da condi��o econ�mica do r�u. H� uma ampla gama de provas. Nossa expectativa � positiva, acreditamos que o j�ri ir� chegar ao mesmo resultado de 2015", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Bob Machado. "De l� para c� tem sido uma busca incessante por justi�a", complementa.

Os servidores acreditam que os advogados do r�u v�o tentar v�rias manobras para evitar uma nova condena��o de M�nica, mas afirmam que mant�m expectativa positiva. "Nosso desejo � que isso se encerre de uma vez por todas. N�o podemos ficar esperando mais. Essa � uma dor de todo servidor p�blico", disse Edesia Barros, auditora fiscal.

Os auditores dizem ainda que, depois da chacina, eles cada vez mais sentem medo de sair para cumprir o trabalho de fiscaliza��o. Uma condena��o de Ant�rio M�nica �, para eles, uma revers�o da sensa��o de impunidade. "� uma inseguran�a para n�s. Eles estavam representando o Estado. Muitos empres�rios v�em os auditores como um impecilho para o crescimento econ�mico. O que n�s queremos � garantir emprego com dignidade", comenta a auditora fiscal.

Para acompanhar o julgamento, vieram para BH auditores de v�rios estados, como Distrito Federal, S�o Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. "N�s carregamos conosco o peso dessa dor e desse medo de exercer o nosso trabalho. Esses servidores foram brutalmente assassinados, porque n�o se dobraram. Precisamos mostrar que a lei vale para todos", afirma Bob Machado.

A Chacina de Una�


Em 28 de janeiro de 2004, Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condi��es an�logas � escravid�o na zona rural de Una�, incluindo as propriedades da fam�lia M�nica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, tamb�m foi morto.

Al�m de Ant�rio M�nica, o irm�o dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, por�m, est� em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na pris�o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)