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Estado de Minas CHACINA DE UNA�

Em noite de protestos contra M�nica, defesa do r�u n�o v� fato novo no j�ri

Ant�rio M�nica � novamente julgado no Tribunal do J�ri da Justi�a Federal


24/05/2022 22:11 - atualizado 26/05/2022 12:26

Representantes do Sinait a porta do tribunal com placas
Representantes do Sinait a porta do tribunal com placas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O julgamento do ex-prefeito de Una� e propriet�rio rural Ant�rio M�nica, no Tribunal do J�ri da Justi�a Federal, em Belo Horizonte � acompanhado de perto por auditores fiscais de v�rios estados do Brasil. Eles mant�m vig�lia na porta da Justi�a Federal e aguardam a condena��o do r�u, apontado pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) como um dos mandantes do que ficou conhecido como a Chacina de Una�, em 2004.

 

Representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), relataram � imprensa que a dor e a indigna��o n�o tem fim, pois passados quase 20 anos da chacina at� ent�o nenhum mandante foi preso. Ant�rio M�nica havia sido condenado a 100 anos de pris�o em 2018, mas a Justi�a Federal anulou o julgamento por falta de provas. O crime aconteceu em 28 de janeiro de 2004 nas proximidades da cidade mineira, quando tr�s fiscais do trabalho e o motorista do Minist�rio do Trabalho que os conduzia foram assassinados em uma emboscada.

 

A defesa de Ant�rio, condenado em outubro de 2015 pelo Tribunal do J�ri da Justi�a Federal de Minas Gerais, argumentou que o MPF n�o conseguiu provar a participa��o do pol�tico no crime, sustentou que houve erros na condu��o do julgamento.

 

Diante do tribunal nesta ter�a-feira (24/5), o ex-delegado de Pol�cia Civil Wagner Pinto de Souza confirmou uma das principais provas que ligam o fazendeiro Ant�rio M�nica � Chacina de Una�. Ele sustentou que um ve�culo igual ao da mulher do r�u foi visto no local onde estavam os executores dos assassinatos e os intermedi�rios do crime.

 

As procuradoras de acusa��o praticamente dissecaram as provas do processo para demonstrar a participa��o do ex-prefeito de Una� no crime. Em seu depoimento, que durou cerca de duas horas, o ex-delegado apontou o irm�o de Ant�rio, Norberto M�nica, como autor intelectual do crime.

 

O advogado criminalista e assistente de acusa��o contratado para o julgamento da chacina de Una�, Roberto Tardelli, se mostrou confiante de que o resultado ser� o mesmo de 2015. Tardelli, que atuou tamb�m no caso Richthofen, lamentou a dificuldade de se condenar mandantes de crimes como o da chacina de Una�.

 

"Todo julgamento que envolve o mandante sempre � dif�cil. Ele tem o poder econ�mico. Consegue andar na sombra, por isso contrata algu�m para fazer o servi�o sujo", avaliou.

 

Dr. Marcelo Leonardo advogado de defesa.
Dr. Marcelo Leonardo, advogado de defesa (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
J� o advogado de defesa de Ant�rio M�nica, Marcelo Leonardo, ressaltou que em nenhum momento neste j�ri foi apresentado fato novo contra seu cliente.

 

"Esse crime foi b�rbaro, ser�ssimo, repugnante as pessoas respons�veis j� foram processadas, julgadas e condenadas. Est� sendo julgado agora, pela segunda vez, o senhor Ant�rio M�nica porque o Tribunal Regional Federal entendeu que n�o tinha provas contra ele e a decis�o anterior n�o podia permanecer. At� agora, n�o se fez nenhuma prova nova a justificar uma mudan�a no entendimento do TRF, pois n�o se demonstrou nenhum envolvimento concreto de Ant�rio nos fatos", ressaltou.

A Chacina de Una�

Em 28 de janeiro de 2004, Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condi��es an�logas � escravid�o na zona rural de Una�, incluindo as propriedades da fam�lia M�nica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, tamb�m foi morto.

 

Al�m de Ant�rio M�nica, o irm�o dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, por�m, est� em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na pris�o.


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