
Nesta sexta-feira (27/5), o conselho de senten�a ir� determinar se o ex-prefeito de Una� Ant�rio M�nica ser� condenado ou absolvido da acusa��o de ser mandante do crime que ficou conhecido como Chacina de Una�. O fazendeiro chegou no Tribunal do J�ri da Justi�a Federal, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, por volta das 8h30.
A sess�o de hoje inicia com os debates entre acusa��o e defesa, com r�plicas e tr�plicas. O advogado e assistente de acusa��o Roberto Tardelli diz esperar um debate de alto n�vel hoje. "O j�ri � uma guerra de ideias, n�o � uma guerra pessoal", disse. O tempo da acusa��o ser� dividido entre os procuradores da Rep�blica e os assistentes de acusa��o.
Ap�s os debates, o j�ri ir� para vota��o do veredito. Nesses quatro dias, o conselho, composto por sete pessoas, fez um mergulho na hist�ria. Eles ficam sem celular, isolados, sem nenhum contato externo. Todos eles est�o munidos de uma responsabilidade maior hoje", comenta Tardelli.
Em vig�lia na porta do tribunal, desde ter�a-feira (24), auditores fiscais realizam mais um ato de protesto, coordenado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). A categoria est� confiante de que o j�ri ir� chegar � mesma conclus�o de sete anos atr�s, quando Ant�rio M�nica foi condenado 100 anos de pris�o. "Tem sido muito duro para todos n�s esse processo que j� se estende por 18 anos. Estamos em busca de paz", disse Bob Machado, presidente do Sinait.
Ao longo dos tr�s �ltimos dias de julgamento foram ouvidas 19 testemunhas, sendo 14 de defesa, entre elas um dos pistoleiros contratados para matar os fiscais, em 2004, e cinco de defesa. A previs�o era de 20 testemunhas, por�m uma delas foi dispensada pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF).
A Chacina de Una�
Em 28 de janeiro de 2004, Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condi��es an�logas � escravid�o na zona rural de Una�, incluindo as propriedades da fam�lia M�nica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, tamb�m foi morto.
Al�m de Ant�rio M�nica, o irm�o dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, por�m, est� em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na pris�o.