
Em meio aos cach�s astron�micos que entraram na mira das dilig�ncias do Minist�rio P�blico, o cantor Gusttavo Lima fez uma transmiss�o ao vivo no Instagram no fim da noite dessa segunda-feira (30/5). Em um pronunciamento que durou pouco mais de 20 minutos, o astro do sertanejo disse que nunca se beneficiou com dinheiro p�blico. No final, ele chorou e qualificou os epis�dios recentes como uma “persegui��o”.
Nessa segunda-feira, o Estado de Minas mostrou que o Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu uma investiga��o para apurar se houve irregularidades na contrata��o do cantor pela Prefeitura de Mag�. Gusttavo Lima receber� R$ 1 milh�o para realizar um show em 8 de junho.
Conforme levantamento da reportagem, a cifra milion�ria destinada ao artista � quase 10 vezes maior do que o Executivo pretende gastar em atividades art�sticas e culturais no decorrer deste ano – exatos R$ 104.485,50. Ainda segundo a Lei Or�ament�ria Anual (LOA) de 2022, as obras para constru��o, reforma e amplia��o de creches municipais t�m somente R$ 72 mil reservados.
Leia tamb�m: MP abre investiga��o sobre cach� de R$ 1 milh�o de Gusttavo Lima em Mag�
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No entanto, no entendimento do “Embaixador” – como tamb�m � popularmente conhecido –, n�o h� nada demais nos valores celebrados nos contratos para suas apresenta��es. “N�o � porque � uma prefeitura que vou deixar de cobrar o meu valor, pois tenho contas e funcion�rios para pagar. Quando o boleto chega no fim do m�s, n�o tem choro e n�o tem vela”, enfatizou o sertanejo.
Posteriormente, Gusttavo Lima tamb�m tratou com naturalidade o recebimento de altos cach�s pagos pelo Poder Executivo. “Todos os artistas j� fizeram ou fazem shows de prefeitura. � sobre valorizar a nossa arte! A �nica coisa que a gente tem pra vender � a nossa m�sica. A gente paga as nossas contas com isso. A gente coloca comida na nossa mesa atrav�s do nosso talento”, declarou o cantor, enfatizando que mais de 500 funcion�rios dependem dele e sobrevivem das respectivas rendas para sustentar suas fam�lias.
“N�o sei o porqu� de tanto �dio e persegui��o. Muitas inverdades sobre o meu nome e a minha carreira. Voc�s sabem da minha �ndole e do meu car�ter. (...) Minha vida sempre foi trabalhar. Em 2019, fiz quase 300 shows. Temos uma equipe gigante de colaboradores e funcion�rios que, a cada dia, nos ajuda a subir mais um degrau da escada. (...) Pago todos os meus impostos em dia”, afirmou.
Por fim, o cantor avaliou que “ter as coisas (bens materiais) � como se fosse um crime”. “A gente n�o pode ter um avi�o legal? Eu comia ab�bora com farinha na minha inf�ncia. Passei muitas necessidades e perrengues”, relembrou. “Do fel ao mel. Nunca imaginei que ser bem-sucedido traria tanta inveja. �s vezes, d� vontade de sumir pra ver se essa persegui��o acaba”, finalizou.
No �ltimo s�bado (28/5), a Prefeitura de Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas, anunciou o cancelamento dos shows de Gusttavo Lima e da dupla Bruno e Marrone na 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos, que acontecer� entre 17 e 23 de junho.
A decis�o do Executivo aconteceu ap�s vir a p�blico que a gest�o municipal faria uso indevido dos valores da Compensa��o Financeira pela Explora��o Mineral (Cfem) para pagar os cach�s dos artistas, que, somados, correspondem a R$ 1,72 milh�o.
O recurso � um tributo pago pelas mineradoras para munic�pios onde h� atividades miner�rias e, segundo o portal da Ag�ncia Nacional de Minera��o, s� pode ser aplicado em “projetos que, direta ou indiretamente, revertam em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da sa�de e educa��o”.
Em comunicado, o Executivo afirmou que recebeu “com perplexidade” as “not�cias que dizem que os shows ocorriam com verbas da sa�de e educa��o” e reafirmou que o uso dos recursos do Cfem ocorre de forma legal.
Al�m dos pagamentos fixados para Gusttavo Lima e a dupla que acabaram tendo suas apresenta��es canceladas, Simone e Simaria (R$ 520 mil), Israel e Rodolffo (R$ 310 mil), Padre Alessandro Campos (R$ 162 mil), Di Paullo e Paulino (R$ 120 mil), Jo�o Carreiro (R$ 100 mil) e Thiago Jhonathan (R$ 90 mil) est�o entre as principais atra��es que seguem mantidas no evento. Todos os cach�s, conforme a prefeitura, ser�o pagos com recursos do Cfem.
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) instaurou um procedimento, intitulado Not�cia de Fato, para apurar os contratos firmados pela Prefeitura de Concei��o do Mato Dentro com artistas que se apresentar�o no munic�pio entre os dias 17 e 23 de junho.
Na quinta-feira (26/5), por meio de nota, o �rg�o disse que o objetivo � verificar se h� elementos que justifiquem a abertura de uma investiga��o pelo MPMG (inqu�rito civil). Procurado pela reportagem nessa segunda-feira, o MP disse que as dilig�ncias ainda est�o em curso, n�o havendo fato novo.
Uma contrata��o feita pela prefeitura de S�o Luiz, munic�pio no Sul de Roraima, tamb�m gerou repercuss�o nas redes sociais nos �ltimos dias. A cidade, que tem cerca de oito mil habitantes e o segundo menor Produto Interno Bruto (PIB) do estado – R$ 147,6 milh�es –, contratou o cantor Gusttavo Lima, por R$ 800 mil, para ser a atra��o principal da 24ª edi��o da vaquejada. O Minist�rio P�blico investiga a origem dos recursos.
Na ocasi�o, a assessoria de imprensa do cantor disse, por meio de nota, que “n�o cabe ao artista fiscalizar as contas p�blicas”, e que "qualquer ilegalidade cometida pelos entes p�blicos, seja na contrata��o de shows art�sticos ou qualquer outra forma de contra��o com o setor privado, dever� ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas”.
Cesar Menotti e Fabiano e Solange Almeida tamb�m s�o algumas das atra��es j� confirmadas. Somando os gastos com os artistas e a estrutura, o evento deve custar R$ 3 milh�es ao munic�pio.
Posteriormente, Gusttavo Lima tamb�m tratou com naturalidade o recebimento de altos cach�s pagos pelo Poder Executivo. “Todos os artistas j� fizeram ou fazem shows de prefeitura. � sobre valorizar a nossa arte! A �nica coisa que a gente tem pra vender � a nossa m�sica. A gente paga as nossas contas com isso. A gente coloca comida na nossa mesa atrav�s do nosso talento”, declarou o cantor, enfatizando que mais de 500 funcion�rios dependem dele e sobrevivem das respectivas rendas para sustentar suas fam�lias.
“N�o sei o porqu� de tanto �dio e persegui��o. Muitas inverdades sobre o meu nome e a minha carreira. Voc�s sabem da minha �ndole e do meu car�ter. (...) Minha vida sempre foi trabalhar. Em 2019, fiz quase 300 shows. Temos uma equipe gigante de colaboradores e funcion�rios que, a cada dia, nos ajuda a subir mais um degrau da escada. (...) Pago todos os meus impostos em dia”, afirmou.
Por fim, o cantor avaliou que “ter as coisas (bens materiais) � como se fosse um crime”. “A gente n�o pode ter um avi�o legal? Eu comia ab�bora com farinha na minha inf�ncia. Passei muitas necessidades e perrengues”, relembrou. “Do fel ao mel. Nunca imaginei que ser bem-sucedido traria tanta inveja. �s vezes, d� vontade de sumir pra ver se essa persegui��o acaba”, finalizou.
Shows cancelados em Concei��o do Mato Dentro
No �ltimo s�bado (28/5), a Prefeitura de Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas, anunciou o cancelamento dos shows de Gusttavo Lima e da dupla Bruno e Marrone na 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos, que acontecer� entre 17 e 23 de junho.
A decis�o do Executivo aconteceu ap�s vir a p�blico que a gest�o municipal faria uso indevido dos valores da Compensa��o Financeira pela Explora��o Mineral (Cfem) para pagar os cach�s dos artistas, que, somados, correspondem a R$ 1,72 milh�o.
O recurso � um tributo pago pelas mineradoras para munic�pios onde h� atividades miner�rias e, segundo o portal da Ag�ncia Nacional de Minera��o, s� pode ser aplicado em “projetos que, direta ou indiretamente, revertam em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da sa�de e educa��o”.
Em comunicado, o Executivo afirmou que recebeu “com perplexidade” as “not�cias que dizem que os shows ocorriam com verbas da sa�de e educa��o” e reafirmou que o uso dos recursos do Cfem ocorre de forma legal.
Al�m dos pagamentos fixados para Gusttavo Lima e a dupla que acabaram tendo suas apresenta��es canceladas, Simone e Simaria (R$ 520 mil), Israel e Rodolffo (R$ 310 mil), Padre Alessandro Campos (R$ 162 mil), Di Paullo e Paulino (R$ 120 mil), Jo�o Carreiro (R$ 100 mil) e Thiago Jhonathan (R$ 90 mil) est�o entre as principais atra��es que seguem mantidas no evento. Todos os cach�s, conforme a prefeitura, ser�o pagos com recursos do Cfem.
Possibilidade de investiga��o pelo MP em Minas
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) instaurou um procedimento, intitulado Not�cia de Fato, para apurar os contratos firmados pela Prefeitura de Concei��o do Mato Dentro com artistas que se apresentar�o no munic�pio entre os dias 17 e 23 de junho.
Na quinta-feira (26/5), por meio de nota, o �rg�o disse que o objetivo � verificar se h� elementos que justifiquem a abertura de uma investiga��o pelo MPMG (inqu�rito civil). Procurado pela reportagem nessa segunda-feira, o MP disse que as dilig�ncias ainda est�o em curso, n�o havendo fato novo.
Investiga��o em Roraima
Uma contrata��o feita pela prefeitura de S�o Luiz, munic�pio no Sul de Roraima, tamb�m gerou repercuss�o nas redes sociais nos �ltimos dias. A cidade, que tem cerca de oito mil habitantes e o segundo menor Produto Interno Bruto (PIB) do estado – R$ 147,6 milh�es –, contratou o cantor Gusttavo Lima, por R$ 800 mil, para ser a atra��o principal da 24ª edi��o da vaquejada. O Minist�rio P�blico investiga a origem dos recursos.
Na ocasi�o, a assessoria de imprensa do cantor disse, por meio de nota, que “n�o cabe ao artista fiscalizar as contas p�blicas”, e que "qualquer ilegalidade cometida pelos entes p�blicos, seja na contrata��o de shows art�sticos ou qualquer outra forma de contra��o com o setor privado, dever� ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas”.
Cesar Menotti e Fabiano e Solange Almeida tamb�m s�o algumas das atra��es j� confirmadas. Somando os gastos com os artistas e a estrutura, o evento deve custar R$ 3 milh�es ao munic�pio.