
Professores e representantes das escolas particulares est�o em negocia��o desde 1º de abril, conforme o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro). Na assembleia realizada na semana passada, a categoria se reuniu com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) para negociar as pautas do movimento. Ao final da reuni�o, os docentes decretaram estado de greve.
Sem acordo
Um novo encontro entre as partes estava marcado para esta ter�a-feira (31/5), por�m, a presidente do Sinpro, Val�ria Morato, disse que as negocia��es n�o avan�aram.
“N�o teve nenhuma proposta. Um total desrespeito.” Diante da falta de acordo, Val�ria diz que a greve pode ser determinada amanh�.
“A paralisa��o de amanh� � com indicativo de greve. O que vamos apresentar para a categoria � o desrespeito e a falta de considera��o do patronal para com os professores e professoras que j� est�o indignados. A categoria vai se mobilizar na certeza de que precisa cruzar os bra�os porque n�o d� para ficar da forma que est�.”
A principal reivindica��o dos professores � por um reajuste salarial de 19,7%, com acr�scimo de 5% de ganho real, al�m das perdas inflacion�rias calculadas pela categoria. J� as escolas oferecem 5% de reajuste para profissionais do ensino b�sico e 4% para os de ensino superior, segundo o Sinpro.
A presidente do Sinpro afirma que o Sinepe est� desconsiderando o trabalho da categoria e n�o quer negociar a pauta. “Eles continuam se recusando a discutir a nossa pauta de reivindica��o, n�o apresenta nenhuma proposta e novidade desde a �ltima assembleia. Continua propondo a retirada de direitos e a n�o recomposi��o salarial dos professores.
Em entrevista ao Estado de Minas na tarde de ontem, o porta-voz do Sinepe-MG, Paulo Leite, afirmou que a entidade est� aberta � negocia��o e dispon�vel ao entendimento para chegar a um acordo.
“J� tivemos momentos, no passado, em que a distin��o de interesses era mais ampla e conseguimos chegar no lugar comum, para atender as demandas tanto das institui��es particulares de ensino quanto dos profissionais que trabalham em nossas institui��es.”
Leite ressalta ainda que o funcionamento das escolas ser� normal na quarta-feira. “N�o d� mais para prejudicar o andamento do ensino que foi muito prejudicado na pandemia. Este � um processo de matura��o que envolve a compreens�o de ambas as partes para as limita��es que existem para que possamos nos adequar”.
“Somos geradores de empregos importantes e respons�veis por uma representatividade expressiva de empregabilidade no mercado de trabalho, n�o s� quanto aos docentes, mas profissionais administrativos e todo o entorno impactado pela nossa a��o”.
Acusa��es de ass�dio moral
Antes da assembleia da semana passada, professores relataram casos de ass�dio moral por parte das escolas. Elas estariam exigindo que os funcion�rios assinassem documentos para informar se participariam ou n�o da paralisa��o.