
Os t�cnicos-administrativos da UFMG e do CEFET-MG deflagram greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (1º/6). As reivindica��es s�o o reajuste salarial dos servidores p�blicos federais e a anula��o do corte de R$ 3,2 bilh�es no or�amento do Minist�rio da Educa��o.
A assembleia dos t�cnicos-administrativos da UFMG foi realizada na escadaria da Reitoria, no Campus Pampulha, e contou com a participa��o de cerca de 300 pessoas. A greve foi aprovada por unanimidade.
De acordo com a Cristina del Papa, diretora do Sindicato dos Trabalhadores das Institui��es Federais de Ensino, o corte "pode dificultar que as universidades consigam ficar abertas at� o final do ano" e que eles buscam "fazer um movimento, como em 2019, no qual conseguimos, com ampla mobiliza��o na rua, reverter os cortes".
No CEFET-MG, os t�cnicos tamb�m aprovaram paralisa��o por tempo indeterminado a partir da pr�xima segunda-feira (6/6). A assembleia ocorreu no Campus I da institui��o. Sendo aprovada por ampla maioria, com apenas um voto contr�rio e duas absten��es.
As duas institui��es comp�em a base da Federa��o de Sindicatos de Trabalhadores T�cnico-administrativos em Institui��es de Ensino Superior P�blicas do Brasil (FASUBRA). Neste final de semana, ocorrer� uma plen�ria da federa��o que pode aprovar uma greve nacional. Ainda n�o foi informado se a greve ir� alterar o calend�rio das institui��es.
Tamb�m est� prevista, para esta quinta-feira (2/6), uma assembleia dos t�cnicos da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucur� (UFVJM). Segundo o sindicato, h� grande possibilidade de aprovar uma greve.
Os cortes tamb�m v�o impactar na sa�de. O Hospital das Cl�nicas, que j� teve um corte de 100 milh�es de reais, pode perder mais verba, segundo Cristina.
Greve nacional
Desde o final do ano passado, h� um movimento de diversos sindicatos e federa��es por uma greve geral do servi�o p�blico federal. Esse movimento n�o chegou em um consenso. Nesse contexto, foi discutida uma pauta comum de reajuste salarial de 19,99% para todas as categorias.
Na metade de maio, sem o avan�o da mobiliza��o nacional, algumas categorias entraram em greves isoladas. Entre elas, est�o o Instituto Federal de Minas Gerais, cujos servidores est�o em greve desde o dia 16 de maio.
Segundo o Sindifes, durante os governos de Michel Temer (PMDB) e Jair Bolsonaro (PL) n�o houveram negocia��es entre a FASUBRA e o governo federal. Com isso, a perda salarial da categoria apenas com a infla��o j� chegou a 40%.
Cristina del Papa afirma que uma plen�ria est� marcada para sexta, s�bado e domingo (3, 4 e 5/6) com outras institui��es para tentar nacionalizar a greve.