
S�o mais de 40 produtos em escassez, entre eles o soro fisiol�gico, dipirona injet�vel, atropina, ringer com lactato, amoxicilina, amicacina, contrastes, hidrocortizona, metronidazol e sorbitol. Alguns deles, como o soro e a dipirona, est�o com estoques reduzidos desde fevereiro deste ano.
“A falta [de insumos] � global, mas, obviamente, que os hospitais menores e do interior, que possuem menor poder de compra, acabam sentindo mais”, afirmou Wesley Marques Nascimento, superintendente da Central dos Hospitais.
Apesar da situa��o, os atendimentos seguem dentro da normalidade. “Para alguns casos, quando poss�vel, os hospitais est�o restringindo cirurgias eletivas. Mas em geral, a maioria est� pagando mais caro pelo produto ou negociando empr�stimos com outro hospital. Nenhum hospital deixou de fazer o atendimento ainda, mas, se a situa��o continuar da forma como est�, isto pode acontecer”, acrescentou.
Crise global
Segundo a Central dos Hospitais, uma s�rie de fatores combinados levou � atual situa��o de escassez na oferta dos insumos. A realiza��o de cirurgias e exames reprimidos durante o per�odo de isolamento social, somada ao lockdown na China e �ndia, que concentram a produ��o desses bens, assim como a gguerra da Ucr�nia, agravaram um cen�rio de fragiliza��o das cadeias produtivas. Isso porque 95% dos insumos hospitalares dependem de bens importados do exterior.
“A solu��o n�o � simples e n�o est� em nossas m�os. Nossa representante nacional, a Confedera��o Nacional de Sa�de, al�m do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sa�de (Conasems) e outras entidades, j� acionaram o Minist�rio da Sa�de para entrar no processo, como foi feito no caso da falta do kit intuba��o em 2021”, afirmou a entidade.
“O que � imprescind�vel � que a ind�stria, o setor de sa�de, as distribuidoras, o Minist�rio da Sa�de, Conasems e Minist�rio P�blico se unam urgentemente para realizar planos de a��o coordenados, que visem a mitiga��o dos efeitos desta falta e a identifica��o de solu��es urgentes para o restabelecimento do setor. E em seguida, uma agenda positiva para possibilitar uma menor depend�ncia do mercado em rela��o ao exterior”, acrescentou.
N�o h� previs�o para solu��o dessa crise de abastecimento. A Central dos Hospitais afirmou que est� viabilizando uma central de compras para favorecer a aquisi��o de insumos para os hospitais. A entidade refor�ou que os hospitais n�o est�o economizando esfor�os para que n�o haja preju�zo aos clientes.