
A comunidade ver� o resultado de uma campanha em que ela mesma participou com donativos.
A imagem j� est� em Carmo do Rio Claro e foi confeccionada no Recife, Pernambuco, pelo escultor Jeferson Silva de Oliveira, que levou um ano e meio para fazer o trabalho.
A inaugura��o da imagem estava marcada para acontecer em 2021, em comemora��o aos 210 anos daquela que � uma das mais antigas par�quias do interior do Estado, fundada no dia 2 de novembro de 1810, por decreto do ent�o pr�ncipe regente Dom Jo�o VI, a quem cabia erguer canonicamente par�quias no Brasil.
Mas veio a pandemia e os planos tiveram que ser adiados para agora.
A ideia de colocar a imagem da santa no trevo nasceu de uma conversa dos padres Michel Donizetti Pires, J�lio C�sar Agripino, Hudson Ivan Teixeira e Juliano Vasconcelos com o historiador Junio C�sar Oliveira Martins, Coordenador Geral de uma comiss�o que foi formada para trabalhar, em 2019.
Nascia ali o projeto M�e que Acolhe. Foram distribu�dos envelopes para donativos da comunidade.
� �poca foram arrecadados R$ 76 mil, dinheiro que dava para tocar o projeto.
“O que importa para a gente foi a resposta de carinho dado pelo povo”, disse o historiador Juninho.
Foi quando o escultor Jeferson de Oliveira foi contatado e topou o desafio.
Foi procurada a arquiteta Maria Carolina Alves Melo Lacerda para fazer o pedestal.
Ela tamb�m aceitou enfrentar o desafio. O pedestal tem os hologramas A.M., entrela�ados, que querem dizer Ave Maria, palavras que o Anjo Gabriel anunciou a Maria, quando ela foi informada que seria a m�e do Salvador.
O pedestal tem quatro metros e a imagem, tr�s metros de altura, totalizando sete metros.
O tamanho, explica o historiador Junio Martins, o Juninho, n�o � � toa. “O n�mero 7 aparece na B�blia em v�rias passagens: no milagre dos 7 p�es e peixes. O 7 tamb�m � a cor do arco-�ris e tem uma simbologia crist� muito forte”, conta.
Juninho conta que o escultor a fez em argila, esculpida no barro terracota. O peso da imagem � de 900 quilos.
Foi quando surgiu outro desafio: buscar a imagem. Mais uma vez, a solidariedade e o esp�rito de uni�o contaram na comunidade carmelitana. Uma empresa e um grupo de pessoas toparam buscar a imagem em Recife, sem custos para a par�quia.
A viagem durou 8 dias at� que a imagem do monumento chegasse a Carmo do Rio Claro, e l� � mantida guardada para ser desvendada para os fieis apenas no s�bado, na hora da b�n��o.
Hist�ria
Juninho conta que, como o n�cleo de povoa��o come�ou por volta de 1840, os primeiros bandeirantes vieram nas regi�es das minas, S�o Jo�o del Rei, toda aquela regi�o, trazendo a devo��o a Nossa Senhora do Carmo, uma devo��o muito antiga, talvez uma das primeiras devo��es marianas do mundo.
“Portugal tem muita devo��o com a santa e a espalhou em toda Minas Gerais, especialmente com o ciclo do ouro, ent�o eles ficaram na regi�o, muito provavelmente por causa da Serra da Tormenta, que pensaram ser uma fonte de extra��o de min�rios, e aqui fizeram morada erguendo uma primeira capela, que � o que n�s temos de registro, dedicada a Nossa Senhora do Carmelo, que � Nossa Senhora do Carmo.
Na Arquidiocese de S�o Paulo tem o registro da popula��o pedindo que fosse criada uma par�quia, isso pelos idos de 1880, porque a popula��o da �poca n�o conseguiria manter o padre em Carmo do Rio Claro".