“O promotor Andr� de Pinho � mentiroso. Os laudos e eu dizem que ele est� mentindo. Na minha opini�o, ele matou a minha filha dentro do quarto em que dormiam”, afirmou.
A declara��o do pai foi dada durante participa��o no podcast 'Pod ou n�o pode?', nesta quarta-feira (10/08). Ele acredita que o promotor foi o respons�vel pela morte de Lorenza.

O julgamento de Andr� de Pinho come�ou na segunda-feira (8/8), mas foi suspenso ontem a pedido do desembargador Wanderley Paiva, que comanda o julgamento no audit�rio do Tribunal Pleno, no Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
Av� e neto de lados opostos
No primeiro dia de julgamento foram ouvidas sete pessoas, entre testemunhas e informantes. Marco Aur�lio Silva, foi o primeiro a ser ouvido, como informante. Em conversa com a reportagem, ele revelou estar confiante na condena��o.
“Estou aguardando que a justi�a seja feita e ele cumpra a pena m�xima na cadeia, que � o local onde todo ‘feminicida’ merece estar”, desabafou.
J� no segundo dia, foram ouvidas seis testemunhas de defesa. Entre elas, os dois filhos mais velhos do casal: Andr� Pinho, de 18 anos, e Mariana Pinho, de 17.
Em seu depoimento, o jovem rejeitou a tese da acusa��o de que a m�e foi v�tima de feminic�dio. Ele sustentou os argumentos da defesa do pai, de que a v�tima n�o foi assassinada, pois teria morrido em decorr�ncia de pneumonite (inflama��o nos pulm�es) provocada por v�mito, al�m de autointoxica��o por exposi��o intencional a drogas.
O filho alegou ainda que a rela��o da m�e com os demais membros da fam�lia era conturbada.
“Eu amava a minha m�e, s� que ela tinha problemas psicol�gicos e isso se refletia muito na nossa rela��o com ela. Ao contr�rio do que meu av� fala, na rela��o de casal era minha m�e que mandava no meu pai. Ela falava, e ele obedecia”, afirmou.
Autoriza��o para visitar o pai
Ao fim da audi�ncia, o desembargador Wanderley Paiva autorizou que os filhos do r�u o visitem. Ele est� preso em uma unidade do Corpo de Bombeiros, na capital mineira.
Por ter foro privilegiado, Andr� Lu�s Garcia de Pinho est� sendo julgado por um colegiado de desembargadores que comp�em um �rg�o especial do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
Pedido de per�cia
Segundo o TJMG, ao todo foram ouvidas 13 pessoas em dois dias. Na ter�a-feira (9/8), a audi�ncia foi suspensa e s� ser� retomada ap�s apresenta��o, pela per�cia, de novas informa��es solicitadas para esclarecimentos dos fatos.
“As perguntas, a serem respondidas por escrito por peritos que elaboraram o laudo de necropsia da v�tima, v�o ajudar a esclarecer detalhes e quest�es suplementares. As informa��es ser�o analisadas pelos defensores do r�u, pela acusa��o e pelo relator do processo, desembargador Wanderley Paiva. Se houver necessidade, outras pessoas ainda dever�o ser ouvidas”, explicou o TJMG.
O crime
Lorenza Maria foi morta no dia 2 de abril de 2021, no apartamento onde morava com o ent�o promotor Andr� Lu�s Garcia de Pinho no bairro Buritis, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. O casal teve cinco filhos.
Andr� Lu�s foi denunciado por feminic�dio qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da v�tima. O laudo do IML aponta que Lorenza foi envenenada. O corpo dela apresentava ainda les�es provocadas por estrangulamento.
(Com informa��es de Bruno Luis Barros)