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Estado de Minas FEMINIC�DIO

Caso Lorenza: filho da v�tima com r�u defende pai: 'Minha m�e mandava nele'

Filho de 18 anos do casal dep�s nesta ter�a-feira (9/8) e rejeitou a tese da acusa��o de que a m�e foi v�tima de feminic�dio


09/08/2022 23:50 - atualizado 10/08/2022 12:42

filho da vítima
Um ano e quatro meses ap�s a morte de Lorenza Maria de Pinho, o segundo dia de audi�ncia de instru��o e julgamento do ex-promotor do Minist�rio P�blico aconteceu nesta ter�a-feira (9/8) (foto: Reprodu��o)
Com mais de dez horas de dura��o, o segundo dia de audi�ncia de instru��o do caso Lorenza Maria de Pinho foi suspenso na noite desta ter�a-feira (9/8). A sess�o foi encerrada com um pedido do relator. Ele solicitou que os peritos envolvidos na apura��o do crime apresentassem esclarecimentos por escrito sobre os laudos. 
 
Ao menos 6 pessoas foram ouvidas hoje, entre elas:
  • Andr� Pinho, de 18 anos, filho mais velho de Lorenza com o promotor Andr� Lu�s Garcia de Pinho, principal suspeito da morte da v�tima
  • Mariana Pinho, 17, filha menor do casal
  • um pastor, que foi colega de faculdade da v�tima, em 2013, e se tornou amigo da fam�lia
  • um m�dico, que conduziu alguns tratamentos feitos por Lorenza
  • uma delegada da Pol�cia Civil
  • uma investigadora da Pol�cia Civil

Em seu depoimento, o jovem Andr� rejeitou a tese da acusa��o de que a m�e foi v�tima de feminic�dio. Ele sustentou os argumentos da defesa do pai, de que a v�tima n�o foi assassinada, pois teria morrido em decorr�ncia de pneumonite (inflama��o nos pulm�es) provocada por v�mito, al�m de autointoxica��o por exposi��o intencional a drogas.

Ao falar com a imprensa, Andr� alegou que "� preciso expor o outro lado”.  “Como falei na audi�ncia, o que os m�dicos falaram para mim � que ela teve algum problema de aspira��o de v�mito, engasgou e acabou morrendo”, disse o rapaz, destacando que a rela��o da m�e com os demais membros da fam�lia era conturbada. 
 
“Eu amava a minha m�e, s� que ela tinha problemas psicol�gicos e isso refletia muito na nossa rela��o com ela. Ao contr�rio do que meu av� fala, na rela��o de casal era minha m�e que mandava no meu pai. Ela falava, e ele obedecia”, afirmou. 

Segundo o jovem, ele e a irm�, de 17 anos, est�o morando sozinhos. J� os demais irm�os, de 3, 8 e 13 anos, residem com a ex-esposa do advogado que assumiu a guarda deles.

“Estou aguardando que a justi�a seja feita”, diz pai de Lorenza

O tom do pai de Lorenza, Marco Aur�lio Alves Silva, � de revolta. Ele foi o primeiro a ser ouvido nessa segunda-feira, como informante, em audi�ncia conduzida pelo relator do processo, o desembargador Wanderley Paiva. Silva conversou rapidamente com a reportagem por telefone. Ao contr�rio do neto, ele est� confiante na condena��o. 

“Estou aguardando que a justi�a seja feita, e ele (o r�u) cumpra a pena m�xima na cadeia, que � o local onde todo ‘feminicida’ merece estar”, desabafou Silva. “Imagina como estaria um pai que viu a filha ser assassinada h� 16 meses? Dif�cil ver esse assassino perto de mim e n�o poder fazer nada”, complementou.

Autoriza��o para visitar o pai

Ao fim da audi�ncia, o desembargador Wanderley Paiva autorizou que os filhos do r�u o visitem. Ele est� preso em uma unidade do Corpo de Bombeiros, na capital mineira. 
 
Por ter foro privilegiado, Andr� Lu�s Garcia de Pinho est� sendo julgado por um colegiado de desembargadores que comp�em um �rg�o especial do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
 
Em junho do ano passado, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), negou pedido de liminar em habeas corpus para Andr� sob argumento de que n�o houve “ilegalidade flagrante no decreto de pris�o preventiva que justifique o deferimento” do pedido impetrado pela defesa. Logo, ap�s um m�s em pris�o tempor�ria, o promotor teve a pris�o preventiva decretada em 3 de maio.

Pedido de per�cia 

Conforme o TJMG, ao todo foram ouvidas 13 pessoas em dois dias. Nesta ter�a-feira, a audi�ncia foi suspensa e s� ser� retomada ap�s apresenta��o, pela per�cia, de novas informa��es solicitadas para esclarecimentos dos fatos. 

“As perguntas, a serem respondidas por escrito por peritos que elaboraram o laudo de necropsia da v�tima, v�o ajudar a esclarecer detalhes e quest�es suplementares. As informa��es ser�o analisadas pelos defensores do r�u, pela acusa��o e pelo relator do processo, desembargador Wanderley Paiva. Se houver necessidade, outras pessoas ainda dever�o ser ouvidas”, explicou o TJMG. 

O crime

Lorenza Maria foi morta no dia 2 de abril de 2021, no apartamento onde morava com o ent�o promotor Andr� Lu�s Garcia de Pinho no bairro Buritis, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. O casal teve cinco filhos.

Andr� Lu�s foi denunciado por feminic�dio qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da v�tima. O laudo do IML aponta que Lorenza foi envenenada. O corpo dela apresentava ainda les�es provocadas por estrangulamento.
 








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