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Estado de Minas INVESTIGA��O

Caso B�rbara: pol�cia confirma que suspeito matou a menina

Material gen�tico encontrado no corpo da menina � compat�vel com o DNA do homem encontrado enforcado; resultado do exame ficou pronto ontem � noite


10/08/2022 18:21 - atualizado 10/08/2022 21:00

Entrevista coletiva da Polícia Civil
Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, Pol�cia Civil confirmou o autor da morte da menina B�rbara Vit�ria (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)
A Pol�cia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira (10/8), que Paulo S�rgio de Oliveira, o principal suspeito, � o respons�vel pela morte da menina B�rbara Vit�ria. O delegado � frente da investiga��o, F�bio Moraes Werneck, afirmou que o exame de DNA mostrou que o material gen�tico colhido no corpo da v�tima coincide com o perfil gen�tico do suspeito. 

 

 

“O exame de DNA foi conclu�do ontem � noite. N�s solicitamos com base em materiais colhidos no corpo da v�tima. Parte deste material coincidiu com o perfil gen�tico do Paulo, que havia fornecido (o material) na segunda-feira, logo ap�s o crime.”

 

O delegado disse ainda que a menina foi estuprada e morreu por asfixia, no dia do desaparecimento. “Ela tinha uma corda amarrada no pesco�o e outra presa ao corpo. Supomos que era para mant�-la na posi��o fetal, para facilitar o transporte at� o local em que ela foi encontrada. Ela desapareceu domingo �s 17h40 e seu corpo foi colocado por volta das 21h30 no local.”

 

Segundo ele, n�o � poss�vel saber ainda se a morte da crian�a aconteceu na casa do acusado e se a viol�ncia tamb�m foi praticada no local. 

 

Investiga��es continuam

De acordo com Werneck, tudo leva a crer que o suspeito agiu sozinho. “Apesar de n�o ter assumido a autoria, em confronta��o com outros elementos demonstram que ele mentiu (ao negar que tivesse cometido o crime).”

 

As investiga��es ainda est�o em andamento, com dilig�ncias a serem cumpridas e alguns elementos ainda n�o podem ser divulgados. “N�o h� d�vidas a respeito da autoria, materialidade e de parte das circunst�ncias j� esclarecidas at� este momento”, afirmou o chefe da Pol�cia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva. 

 

Menina Bárbara Vitória
O material gen�tico encontrado no corpo da menina � compat�vel com o DNA do suspeito (foto: Reprodu��o/redes sociais )

O delegado F�bio Werneck disse ainda que os pais de B�rbara foram ouvidos formalmente ontem. Antes eles j� tinham sido entrevistados. Destacou que os policiais estiveram na casa do suspeito mais de uma vez e a per�cia foi feita no local. “Essas investiga��es ainda est�o em andamento. Trabalhamos com a hip�tese do corpo ter sido transportado pelo carrinho de m�o.” H� imagens do acusado levando um carrinho coberto por um pano. 

 

O homem n�o havia sido indiciado ou investigado por crimes de natureza sexual. “O que n�o quer dizer que ele nunca cometeu crimes deste tipo.” 

 

Ouvido e liberado

O delegado explicou tamb�m porque Paulo S�rgio foi ouvido e liberado. Segundo ele, a lei n�o permitia que o homem fosse mantido preso naquele momento. “O corpo n�o havia sido encontrado, n�o sab�amos do crime ou qual crime tinha sido praticado. Ele foi capturado pela PM um dia depois. Poder�amos prend�-lo por mandado de pris�o ou flagrante delito, mas n�o se encaixou em nenhuma dessas circunst�ncias.”

 

Segundo Werneck, naquele momento a pol�cia ainda n�o tinha acesso �s imagens completas das c�meras de seguran�a. 

 

“N�o havia situa��o de flagrante e n�o cabia pris�o preventiva, porque naquele momento n�o havia provas de que ele havia sequestrado, matado ou praticado algum crime contra a B�rbara. Al�m disso, na delegacia ele concordou em prestar declara��es e, ele nem era obrigado a isso, em fornecer o material gen�tico. Ainda que tenha negado (a autoria), n�o estava prejudicando as investiga��es.” 

 

Em rela��o aos elementos encontrados na casa do suspeito, o delegado afirmou que o saco de p�o n�o seria o mesmo comprado pela menina, que tamb�m teria comprado um suco de saquinho n�o encontrado. Ele negou que documentos da m�e de B�rbara tenham sido encontrados na casa do suspeito. 

 

Al�m disso, ele afirmou que o suspeito e a menina se encontraram por acaso na rua. Assim, o crime n�o teria sido planejado. “O que n�s ainda n�o sabemos � se esse convencimento pode ter acontecido em um momento anterior. Porque eles se encontram muito r�pido, quest�o de segundos. Acredito que pode ter havido outro encontro, ainda que distante dos pais, dos vizinhos, em que ele a convenceu.”  

 

Destacou ainda que o depoimento dos pais da crian�a contribuiu muito para estabelecer a rotina di�ria de B�rbara. Os pais disseram que Paulo prestou servi�os el�tricos na casa da fam�lia na sexta-feira anterior ao desaparecimento, mas que ele e a menina n�o chegaram a conversar e nem ficaram sozinhos em nenhum momento. Por�m, h� cinco anos a fam�lia morava perto da casa dele e que l� o suspeito tamb�m prestava servi�os para os pais da crian�a.

 

Jurado de morte

Em rela��o ao suspeito, o delegado disse que ele era usu�rio de �lcool e n�o de drogas. Apesar de n�o presidir a investiga��o da morte de Paulo, o delegado acredita que ele tenha cometido suic�dio. 

 

Familiares disseram que ele precisou ir para a casa da tia diante das amea�as que estava sofrendo de moradores do bairro. “Ele estava jurado de morte na regi�o do crime e n�o podia retornar para casa. Os familiares n�o se sentiram em condi��es de receb�-lo.” Al�m disso, segundo o delegado, o homem tinha pouco contato com a maioria dos familiares. 

 

Relembre o caso  

A menina B�rbara Vit�ria desapareceu no domingo (31/7) ap�s sair para comprar p�o perto de casa, no Bairro Landi, na Regi�o de Justin�polis, em Ribeir�o das Neves, na Grande BH. Desde ent�o, os pais tentavam encontrar a crian�a com mensagens espalhadas pelas redes sociais. 

Na manh� de ter�a-feira (2/8), o corpo da menina foi encontrado em um campo de futebol no Bairro Pedra Branca, em Ribeir�o das Neves, na Grande BH. Ela estava com uma camisa do Atl�tico, a mesma que B�rbara usava quando desapareceu, mas sem as roupas de baixo e com sinais de viol�ncia e enforcamento. 

Ainda na segunda-feira (1°/8), a m�e de B�rbara foi levada pelos policiais at� a casa do principal suspeito do crime e identificou um saco de p�o que teria sido comprado pela menina antes de desaparecer. 
 
O homem tamb�m foi confrontado com imagens de c�meras de seguran�a em que ele apareceria fazendo um sinal para a menina, que corre em seguida. Ele foi ouvido na delegacia e liberado. 

O corpo da menina foi enterrado na quarta-feira (3/8), sob forte como��o e pedidos de justi�a pela morte da crian�a. 

No mesmo dia, o suspeito do crime foi encontrado morto, na casa de uma tia no bairro Cachoeirinha, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. Ele teria se enforcado enquanto a tia saiu por um momento de casa. 




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