
Outras duas mortes que aconteceram em S�o Paulo v�o ser investigadas pela pol�cia do estado paulista. H� a suspeita de que petiscos com subst�ncias t�xicas causaram os �bitos.
“As tutoras procuraram a delegacia, mas foram orientadas a procurar a delegacia em S�o Paulo. Acabou de chegar a informa��o de que mais um cachorro morreu em Piumhi. A tutora comprou um petisco em uma loja de Belo Horizonte. O cachorro come�ou a passar mal, foi internado em BH. N�o conseguiu fazer transfus�o de sangue na capital, retornou para a cidade do interior de Minas e l� faleceu", disse a delegada Dan�bia Quadros, respons�vel pelo inqu�rito policial, da Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor.
A delegacia j� estava investigando a morte de tr�s cachorros e a interna��o de outros tr�s de uma mesma tutora de BH.
“Hoje recebemos mais tr�s relatos, e um deles � de um novo petisco, mas os tr�s petiscos que foram encaminhados para serem periciados s�o do mesmo fabricante”, declarou a delegada. Segundo ela, os produtos s�o de lotes diferentes.
Produtos encaminhados para per�cia
Todos os petiscos levados at� a delegacia foram encaminhados para a per�cia t�cnico-cient�fico da Pol�cia Civil. “Aguardamos os laudos em rela��o aos petiscos. Em rela��o aos animais que foram encaminhados, pelas tutoras, para a Universidade Federal de Minas Gerais, temos um laudo preliminar sugerindo uma intoxica��o desses bichinhos. Aguardamos os laudos dos cachorros”, informou.
O laudo de necr�psia feito pelo Hospital Veterin�rio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que o estado cl�nico que levou � morte dos animais � “altamente sugestivo” de intoxica��o por etilenoglicol, subst�ncia proibida em alimentos.
A delegada destacou que os animais afetados at� o momento s�o cachorros de pequeno porte, das ra�as spitz alem�o e yorkshire.
O �rg�o respons�vel no Minist�rio da Agricultura j� foi notificado e est� fazendo a investiga��o. “Ele � o respons�vel pela retirada dos produtos do mercado nacional. L� eles est�o analisando a possibilidade da retirada dos produtos que est�o � venda”, relatou.
Ainda de acordo com a delegada, a loja respons�vel pela venda dos petiscos j� retirou os produtos das prateleiras. “Mas os produtos s�o vendidos em outros sites, em rede nacional. Por isso, � importante a atua��o do Minist�rio da Agricultura para an�lise e retirada desses produtos do mercado nacional", disse.
A delegada informou ainda que tanto a loja quanto a fabricante dos petiscos est�o prestando as informa��es necess�rias para a investiga��o do caso: “Precisamos analisar os laudos para concluir se as mortes, interna��es e intoxica��es vieram do consumo desses petiscos".
A orienta��o para os tutores de animais � de cautela neste momento. “Os tutores com cachorros passando mal, apresentando convuls�es, diarreia ou v�mito devem procurar atendimento e a delegacia. N�o adianta divulgar em grupos, redes sociais, pois n�o conseguimos aferir se a intoxica��o, interna��o ou a morte se deram em virtude da ingest�o deste produto. � importante procurar a delegacia mais pr�xima para tomada de provid�ncia criminal", afirmou.
N�o h� previs�o para resultado dos laudos. Se comprovada a liga��o entre as mortes e os petiscos, os respons�veis podem responder pela venda de mercadoria impr�pria para o consumo, com pena de dois a cinco anos e multa.
