
Marilyam informou que Priscila Marcomini Dias, filha do atual prefeito da cidade, n�o s� tinha conhecimento, mas consentia e assinava os agendamentos pagos. A vereadora tamb�m � funcion�ria da Secretaria de Sa�de.
No entanto, segundo a Prefeitura de Itamogi, o documento apresentado pela acusada demonstra que a autoriza��o feita pelo �rg�o municipal de Sa�de era para pagamento pela prefeitura, “conforme credenciamento, jamais pelo paciente.”
A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que as apura��es est�o em andamento e prestar� mais informa��es ap�s a conclus�o do procedimento investigativo.
Prefeitura se posiciona
Segundo o procurador-geral de Itamogi, Vin�cius Vieira, a den�ncia foi feita pela secret�ria de sa�de para investiga��o do caso. “Diante disso, o prefeito instaurou uma comiss�o para apurar os fatos e, no momento, est� em processo administrativo disciplinar. Estamos recolhendo algumas dilig�ncias, a fim de partir para o interrogat�rio da funcion�ria Marilyam”, afirmou.
Al�m disso, Vieira afirma que a investigada est� afastada preventivamente. “Todas as v�timas ouvidas confirmaram que a vereadora cobrava para dar agilidade ao atendimento. Na circunst�ncia, ela pedia que os pacientes fossem sigilosos e avisava que o dinheiro era encaminhado ao m�dico ou motorista da cidade”, disse.
Em rela��o ao envolvimento da secret�ria de sa�de do munic�pio, a prefeitura informou que, pela aus�ncia de ind�cios de qualquer participa��o do �rg�o p�blico, “inexistindo den�ncia expressa acompanhada de provas m�nimas de consentimento”, n�o houve motivo para afastar Priscila.
O agendamento era para exames particulares
Ao Estado de Minas, Marilyan disse que est� colaborando com as investiga��es e que n�o passava os exames na frente. “Se fosse, a secret�ria de sa�de tamb�m estaria afastada, pois todos os exames feitos eram autorizados e assinados por ela no ato do agendamento. Estes exames pagos eram particulares, caso a pessoa, por algum motivo, precisasse solicitar urgentemente e, por isso, n�o entrava na fila”, disse.
Ainda de acordo com a vereadora, todos sabiam do descontos que as cl�nicas forneciam. “Esses valores eram passados para quem quisesse fazer exames e consultas particulares em um curto prazo de tempo. Por isso, nos procuravam para o agendamento, algo que ocorreu sempre na Secret�ria de Sa�de”, contou.
“Na solicita��o constava que o valor deveria ser debitado da nota fiscal da prefeitura. E o que eu sempre soube � que o paciente pagava R$ 500 e a prefeitura arcava com R$ 390. A Secret�ria de Sa�de tinha conhecimento disso. Sou uma pessoa �ntegra, trabalhei na Secretaria de Sa�de por 14 anos e lamento se supostamente fui bra�o para esse ato de corrup��o”, afirmou.
Marilyan tamb�m explica que, durante muitos anos, antes da cria��o do Centro de Especialidades M�dicas, essa pr�tica era comum. “O m�dico ortopedista realizava consultas particulares em reparti��es p�blicas do munic�pio. Ap�s os atendimentos da prefeitura, ele cobrava um valor e atendia os pacientes que n�o conseguiam vaga ou precisavam fazer a consulta no mesmo dia. Isso aconteceu at� o final de 2019”, afirmou.
Entenda o caso
Marilyan tamb�m era respons�vel por agendar consultas de exames. A Secretaria de Sa�de de Itamogi passou a desconfiar das cobran�as, depois de um paciente ligar na prefeitura solicitando a nota fiscal do pagamento do exame, para declarar no imposto de renda. No dia 1º de agosto, foi instaurado uma sindic�ncia.
A vereadora � acusada de cobrar por exames que a Prefeitura Municipal de Itamogi j� teria feito o pagamento integral. Foram ouvidas cerca de 30 v�timas, que afirmaram ter entregado o dinheiro diretamente � Marilyan. A m�dia � de R$ 500.
Al�m disso, conforme a prefeitura, ela chegou a buscar o dinheiro na resid�ncia de alguns pacientes. O caso � considerado corrup��o ativa e a Pol�cia Civil apura mais informa��es.