
No protesto, estavam presentes alunos de enfermagem, enfermeiros, t�cnicos e auxiliares de enfermagem, al�m de professores da �rea.
'Suspens�o do piso foi o limite'
De acordo com Jos� Maria Pereira, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Servi�os de Sa�de (Sindeess, do setor privado), a enfermagem 'acordou'.
"Tinha auxiliar, enfermeiros, t�cnicos gritando pelos direitos. Alguns hospitais tiveram que fazer sorteio, todo mundo queria sair para protestar. Mantemos a nossa responsabilidade de n�o deixar paciente sozinho".
Para ele, a suspens�o do piso salarial foi a gota d'�gua. "N�s esperamos que a Justi�a repense a decis�o e busque logo uma fonte de recurso para pagar os trabalhadores. � lei e um direito nosso", disse.
Al�m disso, ele argumenta que n�o faltam recursos para a sa�de, e que o setor n�o foi feito para dar lucro, 'apesar de ser lucrativo demais'.
"Os hospitais particulares ganham milh�es. Aqueles hospitais que s�o filantr�picos t�m apoio dos tr�s poderes do Estado, ent�o, o governo tem que buscar uma forma de trazer verba para a sa�de. A gente sabe que dinheiro tem, sim".
Servi�o prestado do nascimento at� a morte
Jaqueline Almeida, professora da escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), disse que o envolvimento da categoria foi muito bom. Praticamente todos os hospitais enviaram funcion�rios. E al�m deles, estavam v�rios alunos e professores.
A professora explica que o piso � fundamental para assegurar condi��es dignas de vida a esses trabalhadores, que n�o pararam durante a pandemia.
"A enfermagem trabalha muito, sendo um trabalho complexo, o qual requer muito conhecimento, e que envolve vidas humanas, sendo bastante estressante. Os profissionais da enfermagem merecem essa valoriza��o com remunera��o adequada ao nobre e essencial trabalho prestado de cuidar de gente desde o nascimento at� a morte."
Ainda de acordo com ela, a enfermagem vai parar quantas vezes for preciso at� conseguir o piso.
Por fim, ela argumenta que a participa��o de professores e alunos nesse ato foi essencial.
“N�s, professores, n�o poder�amos deixar de participar dessa luta junto com nossos alunos, futuros enfermeiros. Sendo uma atividade important�ssima de forma��o para a atua��o pol�tica deles, que em breve estar�o nos servi�os de sa�de e precisam encontrar boas condi��es de trabalho para atuar com a qualidade e efici�ncia que todo paciente merece”.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira