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Estado de Minas PARQUES EM BH

�reas verdes em Venda Nova ajudam popula��o a respirar

Marcadas por vegeta��o nativa e riqueza de nascentes, unidades de preserva��o nos bairros Rio Branco e Europa ajudam a populosa regi�o a respirar


26/09/2022 04:00 - atualizado 26/09/2022 06:16

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Parque Alexander Brandt se transformou em �rea de lazer da comunidade, em especial para alunos da vizinha Escola Municipal Professor Tabajara Pedroso (foto: Fotos: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

“Uma velha trezentona com ares de juventude.” Assim a regi�o de Belo Horizonte mais antiga que a pr�pria cidade � retratada no poema “O que � Venda Nova”, da professora Agripina Marta da Cunha. A regi�o completou 311 anos em 13 de junho, e � tamb�m uma das mais populosas da capital mineira, com 262.183 habitantes, conforme dados estat�sticos da prefeitura. Para auxiliar no equil�brio do clima e ajudar toda essa gente a respirar, h� quatro unidades de conserva��o municipais abertas ao p�blico, entre eles o Parque Alexander Brandt, implantado em 1996, e o Parque Jos� Lopes dos Reis, aberto em 2008.
 
Fruto do Programa Parque Preservado, o Alexander Brandt, no Bairro Rio Branco, conta com �rea aproximada de 12.500 metros quadrados, com importante valor ambiental por apresentar 80% do espa�o com cobertura vegetal nativa. Em meio a trilhas de terra, com �rvores de grande porte misturadas a cip�s e vegeta��o rasteira, podem ser observados exemplares de esp�cies como jacarand�-da-bahia, vinh�tico, pau-d’�leo e a�oita-cavalo, al�m de cact�ceas, brom�lias e samambaias. Por entre essas folhagens se abrigam aves, como bem-te-vis, sanha�os, almas-de-gato, sabi�s, pica-paus e sa�ras, assim como pequenos mam�feros, entre eles gamb�s e micos-estrela.
 
Vizinha privilegiada, por ter um quintal formado por um parque nativo, a modelista Alessandra Alves Ribeiro, de 42 anos, lembra que, se a �rea hoje � bonita, j� foi bem mais ampla. “Era parte de uma fazenda, passamos a inf�ncia inteira brincando nessa �rea. Tinha uns balan�os que nossos pais faziam. Depois de um tempo foi transformado em parque. Foi reformado e agora est� esta beleza aqui”, descreve, com emo��o, apontado o espa�o verde.
 
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Vegeta��o exuberante, 80% dela formada por mata nativa, � explorada pelos estudantes e serve de sala de aula ao ar livre
 
 
Entre os prazeres que a �rea de conserva��o proporciona, Alessandra alimenta um tucano que frequenta diariamente sua �rea de cozinha, al�m de micos e periquitos. “Nossas crian�as t�m hoje pouco contato com animais. Mas aqui, todas as tardes v�rios casais de tucanos se abrigam na �rvore bem em frente.”
 
A maior queixa da moradora � quanto � restri��o de acesso nos fins de semana, quando o parque est� fechado. “Domingo n�o abre, at� por quest�o de seguran�a. Acho compreens�vel, por n�o ter vigilante e pelo risco de vandalismo”, diz ela, que sugere a ado��o de vigil�ncia tamb�m no fim de semana. “No domingo � quando a gente tem tempo de ficar em casa, e o parque na porta de casa est� fechado. Outra coisa � acessibilidade. Poderia haver um programa de transporte aos parques da cidade”, considera.
 
Fora isso, a frequentadora � s� elogios � unidade. “O lugar est� muito bem cuidado, l� n�o tem asfalto, s� terra pura mesmo e muita �rvore, o que eu adoro. Tem as trilhas, muitas plantas, amo isso, diferente de outros parques muito modernos, com asfalto ou cal�amento. Minha menina de 5 anos estuda na escola ao lado e ama. Ela chega em casa exausta, toda suja de terra e muito feliz com a oportunidade de brincar junto � natureza”, conta.
 
O monitor recreativo Edson Pereira do Nascimento, de 33 anos, morador no vizinho Bairro Santa M�nica, conhece a �rea h� mais de 20 anos. Ele d� aulas na Escola Municipal Professor Tabajara Pedroso, de educa��o infantil, que divide limites com a �rea verde e acaba fazendo dela parte da �rea de lazer. “Trago os meninos no hor�rio de recrea��o. Usamos muito o espa�o”, conta ele, dizendo que o espa�o, que j� teve apenas um escorregador de madeira, passou por reforma e hoje tem v�rios brinquedos.
 
“A meninada adora, agora estou com alunos do 1º ano, mas temos at� o 5º ano da educa��o infantil. Eles se divertem com brinquedos, a mata... Professores da escola de outros conte�dos de saberes tamb�m d�o aulas na mata”, acrescenta Edson. “Ci�ncias, por exemplo: aqui tem animais, macaquinhos, gamb�s, esquilos, gatos, e a crian�ada gosta muito.”
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Nascentes que abastecem a Bacia do C�rrego Vilarinho s�o protegidas na �rea do Parque Jos� Lopes dos Reis, mais conhecido como Baleares

Reserva plantada em �rea de risco

O Programa de Recupera��o Ambiental de Belo Horizonte, batizado de Drenurbs/Nascentes, fez brotar na capital uma �rea de 14 mil metros quadrados destinada � preserva��o de nascentes e margens do C�rrego Baleares. O Parque Jos� Lopes dos Reis, mais conhecido pelo nome do curso d'�gua que ajuda a proteger, ganhou na �poca 6 mil �rvores ao longo da Avenida Baleares. Al�m da canaliza��o de parte do leito, drenagem e conten��o de encostas, uma rede pluvial foi constru�da para captar a �gua da chuva e interceptar o esgoto das casas, evitando contamina��o.
 
O parque est� inserido na macrobacia do Isidoro e na Bacia do Vilarinho. Com �rea de mais de 15 mil metros quadrados, oferece brinquedos e equipamentos de gin�stica apesar e pistas de caminhada, que s�o pouco utilizados. O espa�o acaba sendo mais usado para travessia e acesso � avenida Vilarinho, al�m de acesso a v�rios bairros que cercam a unidade, para os quais h� v�rios port�es.
O gerente de Parques de Venda Nova e regi�o Norte, F�bio Silveira da Cruz, de 41 anos, conta que o espa�o foi aberto ao p�blico em 2008, ap�s investimento financiados pelo Banco Mundial no programa Denurbs. Antes o local era ocupado por casebres constru�dos ao longo do c�rrego que corta toda a unidade de conserva��o.
 
Em terreno bem acidentado, � um parque ciliar, que abriga as nascentes de toda a regi�o de Venda Nova, segundo o gerente F�bio Cruz, captando ainda �guas pluviais dos bairros Cen�culo, Europa e parte do Serra Verde, que des�guam no Vilarinho. “As nascentes se encontram no topo da montanha e v�m descendo, passando por v�rios anexos que comp�em o parque”, explica.
 
Os tempos em que era �rea ocupada moradias prec�rias � lembrado pelo porteiro Leandro Coimbra Duarte, de 39, morador no Jardim Europa, onde nasceu. “Antes n�o era parque, tinha umas casinhas que foram desapropriadas pela prefeitura, e depois o terreno foi recuperado. Acho muito legal, venho �s vezes com meu filho, Riquelme, de 12 anos, que estuda na regi�o.”
 
Frequentador ass�duo, Auremar Luciano Siqueiro Frias, de 28, artista, que nasceu no bairro, recorda quando o lugar ainda era �rea de risco para os vizinhos. “Aqui � uma �rea boa, mas pouco frequentada. Viajo muito, mas sempre que estou por perto venho curtir a tranquilidade no parque. � minha rota para chegar � Avenida Vilarinho, sem barulho, sem gente”, relata.
 
A pouca frequ�ncia tamb�m � observada pelo jardineiro de parques Leandro Bueno dos Santos, de 26 anos. “N�o conhecia o parque, � meu primeiro trabalho aqui. � bem tranquilo, um parque pequeno, mas tem coisas o dia inteiro para fazer nos jardins. � uma �rea boa, com nascentes, minas d'�gua, por isso o plantio pega f�cil. S� n�o vejo muitas pessoas passando por aqui. Talvez falte um pouco mais de divulga��o e informa��o aos moradores”, considera.
 


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