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Estado de Minas SOBREVIV�NCIA DA EXTIN��O

Andorinha amea�ada de extin��o � reencontrada no Rio Paraopeba

A andorinha-de-coleira Pygochelidon melanoleuca, atualmente criticamente amea�ada de extin��o, foi reencontrada nas margens do Rio Paraopeba ap�s expedi��o


03/10/2022 14:30 - atualizado 03/10/2022 17:29

Andorinhas-de-coleira namoram sobre as pedras do Rio Paraopeba. Espécie ameaçada de extinção pássaros aves Pygochelidon melanoleuca
Andorinhas-de-coleira namoram sobre as pedras do Rio Paraopeba. Esp�cie amea�ada de extin��o (foto: Gabriele Andreia da Silva)

O namoro das aves e os ninhos com ovos entre as pedras � beira do Rio Paraopeba trazem esperan�a de que a andorinha-de-coleira, atualmente criticamente amea�ada de extin��o, possa voltar a povoar o estado.

Uma popula��o reprodutiva da ave Pygochelidon melanoleuca foi encontrada na bacia do Rio Paraopeba durante expedi��o de diagn�stico ambiental realizado por bi�logos da mineradora Vale e especialistas acad�micos.

A ocorr�ncia da esp�cie em Minas Gerais era, at� o momento, conhecida de poucos e isolados indiv�duos observados nas bacias dos rios S�o Francisco e Parana�ba. A redescoberta dos indiv�duios se deu em um trecho de aproximadamente 60 quil�metros, entre os munic�pios de Pomp�u e Curvelo.

Andorinhas-de-coleira namoram sobre as pedras do Rio Paraopeba. Espécie ameaçada de extinção pássaros aves Pygochelidon melanoleuca ninho com filhotes
Ninhos com filhotes s�o boa not�cia, mostrando que a ave tem se reproduzido (foto: Gabriele Andreia da Silva)


A presen�a da esp�cie entre Pomp�u e Curvelo apresenta dados in�ditos e relevantes sobre o tamanho populacional e a biologia reprodutiva desses animais. Al�m disso, o diagn�stico tem produzido o mais completo conjunto de dados a respeito da biologia reprodutiva da esp�cie em todo o mundo.

O diagn�stico ainda descartou a exist�ncia de eventuais impactos do rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019, sobre a popula��o desses animais.

“N�o havia estudos que demonstrassem a exist�ncia de uma popula��o reprodutiva da andorinha-de-coleira no rio Paraopeba e � por isso que os dados obtidos neste monitoramento representam um enorme avan�o no conhecimento sobre as popula��es desta esp�cie”, destaca o bi�logo e especialista em aves, Leonardo Lopes, professor da UFV.

Ave � monitorada em �reas pr�ximas ao Rio Paraopeba


Segundo Leonardo, o monitoramento permitiu a documenta��o, at� ent�o in�dita, da andorinha-de-coleira em plena atividade reprodutiva.

Estudos anteriores descreveram o ninho da esp�cie, mas nenhum pesquisador havia at� ent�o conseguido investigar detalhes sobre a sua reprodu��o. Isso porque a andorinha-de-coleira constr�i seus ninhos em locais de dif�cil acesso, mais especificamente no interior de fendas localizadas nos afloramentos rochosos ao longo das corredeiras de rios.

Para chegar aos p�ssaros, a expedi��o contou com a experi�ncia e o conhecimento de moradores locais, como o barqueiro Samuel Santos, um dos guias da expedi��o. “Conhe�o bem a regi�o, sou ribeirinho, nascido �s margens do rio S�o Francisco, e gosto de “passarinhar” por a�, sair em busca de p�ssaros. Sobre a expedi��o � uma alegria encontrar as andorinhas. Estar no meio dos p�ssaros faz bem para a alma, faz bem para o cora��o”.

Como os ninhos da andorinha-de-coleira s�o de dif�cil acesso, para “visitar a casa das aves” foi necess�rio o uso de uma microc�mera pr�pria para inspecionar locais com baixa luminosidade. O material que as aves utilizam para a constru��o do ninho, incluindo penas, folhas secas e fibras vegetais, � geralmente coletado nas margens, no pr�prio pedral ou nas pequenas ilhas de vegeta��o encontradas no leito do rio.

Andorinhas-de-coleira namoram sobre as pedras do Rio Paraopeba. Espécie ameaçada de extinção pássaros aves Pygochelidon melanoleuca pássaros na beira do rio
O reencontro com a andorinha traz esperan�a de que escape da extin��o (foto: Gabriele Andreia da Silva)


O monitoramento da biodiversidade em �reas impactadas e n�o impactadas pelo rompimento da barragem em Brumadinho, tamb�m chamado de Programa de Diagn�stico de Danos Ambientais sobre o Meio Bi�tico, � parte do Acordo de Repara��o Integral assinado em 2021 pela Vale, pelo Governo do Estado de Minas Gerais, pelos Minist�rios P�blicos Federal e do Estado de Minas Gerais e pela Defensoria P�blica de Minas Gerais.

S�o monitoradas �reas de biodiversidade aqu�tica e terrestre em 35 pontos do Rio Paraopeba entre Jeceaba e Tr�s Marias, passando por Brumadinho, na conflu�ncia com o ribeir�o Ferro-Carv�o, local mais afetado pelo rompimento da barragem. Todas as atividades de monitoramento s�o acompanhadas pelos �rg�os ambientais competentes.

“Quando monitoramos os locais impactados e n�o impactados � poss�vel avaliar as condi��es ambientais de maneira ampla, e como o rompimento pode ou n�o ter influenciado a ocorr�ncia, riqueza e distribui��o da fauna e flora presentes ao longo da bacia do rio Paraopeba. Encontrar uma popula��o saud�vel dessa esp�cie, em grande n�mero e em novos pontos no rio Paraopeba � um importante indicativo ambiental e indica que o rompimento n�o interferiu na qualidade de vida dessas aves”, ressalta Cristiane C�sar, analista ambiental da Vale.

“Al�m disso, as expedi��es e os monitoramentos da Vale realizados em parceria com as institui��es de ensino, ficar�o como importantes fontes de pesquisas para as pr�ximas gera��es”, complementa.


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