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Estado de Minas SA�DE

Casos de var�ola dos macacos crescem 66,8% em Minas

Foram confirmados 206 diagn�sticos da doen�a no estado entre 5 de setembro e ontem, elevando para 514 o total de registros


06/10/2022 04:00 - atualizado 06/10/2022 06:26

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Desde junho, o laborat�rio da Funed realizou 2.724 testes para detec��o da monkeypox em Minas Gerais: maior parte das confirma��es � de pacientes que residem em BH (foto: Ikki Garzon/Funed - 8/7/22)

A demanda por testes de var�ola dos macacos em Minas Gerais desacelerou no �ltimo m�s. Por outro lado, o n�mero de diagn�sticos positivos j� � 66,8% maior do que o verificado em balan�o divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) em 5 de setembro. Desde aquela aquela data, 206 novos casos confirmados da doen�a foram adicionados �s estat�sticas, de acordo com o boletim publicado ontem, que registra um total de 514 diagn�sticos positivo. Outras 314 notifica��es ainda est�o em investiga��o. Uma pessoa morreu em decorr�ncia da doen�a em Minas Gerais,em 29 de julho. O pa�s teve tr�s mortes confirmadas. Especialistas veem na vacina uma esperan�a para frear o cont�gio da doen�a e evitar mais �bitos.
 
Segundo informa��es obtidas pelo Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), desde o in�cio da testagem para diagn�stico de monkeypox, realizada pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed) no estado, foram liberados 2.724 testes. Destes, mais de 900 foram feitos em setembro. Os registros, que podem conter mais de uma amostra para cada indiv�duo, representam uma redu��o de quase 20% em rela��o ao volume de agosto, quando foram realizados 1.161 testes, contra 81 em junho e 492 em julho. Apesar da desacelera��o dos exames setembro,  um aumento da positividade explicaria a forte eleva��o de casos confirmados nos �ltimos 30 dias.
 
Do total de confirma��es no estado desde o primeiro caso, 280 foram na capital mineira, conforme dados da Secretaria Municipal de Sa�de de Belo Horizonte, divulgados na semana passada. Outros 171 casos suspeitos em BH ainda est�o em investiga��o. Pessoas entre 18 e 39 anos s�o os mais afetados pelo v�rus. Em BH, foram 226 casos confirmados nessa faixa et�ria. Destes, 99,55% s�o homens. A faixa et�ria de 40 a 59 anos tamb�m chama aten��o, com 50 registros da doen�a, em sua maioria, de homens. Do total de confirma��es no estado, apenas 0,7% s�o em mulheres.
 
Embora o �ndice de letalidade seja baixo, a doen�a oferece risco de agravamento, principalmente para pessoas imunossuprimidas, transplantados, com doen�as autoimunes, gestantes, lactantes e crian�as com menos de 8 anos, al�m de pacientes em tratamento de c�ncer. Foi o que aconteceu com um homem de 41 anos, morador de Belo Horizonte, que morreu ap�s ter um choque s�ptico, agravado pela var�ola dos macacos. Ele fazia tratamento contra c�ncer e foi a primeira v�tima da doen�a no pa�s.  Nesta semana, foi confirmada a terceira morte pela doen�a no Brasil. O homem, de 31 anos, estava internado no Rio de Janeiro havia mais de um m�s e tamb�m teve o quadro agravado por outras doen�as. O paciente foi tratado com o medicamento experimental tecovirimat, desenvolvido para o tratamento de diversos tipos de var�ola.

O n�mero de laborat�rios privados no estado que est�o realizando testagem para o v�rus da var�ola dos macacos ainda � limitado. O laborat�rio Hermes Pardini, por exemplo, n�o registrou aumento na procura por testes. Os dados apontam para uma desacelera��o da doen�a. Em agosto, a taxa de positividade na unidade chamava aten��o, com 33% de aumento em apenas duas semanas. A institui��o esclarece que o pre�o do exame permanece o mesmo (R$ 420), desde que o laborat�rio passou a disponibilizar o teste. J� o laborat�rio Lustosa informou que est� se adaptando para oferecer o exame, por isso n�o tem dados sobre demanda.

VACINA
 
Para o professor e infectologista Una� Tupinamb�s, apesar da desacelera��o da procura por testes, � necess�rio agilizar o processo de vacina��o contra a doen�a. As vacinas para a var�ola humana – j� erradicada – s�o eficazes para combater o surto da doen�a. Em agosto, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) deu aval para importa��o, em car�ter emergencial, de vacina contra a doen�a. Por�m, ainda n�o h� previs�o quanto a uma campanha de imuniza��o em massa. “Apesar de ser pouco letal, a var�ola dos macacos j� culminou em um �bito em BH. Isso merece aten��o das autoridades de sa�de", avalia Una�.
 
O m�dico considera que a imuniza��o pode ocorrer, como foi feito com a COVID-19, por grupos. “Estamos em uma situa��o cr�tica. � preciso entender quem s�o as pessoas do grupo de risco e espero que o governo tenha agilidade, inclusive nos testes PCR, que s�o essenciais para saber se a pessoa est� com a doen�a e frear o cont�gio", disse o especialista. Ele acrescenta a import�ncia de orientar a popula��o. “Pessoas que n�o sabem que est�o com a doen�a podem se deslocar normalmente e, assim, contaminar outras pessoas. � preciso refor�ar as campanhas de educa��o, conscientizar a popula��o”, argumenta.

SINTOMAS
 
Reconhecer os sintomas � um passo importante para que a pessoa busque atendimento m�dico e evite transmitir o v�rus para outras pessoas. "As pessoas precisam ter consci�ncia sobre essa situa��o. A doen�a � transmitida por contato mais pr�ximo. Ent�o o que tem se orientado neste momento � que quem tem algum sintoma e apresenta alguma les�o de pele deve procurar um centro m�dico", aponta o infectologista e professor, Una� Tupinamb�s.
 
Embora as les�es na pele sejam o sintoma mais reconhec�vel da var�ola dos macacos, elas n�o s�o a �nica forma de manifesta��o do v�rus. A pessoa pode ter febre, incha�o nos g�nglios e mal-estar antes mesmo de as feridas cut�neas aparecerem, por isso todo cuidado � pouco. "As feridas parecem com a les�o de catapora, por�m se espalham de forma diferente. Elas podem aparecer na regi�o genital e em outros locais do corpo. Inicialmente s�o bolhas que depois evoluem para uma apar�ncia de infec��o e depois ela vira uma ferida”, explica o infectologista.

C�ES
 
Em agosto, a SES confirmou o primeiro caso de var�ola dos macacos em c�es, no Brasil. O animal, do munic�pio de Juiz de Fora, na Zona da Mata, come�ou a apresentar sinais da doen�a uma semana ap�s os sintomas do seu tutor. De acordo com o �rg�o, at� aquele momento, s� havia dois registros de caso no mundo, nos Estados Unidos (EUA) e na Fran�a, onde o potencial de transmiss�o de humano a animal est� sendo estudado.
 
Em entrevista ao jornal Estado de Minas, o professor Rafael Romero Nicotino, do Departamento de Medicina Veterin�ria Preventiva na UFMG, explicou que ainda n�o h� certeza se cachorros podem ser fonte de transmiss�o da doen�a. “O c�o pode desenvolver sintomas e ficar doente, mas n�o sabemos se ele est� transmitindo para o homem. At� agora, nos casos registrados, o c�o foi diagnosticado com var�ola dos macacos ap�s ter contato pr�ximo com o tutor doente. Ainda n�o temos relatos do contr�rio”, disse.



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