
Por Maron Filho*
Felipe, uma crian�a de 11 anos, diagnosticada com autismo e S�ndrome de Down, est� desde quarta-feira (19/10) sem seu melhor amigo e companheiro de toda hora: o cachorrinho Charlie Brown.
A fam�lia de Felipe mora no bairro Santa L�cia, na regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Ao Estado de Minas, Marina Venturi, m�e do garoto, explica que o cachorrinho, da ra�a shin-tzu, fugiu por causa de um defeito no port�o de sua casa, que ficou abrindo e fechando sozinho devido �s intensas chuvas que ca�ram em BH ontem.
Charlie Brown era acostumado a fazer suas necessidades fora de casa, mas sempre acompanhado.
"Ele nunca faz dentro de casa e s� sai de guia comigo ou minha filha. Quando ele saiu pelo port�o, n�s est�vamos deitados para dormir. O Charlie Brown j� estava sem coleira, pois a orienta��o do pet shop � de que ele durma sem a coleira. Mas nesse meio tempo o port�o abriu, n�o reparamos e ele fugiu", lamenta Marina.
C�meras de seguran�a registraram o momento em que um motoboy pegou o bichinho. Momentos antes, uma vizinha, que conhecia, como todos da rua, o Charlie, flagra o animal perdido, chama-o pelo nome, e por o bichinho n�o ter atendido, pensou que n�o era ele. Ent�o o motoboy pegou-o e o colocou no ba� de sua motocicleta.
Segundo Marina, todos da fam�lia est�o desesperados pela perda do bichinho, mas principalmente pelo impacto que Felipe pode ter quando souber do desaparecimento.
"A psic�loga do meu filho orientou que esper�ssemos alguns dias para tentar encontrar o Charlie Brown e s� passarmos a informa��o negativa quando de fato n�o houver mais expectativas de resgat�-lo. Por enquanto, falei para ele que o Charlie machucou a patinha...", explica.
O garoto sentiu, mesmo sem saber
Durante suas aulas escolares nesta quinta-feira (20/10), Felipe n�o se aproximou dos adultos com quem costuma ter afinidade. "Ele tem prefer�ncia por adultos, mas esteve mais amuado, triste. Os professores disseram que parecia que ele estava sentindo o que aconteceu, mesmo sem termos falado com ele", Marina declara, apreensiva.
A m�e se empenha na busca
Marina afirma que passou a noite toda de ontem procurando o cachorro, fazendo contatos e conversando com pessoas do bairro. Chegou a ir ao 22º Batalh�o da Pol�cia Militar, mas n�o conseguiu ajuda. Depois ligou para o 190 e foi encaminhada para o plant�o de rua e, em seguida, tentou fazer o B.O on-line, tamb�m sem sucesso.
"Agora estou cansada, amanh� continuo com as buscas. Preciso fazer o B.O para conseguir resguardar que o Charlie Brown � meu, da minha fam�lia e principalmente do meu filho", defende.
Na casa no Santa L�cia vivem juntos m�e, pai e filhos. Todos est�o atentos com a sa�de psicol�gica do Felipe.
Como voc� pode ajudar a encontrar o Charlie Brown

O cachorrinho � da ra�a shih-tzu e teve os pelos tosados recentemente. � branco com manchas marronse estava sem coleira quando foi visto pela �ltima vez.
Quem tiver not�cias dele pode entrar em contato com Marina pelo n�mero (31) 98315-6312.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Thiago Prata