
Segundo Sueli de Abreu Cunha, de 70 anos, a casa est� interditada para a fam�lia, enquanto os escombros n�o forem removidos.
Embora n�o houvesse seguran�a para a��es que mexessem na estrutura, ladr�es arrombaram o port�o e roubaram lustres da casa, cerca de uma semana depois do acidente, de acordo com a propriet�ria.
A fam�lia colocou um novo cadeado no port�o, mas, no in�cio de outubro, ele foi novamente arrombado.
"Os vizinhos ligaram avisando que tinha muito barulho na casa. Meu filho foi l� e viu que o port�o foi arrombado e levaram todos os lustres. Depois, n�s colocamos cadeado novo, mas entraram novamente e roubaram os itens de cozinha. N�o sei nem como eles conseguiram, tinha muito escombro", conta. Segundo Sueli, seu filho, Rafael Cunha, chamou a pol�cia e registrou boletim de ocorr�ncia nas duas ocasi�es.
Dono do pr�dio notificado
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o im�vel j� foi vistoriado e liberado pela Defesa Civil, que notificou o dono do pr�dio a adotar medidas de mitiga��o de risco.
"Como � uma �rea particular, a decis�o de recupera��o ou demoli��o � do propriet�rio do im�vel", diz a Prefeitura. Ou seja, a remo��o dos escombros j� pode ser feita, mas a a��o s� pode ser realizada pelos donos do pr�dio e n�o tem rela��o com a esfera p�blica.
Ainda abalada, Sueli afirma que a fam�lia n�o teve nenhuma aten��o ou resposta dos respons�veis pelo edif�cio sobre a remo��o dos escombros. "Estamos muito tristes, queremos que tirem os escombros o mais r�pido poss�vel. Com a �poca de chuva, vai danificando ainda mais as coisas que sobraram ap�s os assaltos", declara.
Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), os profissionais envolvidos nos projetos e na execu��o dos servi�os do pr�dio foram identificados, e um relat�rio de fiscaliza��o est� em an�lise preliminar pela C�mara Especializada de Engenharia Civil, que � a primeira inst�ncia de julgamento do Crea-MG.
"Ficando comprovada imper�cia, imprud�ncia ou neglig�ncia do profissional, ser� instaurado um processo �tico no Conselho", afirma em nota.
A Pol�cia Civil informou que a investiga��o est� em curso na 3ª Delegacia de Pol�cia Civil, em Venda Nova, e aguarda a finaliza��o dos laudos periciais para concluir o inqu�rito.
A reportagem n�o conseguiu contato com os donos do pr�dio. A Pol�cia Militar n�o localizou os boletins de ocorr�ncia dos assaltos na casa.
Veja a nota do Crea-MG na �ntegra:
"O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) informa que, em rela��o ao desabamento de edifica��o ocorrido no dia 21/09/2022, no bairro Planalto, em Belo Horizonte, os profissionais envolvidos na elabora��o dos projetos e na execu��o dos servi�os foram identificados.
Quando h� ind�cios de neglig�ncia, imprud�ncia ou imper�cia, por parte de um profissional, � instaurado um processo �tico-disciplinar. No momento, o relat�rio de fiscaliza��o est� em an�lise preliminar pela C�mara Especializada de Engenharia Civil, que � a primeira inst�ncia de julgamento no �mbito do Crea-MG. Depois dessa primeira an�lise, o processo � encaminhado para a Comiss�o Permanente de �tica Profissional.
Em paralelo a isso, o Crea-MG ainda aguarda a conclus�o da investiga��o da Pol�cia Civil. Ficando comprovada imper�cia, imprud�ncia ou neglig�ncia do profissional, ser� instaurado um processo �tico no Conselho.
Os profissionais que violam as disposi��es do C�digo de �tica Profissional est�o sujeitos �s penalidades previstas em lei, que v�o desde advert�ncia reservada at� mesmo ao cancelamento definitivo do registro profissional. � bom lembrar que o profissional tem direito � ampla defesa e pode entrar com recurso ao Plen�rio do Crea-MG e, se necess�rio, ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)."