Um grupo de reboquistas realizou uma manifesta��o pedindo justi�a por Anderson Melo, motorista de reboque morto pelo delegado de pol�cia Rafael de Souza Hor�cio, ap�s uma discuss�o de tr�nsito, no �ltimo dia 26 de julho.
A manifesta��o contou com cerca de 20 caminh�es-reboque, que sa�ram do Viaduto S�o Francisco, na Pampulha, em dire��o ao F�rum Lafayette, onde ocorre a primeira audi�ncia do caso. No local, os motoristas fizeram um buzina�o.
Reboquistas pedem por justi�a no caso Anderson Melo (foto: Maicon Costa/EM/D.A Press)
Kennedy Larson, de 28 anos, � motorista de guincho e era colega de trabalho de Anderson. Segundo ele, a v�tima era uma pessoa alegre. "Ele estava sempre de bom humor, n�o tinha tempo ruim para ele. Tava sempre rindo, brincando, fazendo as palha�adas dele", relembrou.
De acordo com Kennedy, a ideia da passeata surgiu de uma mobiliza��o dos amigos e colegas de trabalho de Anderson, que se indignaram com o caso. "O guincho � o seguinte, mexeu com um, mexeu com todos. Se tirarem um do nosso meio, n�s vamos correr atr�s de justi�a", afirmou Kennedy. "N�s vamos fazer barulho, fechar essa avenida, atr�s de justi�a", completou Larson.
De acordo com Kennedy, o movimento n�o quer vingan�a e sim justi�a. "Quero que a justi�a seja feita da maneira correta, � s� isso que a gente pede. N�o � vingan�a, � justi�a", finalizou.
Relembre o caso
No dia do crime, o delegado Rafael de Souza Hor�cio, que estava em uma viatura descaracterizada juntamente com outro policial, alegou que Anderson o “fechou” com seu caminh�o por duas vezes causando perigo para quem trafegava na via e que, posteriormente, teria jogado o ve�culo na dire��o do delegado, que havia descido do carro, e da viatura.
O motorista foi socorrido e passou por cirurgia, mas morreu no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII.
Apesar da alega��o do delegado, a ju�za sumariante do 1º Tribunal do J�ri de BH, B�rbara Heliodora Quaresma Bomfim, destacou a “irracionalidade e viol�ncia do crime apurado” e do autor ser uma “autoridade p�blica”.
Al�m disso, Rafael de Souza Hor�cio conta com 16 registros por infra��es penais e administrativas na Corregedoria-Geral da Pol�cia Civil.
A Pol�cia Civil de Minas Gerais informou que durante o tempo em que estiver respondendo ao processo, o delegado est� afastado de suas atividades, mas permanece como servidor do estado.