
O inqu�rito instaurado pela pr�pria Pol�cia Militar aponta legitimidade na a��o policial. Vale dizer que, ap�s imagens da a��o, captadas por c�meras de monitoramento, viralizarem nas redes, a PM divulgou um v�deo alegando que “os criminosos contumazes daquela �rea, descontentes com essas opera��es, hostilizaram e cercaram uma viatura que fazia o patrulhamento ordin�rio pelo local”. O entendimento da promotoria, por�m, foi outro.
Conforme o promotor de Justi�a H�lvio Sim�es Vidal, que assina a den�ncia, “os cidad�os em momento algum oferecem resist�ncia �s ordens dadas pelos militares”. “Inclusive, quando da abordagem, estavam apenas consumindo cerveja na cal�ada, tratando-se de um domingo de comemora��o do dia dos pais”. O caso foi distribu�do para a 2ª Auditoria de Justi�a Militar, em Belo Horizonte.
Na ocasi�o, a reportagem do Estado de Minas teve acesso �s imagens de duas c�meras de monitoramento que mostram quando duas viaturas chegam ao local. �s 15h47, os PMs, logo ap�s sa�rem do carro, apontam armas para quatro homens que estavam na cal�ada. Mesmo sem oferecer resist�ncia, um deles leva um tiro com bala de borracha e cai no ch�o.
Em seguida, uma mulher, de vestido azul, que estava dentro do im�vel, aparece na rua. Ela aparenta estar aflita e permanece com os bra�os parcialmente levantados.
Posteriormente, um dos homens que estavam na cal�ada � imobilizado no ch�o, algemado e levado para o cambur�o da PM. No caminho para a viatura, ele cai e � atingido por um chute de um policial. Por fim, o rapaz � colocado dentro da viatura.
Em um segundo v�deo, �s 16h02, outro homem � puxado pelo bra�o por um dos PMs. Na sequ�ncia, outro policial arremessa um pneu no rosto dele. Com o impacto do golpe, o rapaz desmaia e cai.
Uma crian�a presenciou toda a cena – fato que foi destacado pelo promotor na den�ncia. Segundo ele, dois dos policiais contribu�ram de forma direta para “expor a vida de uma crian�a de tenra idade que se encontrava no palco de opera��es, contra a qual houve o perigo direto e iminente”.
Para a promotoria, todos os policiais denunciados participaram e contribu�ram “em consci�ncia de coopera��o comum para a pris�o ilegal e arbitr�ria dos quatro indiv�duos”.
� �poca dos fatos, a Pol�cia Civil tamb�m instaurou um inqu�rito. As investiga��es seguem em curso.
*Com informa��es da TV Alterosa