
Os militares relatam na ocorr�ncia que abriram a mochila do adolescente e encontraram o machado, o martelo e um caderno contendo desenhos, que, segundo o estudante, eram o “modus operandi” do crime. Al�m disso, os policiais acharam um bilhete no qual estava escrito: “Vou fazer um massacre com um machado e um martelo”.
A superintendente da Secretaria Regional de Ensino de Ub� relatou, segundo a PM, que o alvo do ataque seria a diretora da escola, conforme informa��o repassada pela m�e de um aluno. Ainda conforme essa vers�o, colegas de sala teriam visto o estudante segurando o machado e o martelo, afirmando que eles seriam utilizados para realizar o ataque.
Questionado pela PM, o adolescente confessou a inten��o de executar um massacre. No entanto, ele disse que pretendia escolher aleatoriamente suas v�timas. Ao pensar em como faria isso, o estudante utilizou o celular da av� para pesquisar v�deos que o ajudariam a ter uma ideia de como concretizar a a��o criminosa.
A inspira��o para o ataque veio, de acordo com a PM, de um atentado em Aracruz, no Esp�rito Santo. Um jovem de 16 anos realizou disparos de arma de fogo em duas escolas na �ltima sexta-feira (25/11). Tr�s professoras e uma aluna morreram e 12 pessoas ficaram feridas. O adolescente contou durante depoimento que come�ou a planejar o ataque em 2019, ap�s sofrer bullying escolar.
Insatisfa��o
No caso dessa quarta-feira em uma escola da rede estadual na Zona da Mata mineira, o estudante tamb�m alegou insatisfa��o com o col�gio no qual estuda, al�m de estar infeliz com a fam�lia e a pr�pria vida.
Por�m, o adolescente disse estar arrependido e que gostaria de ser internado. Ele confessou ainda j� ter feito tratamento psicol�gico e, por isso, gostaria de dar prosseguimento.
Ap�s o t�rmino das dilig�ncias na unidade escolar, o jovem foi encaminhado ao Hospital Santa Isabel e, posteriormente, levado � delegacia da Pol�cia Civil na companhia de um respons�vel legal.
Escola e SEE-MG se pronunciam
Nas redes sociais, a diretora da Escola Estadual Coronel Camilo Soares, Fabiana Caneschi, disse que a institui��o “continua, como sempre, atenta a qualquer sinal de viol�ncia” ou que possa ferir “a dignidade dos alunos”.
Ao Estado de Minas, a Secretaria de Estado de Educa��o de Minas Gerais (SEE-MG) informou que “as atividades pedag�gicas seguiram normalmente na unidade, e a superintendente Regional de Ensino de Ub�, que foi acompanhar de perto o caso, passou na sala para acolher e conversar com os demais alunos, juntamente com a dire��o”.
Ainda de acordo com a secretaria, “uma equipe multidisciplinar, com apoio do N�cleo de Acolhimento Educacional (NAE) da SEE/MG, tamb�m compareceu � escola para realizar o acolhimento necess�rio aos estudantes envolvidos”.
“A SEE/MG salienta que desenvolve e estimula a realiza��o de a��es de preven��o e combate � viol�ncia no ambiente escolar, por meio do Programa de Conviv�ncia Democr�tica, que procura defender e garantir a cultura de paz nas escolas, promover o respeito, um ambiente acolhedor e a media��o de conflitos. Al�m disso, conta com importante parceria da Patrulha Escolar da Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) para propiciar um ambiente cada vez mais seguro aos alunos da rede estadual”, finaliza o comunicado.
O EM tamb�m procurou a Pol�cia Civil para saber quais provid�ncias ser�o tomadas em rela��o ao caso. No entanto, at� o fechamento da reportagem, n�o houve retorno.