
Os pais — um tenente da Pol�cia Militar e uma professora aposentada, que dava aula em uma das escolas atacadas — s� ficaram sabendo que o filho havia cometido o crime depois que os policiais que procuravam pelo atirador chegaram at� a casa deles.
Os detalhes foram revelados pelo delegado respons�vel pela investiga��o do caso, o titular da DHPP (Delegacia Especializada de Homic�dios e Prote��o � Pessoa) de Aracruz, Andr� Jaretta.
Bullying
De acordo com o delegado, o adolescente contou durante seu depoimento que come�ou a planejar o ataque em 2019, ap�s sofrer bullying na escola em que estudava.
"A partir disso, ele come�ou a ter ideias sobre cometer o atentado e iniciou o planejamento de como executar as a��es, mas n�o revelou para ningu�m. Ele guardou os planos para si, alimentando o sentimento de �dio", informou.
Arma do pai
O adolescente disse em depoimento � pol�cia que manuseava a arma do pai escondido e se preparou para o ataque assistindo v�deos na internet.
"Sempre que tinha oportunidade de ficar sozinho, ele pegava as armas e manuseava, sem o conhecimento dos pais", disse o delegado.
Apesar dessa informa��o, a Pol�cia Civil vai investigar se o pai, em algum momento, ensinou o filho a manusear armas e atirar. "Seremos r�gidos nessa apura��o da rela��o deles", afirmou Jaretta.
Ataque
Ap�s fazer todo o "treinamento", o adolescente decidiu, segundo o delegado, que faria o ataque quando tivesse a oportunidade de ficar sozinho.
Na manh� da �ltima sexta, os pais do jovem foram fazer compras no centro de Aracruz, que fica a cerca de 20 quil�metros de Coqueiral de Aracruz, bairro onde a fam�lia mora e as escolas ficam localizadas.
Sozinho em casa, o adolescente pegou as duas armas, os carregadores com as muni��es e um dos carros da fam�lia.
Ap�s cometer os ataques, matando tr�s professoras e uma aluna, ele voltou para casa e guardou as armas do pai. Quando os pais chegaram, j� sabendo do ocorrido nas escolas, conversaram com o adolescente, que "desconversou" sobre o assunto, segundo a investiga��o.
Os tr�s almo�aram e foram para a casa de praia da fam�lia. Horas depois, policiais militares, que reconheceram o carro e a arma do tenente, foram at� o local.
"Inicialmente, ele negou que tivesse cometido o crime. Mas, depois, acabou confessando", disse o policial militar Farias, que efetuou a apreens�o do adolescente.