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Estado de Minas IVESTIGA��O

Atirador de Aracruz usou equipamentos de pol�cia para entrar em escolas

Quatro pessoas morreram e outras cinco continuam internadas. Hoje, a pena m�xima para ato infracional cometida por menores de idade � de tr�s anos


26/11/2022 18:30 - atualizado 26/11/2022 18:45

Atirador em Aracruz
A pol�cia investiga se o adolescente teve ajuda no planejamento ou se foi incentivado a cometer o crime (foto: Redes Sociais/Reprodu��o)
O adolescente de 16 anos que atacou a tiros nesta sexta-feira (25/11) duas escolas em Aracruz, no Esp�rito Santo, deve responder por ato infracional an�logo a quatro homic�dios e dez tentativas de assassinato por motivo f�til, segundo a pol�cia. Ele foi levado ao Iases (Instituto de Atendimento Socioeducativo do Esp�rito Santo, em Cariacica, na regi�o metropolitana de Vit�ria.

Quatro pessoas morreram e outras cinco continuam internadas. Hoje, a pena m�xima para ato infracional cometida por menores de idade � de tr�s anos.

A pol�cia investiga se o adolescente teve ajuda no planejamento ou se foi incentivado a cometer o crime. Para isso, ser� solicitado o acesso ao celular, que j� foi apreendido, e a computadores utilizados por ele. A inten��o � saber se ele participa de alguma rede ou f�rum na internet que promova extremismo e discurso de �dio, e se houve troca de informa��es sobre o ataque com anteced�ncia.

Outra linha de investiga��o vai analisar a facilidade de acesso que ele teve �s duas armas de fogo e outros materiais usados nos atentados. As armas, um pistola autom�tica Glock e um rev�lver calibre 38, s�o de uso funcional e particular do pai do adolescente, um policial militar.

 

 


Para ir de uma escola a outra, distantes em um quil�metro, ele dirigiu o carro do pai. A pol�cia vai apurar se o policial sabia que o filho tinha interesse nas armas e como o jovem aprendeu a us�-las.

"O que n�s vamos investigar � justamente a facilidade que ele teve no acesso a essas armas, se o pai confiava que ele n�o tinha interesse em mexer nelas", disse o delegado-geral da Pol�cia Civil no Esp�rito Santo, Jos� Darcy Arruda. "Todo policial que tem filho pequeno ou adolescente em casa trabalha informando que aquela arma n�o pode ser tocada ou ent�o tem um controle de guarda da arma."

Segundo o investigador, o adolescente demonstrou ter conhecimento em t�ticas de assalto e quais equipamentos seriam necess�rios. Para arrombar o cadeado de um port�o da primeira escola que atacou, a estadual Primo Bitti, o adolescente usou um tipo de alicate especial, utilizado pela pr�pria pol�cia durante opera��es. A investiga��o quer entender como ele obteve o equipamento.

"Ele tinha conhecimento para usar armamento e conhecimento para fazer 'entrada t�tica' e usa um equipamento que n�s usamos, que � um alicate enorme", diz Arruda.

O adolescente usava dois emblemas com a su�stica nazista desenhada � m�o. Um deles estava em um peda�o de papel�o pintado de vermelho, e o outro, colado com velcro na roupa camuflada que usava durante os ataques.

A fam�lia disse em depoimento � pol�cia que ele fazia tratamento psicol�gico, mas a investiga��o n�o tem certeza se o adolescente tem algum dist�rbio psicol�gico.

Ao ser ouvido pela pol�cia, segundo Arruda, o jovem admitiu os crimes e disse que planejou a a��o por dois anos. Ele tamb�m teria afirmado no depoimento que sofria bullying na escola --ele estudou na Primo Bitti at� junho, quando foi transferido a pedido da fam�lia.

A pol�cia considera que o depoimento � uma pe�a importante na investiga��o, mas n�o o �nico elemento para determinar uma motiva��o para o crime, que ainda est� sendo investigado.

V�timas

Neste s�bado (26), subiu para quatro o n�mero de mortos em ataques a tiros �s duas escolas. A mais recente v�tima � uma mulher de 38 anos, professora da escola Primo Bitti, que estava internada em estado grav�ssimo.

Al�m dela, morreram outras duas docentes da escola, Cybelle Passos Bezerra Lara, 45, e Maria da Penha Pereira, 48; e a jovem Selena Sagrillo Zuccolotto, 12, aluna da segunda escola atacada, o Centro Educacional Praia de Coqueiral.

Quatro das v�timas hospitalizadas ap�s os atentados estavam internadas em estado grave at� a tarde deste s�bado. Entre elas est� um menino de 11 anos, que passou por cirurgia, e uma adolescente de 14 anos, que tamb�m precisou de procedimento cir�rgico e est� intubada. Os dois est�o no Hospital Estadual Nossa Senhora da Gl�ria, em Vit�ria.

Duas mulheres, de 45 e 52 anos, tamb�m tiveram de ser operadas e est�o em estado grave na UTI. Elas foram levadas de helic�ptero para o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neve, em Serra (ES).

Uma quinta v�tima passou por cirurgia e est� em estado est�vel no Hospital Estadual de Urg�ncia e Emerg�ncia S�o Lucas.


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