
A reportagem do Estado de Minas adiantou que esse processo ocorreria no fim do ano, em reportagem de 17 de agosto de 2022.
"O avan�o do processo de descaracteriza��o, com a remo��o de mais de 50% dos rejeitos do reservat�rio, proporcionou a melhora das condi��es de estabilidade do barramento e viabilizou a redu��o do n�vel de emerg�ncia", informou a empresa.
O trabalho de remo��o de rejeitos da B3/B4, principal etapa do processo de descaracteriza��o, � realizado por equipamentos operados remotamente. Os operadores dos tratores, escavadeiras, caminh�es e niveladoras ficam em um pr�dio em Belo Horizonte, fora da �rea de risco, a 15 quil�metros da barragem. A previs�o, considerando o ritmo atual das obras e a estabilidade da estrutura, � de concluir a descaracteriza��o em 2025, dois anos antes do previsto inicialmente.
A redu��o de n�vel de emerg�ncia da B3/B4 foi comunicada aos �rg�os competentes, conforme o Plano de A��o de Emerg�ncia de Barragens de Minera��o (PAEBM), com informa��es para a Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM), o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), Funda��o Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (SEMAD) e a auditoria t�cnica que acompanha os trabalhos na estrutura, segundo a empresa.
Apesar da melhoria das condi��es de estabilidade da barragem, por determina��o legal da ANM, a Zona de Autossalvamento (ZAS) da estrutura, agora em n�vel 2 de emerg�ncia, deve permanecer evacuada, n�o havendo retorno das fam�lias neste momento. S�o cerca de 200 pessoas que aguardam e s�o mantidas por programas assistenciais. A B3/B4 est� inclu�da no Programa de Descaracteriza��o de barragens a montante da empresa.
"As obras s�o complexas e trazem riscos e, por isso, as solu��es s�o customizadas para cada estrutura, e est�o sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a seguran�a das pessoas, a redu��o dos riscos e os cuidados com o meio ambiente", informa a Vale.
Desde 2019, segundo a Vale, foram investidos mais de R$ 5 bilh�es no Programa de Descaracteriza��o da Vale. Somente neste ano, cinco estruturas foram completamente eliminadas. No total, das 30 que usam o m�todo de constru��o com alteamentos a montante, 40%, j� foram eliminadas, o que equivale a 12 estruturas (nove em Minas Gerais e tr�s no Par�). Todas as barragens a montante da Companhia no Brasil s�o objeto de avalia��o por assessoria t�cnica independente e integram o Termo de Compromisso assinado em fevereiro deste ano com os Minist�rios P�blicos Estadual e Federal, Funda��o Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Estado de Minas Gerais.
Em 2022, foram cinco barragens a montante eliminadas e a��es levaram � redu��o de n�vel de emerg�ncia da B3/B4 e garantiram a estabilidade de oito barramentos com a emiss�o de Declara��es de Condi��o de Estabilidade (DCEs).
A mais recente, em novembro, foi a barragem Porteirinha (Santa B�rbara). Em outubro, as barragens Sul Inferior (Bar�o de Cocais), B5/MAC (Nova Lima), Mar�s II (Belo Vale), Santana (Itabira) e o Dique Paracatu (Catas Altas) tamb�m sa�ram de emerg�ncia. Em agosto, a barragem Borrachudo II (Itabira) j� tinha recebido sua certifica��o de seguran�a e, anteriormente, a barragem Elefante (Rio Piracicaba). Todas essas estruturas est�o localizadas em Minas Gerais.
"O avan�o nas condi��es de seguran�a das barragens da Vale � resultado da evolu��o das medidas implementadas desde 2019, como, por exemplo, o novo sistema de gest�o das estruturas de disposi��o de rejeitos da empresa, direcionado pelos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho e pelas melhores e mais rigorosas pr�ticas internacionais, como as definidas no Padr�o Global da Ind�stria para a Gest�o de Rejeitos (GISTM, em ingl�s)", informa a mineradora.
Segundo a empresa, as principais barragens sob sua responsabilidade "s�o monitoradas 24 horas por dia e sete dias por semana pelos Centros de Monitoramento Geot�cnico (CMGs) da empresa, al�m de receberem inspe��es regulares de equipes internas e externas, que agem prontamente quando s�o necess�rias a��es preventivas ou corretivas".