
Tr�s homens foram presos suspeitos de participa��o no crime. Um quarto continua sendo procurado.
O advogado estava desaparecido desde 13/12 de dezembro. Tr�s dias depois do desaparecimento, o carro dele foi encontrado em um motel em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.
A motiva��o do homic�dio � a grande inc�gnita em rela��o ao caso. N�o se sabe se o assassinato tem alguma liga��o com a atividade profissional do advogado. Outro aspecto � que, no passado, Alexandre Barra teve passagens policiais por envolvimento com o tr�fico de drogas e com um homic�dio.
Al�m disso, j� se sabe que ele conhecia os homens que agora est�o presos pela suspeita de envolvimento em sua morte.
Conforme revelou o Estado de Minas, em junho de 2011, antes de se formar como advogado, Alexandre Barra foi preso em uma grande a��o da Pol�cia Civil de Montes Claros por envolvimento com o tr�fico de drogas.
O advogado tamb�m j� esteve envolvido em um homic�dio no passado. Parentes de Alexandre Barra alegam que desde que concluiu o curso superior e passou a atuar como advogado, ele n�o teve mais passagens pelos meios policiais por pr�ticas delituosas, informa��o confirmada pela Pol�cia Civil.
O corpo do criminalista foi encontrado ap�s intensas buscas, feitas por uma for�a-tarefa formada pela Pol�cia Civil e que contou com a participa��o de dois delegados. Um dos suspeitos de envolvimento no homic�dio levou os policiais at� o local onde o cad�ver foi enterrado, na noite de segunda-feira.
Em entrevista coletiva, na manh� desta ter�a-feira (20/12), o delegado regional de Montes Claros, Herivelton Ruas, e a delegada Franciele Concei��o Drumond (integrante da for�a-tarefa que apura o homic�dio), disseram que ainda n�o t�m nenhum ind�cio sobre o motivo do assassinato. Informaram que a Pol�cia Civil segue v�rias linhas de investiga��o.
A necropsia, realizada no Instituto M�dico-Legal (IML) de Montes Claros apontou traumatismo craniano como a poss�vel causa da morte de Alexandre Barra. No exame do IML tamb�m foi verificado que o corpo apresentava uma distens�o muito grande no t�rax, o que indica que a v�tima foi agredida antes de morrer.
A delegada Francielle Drumond revelou que corpo foi encontrado em posi��o lateral, com um cinto no pesco�o e envolto com um len�ol, a um metro de profundidade.
Essas circunst�ncias levam � conclus�o pelos investigadores de que o assassinato teve a participa��o de mais de uma pessoa. No entanto, ainda n�o h� um resultado conclusivo do exame pericial para esclarecer se o advogado foi morto no local onde o corpo foi enterrado, tamb�m n�o sendo poss�vel saber quando exatamente o homic�dio ocorreu.
O im�vel onde o cad�ver foi ocultado pertence a um parente de um dos suspeitos de envolvimento no homic�dio que est� preso. Na casa, foram encontradas notas fiscais de compra de material da constru��o usado na concretagem do corpo, com data anterior ao dia do desaparecimento da v�tima. P
ara os respons�veis pela investiga��o, isso indica que que o assassinato foi premeditado. A delegada Francielle Drumond disse que n�o est� descartada a possibilidade de crime de mando.
Outra linha de investiga��o � apurar se o advogado teria feito movimenta��o financeira com os suspeitos do homic�dio, relacionada a empr�stimo de dinheiro a juros.
Crime teria liga��o com atua��o do advogado?
O presidente da 11ª Subse��o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Montes Claros, Heberth Alc�ntara Ferreira, declarou que n�o acredita que o homic�dio tem rela��o a atividade profissional da v�tima. “Estamos acompanhando (o caso) desde os primeiros momentos. Acreditamos muito no trabalho das pol�cias Civil e Militar e tenho certeza que os culpados ir�o pagar pelo crime que cometeu”, afirmou Ferreira.
Entretanto, a delegada Francielle Drumdond revelou que foi constatado que os suspeitos de participa��o no crime eram conhecidos de Alexandre Barra e que o advogado atuava com o defensor de um deles.
Queima de arquivo.
A pol�cia chegou aos suspeitos do assassinato do advogado a partir da tentativa de homic�dio sofrida por um motorista de aplicativo, no �ltimo domingo, na zona rural de Montes Claros. O motorista socorrido pelo Servi�o M�vel de Atendimento de Urg�ncia (Samu) ap�s ser baleado e agredido com v�rias facadas, na localidade de Campos El�sios, as margens da BR-251 (entre Montes Claros e Francisco S�).
Para a pol�cia, na verdade, o motorista de aplicativo foi v�tima de uma tentativa de queima de arquivo. Isso porque ele confessou que recebeu R$ 1 mil para levar o carro (Uma camionete Fiat Toro) de Alexandre Barra a Contagem, em companhia de outro homem. Na sequ�ncia, os suspeitos de envolvimento no crime tentaram contra sua vida.
O major Wellington Mour�o, comandante da companhia de policiamento especializado da Pol�cia Militar de Montes Claros, informou que um dos suspeitos de tentar matar o motorista foi preso pr�ximo a BR 251. Um outro suspeito tentou fugir em dire��o a Belo Horizonte, em um carro Onix, de propriedade do motorista de aplicativo.
A Pol�cia Civil tem 30 dias para a conclus�o do inqu�rito sobre o caso. O prazo pode ser prorrogado.