
Presente ao encontro realizado na pr�pria igreja S�o Bartolomeu, onde destacou a import�ncia do bem hist�rico, cultural e espiritual, o coordenador da CPPC/MPMG, Marcelo Maffra, informa que as obras dever�o come�ar em mar�o: “Antes, ser�o necess�rios dois meses e planejamento”. Para Maffra, o projeto � extremamente relevante para a prote��o do patrim�nio cultural de Minas, “tendo em vista que o templo religioso � um importante marco identit�rio e representa parte da mem�ria da popula��o mineira, al�m de ser um local sagrado para a comunidade".
Confiante na iniciativa, embora certo de que n�o h� muito tempo a perder, o presidente da Associa��o de Desenvolvimento Comunit�rio de S�o Bartolomeu (Adecosb), S�rgio Murilo de Oliveira, disse, nesta sexta-feira (1381), que o lan�amento das interven��es trazem al�vio. “Sa�mos, assim, da zona de perigo, pois as obras emerg�ncias v�o contemplar a cobertura, forro e parte el�trica. S� n�o podem demorar muito, pois, a�, deixam de ser obras emergenciais”, acrescenta S�rgio.
Em mat�ria publicada no �ltimo dia 26, o Estado de Minas mostrou a situa��o do templo interditado h� quase quatro anos, e hoje coberto por uma lona, o que a protege da chuva sem resolver seus graves problemas. “Igreja fechada, sem uso e com lona por cima resulta em qu�? Mofo, n�? E, mais adiante, a destrui��o”, lamenta S�rgio.
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Import�ncia
A reuni�o contou com a presen�a de representante da comunidade e institui��es como Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), Arquidiocese de Mariana, Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Fundo Municipal de Patrim�nio Cultural (Funpatri), Secretaria Municipal de Cultura, C�mara Municipal e Instituto Joaquim Artes e Of�cios. Na ocasi�o, foi apresentado o plano de trabalho das interven��es emergenciais que ser�o realizadas na igreja.
O povoado de S�o Bartolomeu remonta ao in�cio do s�culo XVIII, sendo sua igreja matriz uma das mais antigas de Minas. Conforme o MPMG, com base em an�lises t�cnicas, “o estado de conserva��o � preocupante, com forros art�sticos sujeitos �s intemp�ries e graves problemas na rede el�trica, que se encontra desligada pelo risco de inc�ndio”. E mais: “Igualmente preocupantes s�o as condi��es do arcabou�o de madeira do corpo principal da edifica��o, cujos esteios apresentam-se apodrecidos em suas bases, gerando inseguran�a estrutural � edifica��o”.
O projeto foi proposto pelo Instituto Joaquim Artes e Of�cios, da Universidade Federal de Minas Gerais, e ser� executado via Plataforma Semente, vinculada ao MPMG. Est�o previstas obras emergenciais de restaura��o arquitet�nica “para sanar os problemas na cobertura e na rede el�trica, com o objetivo de conter o avan�o dos fatores de degrada��o dos elementos arquitet�nicos e art�sticos da igreja, recuperando as condi��es de estanqueidade das coberturas e de estabilidade, ao custo total de R$ 1,5 milh�o”.
Durante a reuni�o, o promotor de Justi�a de Defesa do Patrim�nio Hist�rico e Cultural de Ouro Preto, Lucas Pardini, afirmou que a viabiliza��o do projeto � motivo de muita satisfa��o para o MPMG, fruto de um trabalho conjunto tanto da Promotoria, quanto do Centro de Apoio Operacional �s Promotorias de Justi�a de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), que resultou na aplica��o, em favor da pr�pria comunidade local ouropretana, de recursos provenientes de termos de ajustamento de conduta firmados pelo Minist�rio P�blico em Ouro Preto. O promotor disse ainda que o projeto, selecionado por meio da Plataforma Semente, vem em boa hora, propondo-se a resolver a premente necessidade de restaura��o da matriz, referencial cultural e hist�rico do distrito de S�o Bartolomeu.